Ridículo
Por Julie Maria
No dicionário, encontramos um primeiro significado dessa palavra: “Digno de riso zombeteiro; merecedor de escárnio”. A partir da visão cristã, podemos enumerar centenas de ícones pops, de celebridades que são ridículos (neste primeiro significado da palavra) e que, no entanto, com o sofisma de “lançar tendências”, não passam por ridículos no mundo, mas muito pelo contrário: suas ridicularias de hoje são copiadas amanhã. A noção do ridículo na era “cultuar-celebridades-sem-talento” deve ser seriamente questionada, a não ser que sejamos, como cristãos, também vítimas dessa doença espiritual.
Ninguém tem vontade de passar por “ridículo”, até porque existe um saudável desejo de preservar a nossa honra, mas é preciso diferenciar os dois significados dessa palavra: Existe um outro significado da palavra “ridículo” que, na linguagem espiritual, seria “respeito humano”.
“Respeito humano” é deixar de fazer algo que se deve fazer por medo “do que dirão?”. Numa sociedade que perdeu qualquer vestígio de boa moral, é obrigatório não termos nenhum respeito humano (que paralisa qualquer discipulado!) no campo da moda, pois, é fato, da modéstia (imprescindível para quem segue a Nosso Senhor) nem se escuta falar nem se vê essa virtude nas ruas. Consequentemente, passar-se por ridículo é algo comum (ou deveria ser) para um batizado, pois namorar castamente, casar virgem e se vestir com modéstia é “ridículo” para o mundo! Seremos ridículos, isto é, seremos “escândalo” para o mundo, cada um na maneira que Deus providenciou, participando do escândalo da cruz e tornando-se um “sinal de contradição”.
Para isso, olhemos para nosso Amado Jesus: cuspido, ironizado, flagelado, golpeado e finalmente crucificado. Rei do Universo, Autor da Pureza e Modelo de Modéstia, sendo despido por aqueles que estava salvando. Será que não passou da hora de nos sentirmos felizes por podermos unir o pequeno “desprezo” que passamos por sermos modestas, em reparação pela infinita crueldade sofrida por Nosso Senhor, que misteriosamente ainda a sofre?
Será que a ousadia das celebridades lançando modas ridículas é mais forte que o amor dos cristãos por Aquele que aceitou o escândalo maior da cruz pela nossa salvação? Será que os estilistas, os publicitários, os atores e os músicos que lançam modas imodestas dia após dia prezam mais o “show que não pode parar” do que nós prezamos a glória de Deus?
Se existissem menos cristãos preocupados com o próprio umbigo, talvez o ridículo (no primeiro significado) seria de fato tido com ele é: ridículo! E “passar-se por ridículo” na frente dos homens mundanos seria ardentemente desejado por aqueles que lavaram suas vestes no Cordeiro! Entre Deus e mundo não há nada em comum! E aquele que passa por ridículo hoje por ser puro, modesto, virgem, será louvado eternamente no céu.
O que você quer? Cinco minutos de fama, ou a vida eterna?
Responder sinceramente a essa pergunta, escolhendo a segunda opção, pode ser o início de uma grande aventura: ser libertado da escravidão do mundo (incluída a escravidão da moda mundana) e começar a brilhar com a luz da santidade, que não vem de nós mesmos, mas dAquele a quem amamos e seguimos. Amor que se reflete em todos os lugares!
Ridículo mesmo é, sendo-nos oferecido tanto, contentar-nos com tão pouco. Tenhamos vergonha de nossa miséria e mesquinhez, mas jamais tenhamos vergonha de ser sinais de contradição para o mundo, a fim de que Nosso Senhor não se envergonhe de nós diante do Pai que está no Céu!
0 comentários:
Postar um comentário