Por Jason Evert
Traduzido por Andrea Patrícia
Jason Evert e família |
Estudantes universitários do sexo masculino da Universidade de Princeton recentemente participaram de estudos sobre como o cérebro masculino reage ao ver as pessoas usando diferentes quantidades de roupa. Os indivíduos do teste tiveram seus cérebros ligados a um scanner e por uma fração de segundo foram mostradas fotografias de mulheres de biquíni, bem como homens e mulheres vestidos com modéstia.
Quando os jovens viram as mulheres seminuas, a parte do cérebro associada com o uso de ferramentas ficou iluminada. Mesmo que algumas das imagens tenham sido mostradas por tão pouco tempo como dois décimos de segundo, as imagens mais facilmente lembradas foram as de mulheres de biquíni cujas cabeças foram cortadas das fotos!
O objetivo da pesquisa, de acordo com Susan Fiske, professora de psicologia na Universidade de Princeton, foi o de examinar maneiras pelas quais as pessoas vêem os outros como um meio para um fim. Os resultados da pesquisa foram apresentados durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, realizada em Chicago.
Os pesquisadores também descobriram que, quando alguns dos homens viram mulheres seminuas, o córtex pré-frontal medial dos homens foi desativado. Esta é a região do cérebro associada com a análise de pensamentos de uma pessoa, intenções e sentimentos. Fiske comentou: “É como se eles estivessem reagindo a estas mulheres como se elas não fossem plenamente humanas.” Ela acrescentou: “É um estudo preliminar, mas é consistente com a idéia de que eles estão respondendo a estas fotografias como se fossem responder a objetos ao invés de pessoas. “
Ela considerou esta descoberta chocante, porque “A falta de ativação nesta área de cognição social é algo realmente estranho, porque quase nunca acontece.” Pesquisadores testemunharam uma ausência tão desumana da atividade cerebral apenas uma vez, durante um estudo onde foram mostradas às pessoas imagens de viciados em drogas e pessoas desabrigadas.
Outro estudo realizado com alunos de graduação na Universidade de Princeton descobriu que quando são mostradas aos homens imagens de mulheres em biquínis, eles associam as mulheres com verbos na primeira pessoa, como “empurro”, “seguro” e “agarro.” Quando mostradas imagens de mulheres modestamente vestidas, os homens associaram as imagens com as formas de terceira pessoa dos verbos, como ela “empurra”, “segura” e “agarra”. Em outras palavras, as mulheres completamente vestidas eram vistas como estando no controle de suas próprias ações, enquanto que as indecentes não.
Embora os cientistas tenham ficado surpresos com esses achados, eles não são chocantes para aqueles que conhecem as origens do biquíni. Seu inventor foi um francês chamado Louis Reard, que trabalhou para o negócio de lingerie de sua mãe. Quando ele criou o primeiro traje de banho de duas peças em 1946, ele teve que contratar uma stripper para a estréia das roupas, porque nenhuma modelo estava disposta a usá-lo na passarela! Afinal, que tipo de mulher iria usar a calcinha em público, apenas porque se tornou impermeável? Mais de meio ano século atrás, estas modelos francesas tinham como certo o que os cientistas de hoje de Princeton acham surpreendente.
A Dra. Alice Von Hildebrand comentou certa vez: “Se as meninas tivessem consciência do grande mistério confidenciado a elas, sua pureza seria garantida. A grande reverência que teriam em relação a seus próprios corpos, inevitavelmente, seria percebida pelo outro sexo. Homens têm talento para a leitura da linguagem corporal das mulheres, e eles não são susceptíveis do risco de serem humilhados quando a recusa é certa. Perceber a modéstia das mulheres os levaria a fazer a abordagem do sexo feminino com reverência. “
Assim como biquínis fazem com que os cérebros de alguns homens ignorem as intenções e pensamentos de uma mulher, a modéstia faz exatamente o oposto. Ela convida os homens a considerar o quanto mais uma mulher tem para oferecer. Se biquínis objetificam as mulheres, a modéstia as personaliza. Assim, as mulheres que desejam ser levadas a sério pelos homens podem querer reconsiderar o poder da modéstia. Seu propósito não é velar o corpo da mulher porque ele é ruim. Muito pelo contrário! A mulher modesta não está escondendo-se dos homens. Ela está revelando a sua dignidade a eles.
Nada na terra se aproxima da beleza da mulher. Por esta razão, a pergunta deve ser feita às mulheres: “Como você vai usar sua beleza?” O Papa João Paulo II afirmou que a dignidade e o equilíbrio da vida humana dependem em cada momento da história e em cada lugar do que os homens serão para as mulheres, e do que as mulheres serão para os homens. Então, quem você vai ser para os homens?
Se as mulheres tornaram-se objetos nas mentes de muitos homens, o que pode ser feito para restaurar os corações e mentes de ambos? Se o mundo está sempre prestes a ver o ressurgimento de valores, modéstia e cavalheirismo, isso vai exigir que homens e mulheres façam um inventário de seus próprios corações, para examinar quem eles tornaram-se um para o outro.
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