SALVE MARIA IMACULADA
No dia 08 de dezembro de 2012
a CMM foi
convidada a passar um Dia com Maria, em Anápolis, com os Franciscanos da
Imaculada e outras pessoas que iriam se consagrar ou renovar sua Escravidão de
Amor. Um dos palestrantes foi o Padre Luiz Carlos Lodi, Pró-Vida Anápolis e
segue abaixo alguns excertos da sua palestra "Modéstia, Castidade e Namoro
à luz da Consagração à Imaculada" (Adaptação Débora Maria):
É muito importante que os namorados se amem, mas o
amor não tem nada a ver com contato físico. O amor não se prova com abraço, não
se prova com beijo, não se prova pela relação sexual, os animais também fazem
isso e eles não se amam.
É importante que os namorados dêem
provas de amor e peçam provas de amor. O amor se prova com três coisas: tempo, distância e sacrifício. Você me ama? Então vamos esperar. O
verdadeiro amor sabe resistir ao tempo. Você
me ama? Então vamos separar os nossos corpos, vamos namorar só no máximo dando
as mãos. Por quê? Por que
o amor sabe guardar a distância física para unir as almas! Você me ama? Então vamos nos
sacrificar. Por quê? Por que o amor sabe abster-se de prazer por causa do
outro! Isso é uma prova de
amor! Se você pedir e se você oferecer essa prova, saiba que seu namoro será
excelentemente santo!
[...]
Por que o namoro existe para conhecer, não
o corpo, mas a alma do outro. O namoro existe para doar não o meu corpo, mas a
minha alma ao outro. Ora se é
para conhecer a alma, se é para doar a alma, deixem os corpos bem longe, por
que eles não costumam ajudar. No conhecimento espiritual é muito importante a
distância, por que a proximidade física faz com que as paixões comecem a gritar
e naquela gritaria da paixão a alma fica surda e muda e os dois não conseguem
enxergar um no outro a não ser um pedaço de carne para ser desfrutado e depois
jogado fora.
[...]
“Padre, mas eu sou forte”, você não é
forte, como diz a Madre Maria Helena Cavalcanti, fundadora e superiora das
Irmãs de Belém: “nas tentações
não há fortes nem fracos, há prudentes e imprudentes, os prudentes fogem e
reconhecem a sua fraqueza, os imprudentes vão ao encontro do perigo dizendo:
‘eu vou vencer’ e caem”.
[...]
Vão dizer: “vocês são doidos”. Mas
nós não somos os primeiros, trataram assim Nosso Senhor, colocaram Nele uma
coroa de espinhos, colocaram uma túnica branca para dizer que Ele era maluco! E
a nossa resposta é: eu sou
louco, mas sou louco com Ele, eu sou agora escarnecido, meu Mestre foi
primeiro, eu sou agora excluído e jogado fora, Ele também foi jogado fora da
cidade de Jerusalém e lá foi Crucificado. Mas uma coisa que o mundo não
sabe dar e que você praticando a castidade vai receber é a alegria, por que a
alegria da pureza é imensamente maior do que o prazer da impureza.
[...]
Nem todos são chamados para o
matrimônio, eu, por exemplo, não fui, e você ao invés de perguntar “com quem eu
vou me casar?” pergunte primeiro: “meu Deus, a minha vocação é essa?” Pode ser
que sim, mas se não for, quem sabe Deus tenha escolhido a mim para algo
superior ao matrimônio: para a vida sacerdotal ou religiosa. Mas se a minha vocação for para o
matrimônio, eu não tenho que fabricar a minha esposa nem o meu esposo, se a
minha vocação é matrimonial, a pessoa que Deus escolheu, já existe, o que eu
tenho que fazer é pedir a Ele que me mostre “mostra-me Senhor, quem Tu
escolheste para estar ao meu lado todos os dias da minha vida”, se não sou
eu quem irei fabricar essa pessoa, eu não vou ficar apavorado e angustiado, eu
vou apenas pedir a Deus que Ele me revele aquilo que Ele já sabe, e isso faz
com que eu não fique com aquela neurose que alguns jovens tem: “o tempo está
passando, eu estou passando da idade de me casar, não vou encontrar ninguém, socorro…”
calma! Primeiro por que você não sabe se esta é a sua vocação, mas se for Deus
já tem essa pessoa, Ele já escolheu desde toda eternidade.
Padre Luiz Carlos Lodi.
obs: o vídeo da palestra na integra está disponível no youtube.