A pureza de Santa Gemma Galgani

segunda-feira, 17 de março de 2014

SALVE MARIA IMACULADA!


Gemma Galgani (Gemma vem latim e significa joia), nasceu no dia 12 de março de 1878 e faleceu em Lucca (Itália) no dia 11 de abril de 1903, aos vinte e cinco anos de idade. 

A modéstia modera certas pequenas paixões, externas e desregradas. Prescreve, portanto, regras aos olhos, a língua, a todos os membros, quanto a decência e aos movimentos. Esta virtude não consiste tão somente na composição exterior, deve proceder da composição interior da alma.

O vestuário de Gemma era o mais simples e modesto possível. Durante toda a sua vida vestiu preto, sem enfeite algum, apesar dos motejos e da perseguição das próprias irmãs, que muitas vezes lhe exprobravam a excessiva modéstia. O preto dizia-lhe o que o preto da batina diz ao padre: que a vida cristã deve ser uma vida de sacrifícios, de mortificação, de renúncia, de abnegação, de luto e de morte ao mundo. Verdadeiramente, Gemma foi uma jóia, foi um ônix, esta pedra fina de um preto resplandecente.

O padre Germano refere a este propósito o seguinte: no ano de 1895, Gemma recebeu de um primo um lindo relógio com o respectivo trancelim, bem como uma cruz, tudo de ouro de lei. Em consideração à pessoa unicamente, e não por vaidade, quis adornar-se, pelo menos uma vez na vida e saiu levando o mimo. Ao voltar para casa, encontrou o anjo da guarda com o rosto irado que lhe disse “uma esposa de Cristo não deve ter outro adorno a não ser os espinhos e a cruz”. Gemma caiu de joelhos soluçando e derramando rios de lágrimas, exclamou: “oh, Jesus, perdão! Por amor de Vós e somente para Vos agradar, prometo renunciar para todo o sempre a vaidade e aos atavios, e juro nunca mais pensar nessas misérias nem falar nessas frivolidades”. Levantando-se, arremessou ao chão a rica dádiva, bem como um anel que trazia no dedo desde menina e pisou aos pés esses objetos de luxo. Gemma foi fiel a sua promessa, e nunca mais lembrou-se de ataviar-se.

Diz o autor da sua biografia que os olhos da serva de Deus só eram vistos com clareza, quando estava em êxtase; fora destes momentos baixava-os com pudor. [...] Gemma sabia que a vista inclinada para o chão eleva o coração a Deus (S. Bernardo).

“É próprio das virgens, diz S. Ambrósio, temer toda a conversa e contato humano, e fugir das ocasiões perigosas”.
Sabendo que o menor hálito embaça um espelho, Gemma, evitava, com o máximo cuidado, o contágio que lhe pudesse ofuscar o brilho da inocência. Ciente de que trazia a virtude num vaso quebradiço e que não podia conservar a continência, como disse Salomão, sem o auxilio de Deus, todos os dias orava nesta intenção. 

Prostrada perante a imagem da Imaculada, de mãos postas, dizia: Ó minha Mãe, não consintais que perca a minha inocência; recorro a vossa proteção e me coloco debaixo de vosso manto materno. Guardai minha pureza para que possa agradar a Jesus cada vez mais.

(PADRE XAVIER CHUET. A joia das Filhas de Maria. 1918) 

OBS: livro disponível no Alexandria Católica, A joia das Filhas de Maria.

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