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Quais são as carícias permitidas no namoro?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Salve Maria Puríssima!






Se o sexo fora do casamento é pecado, até onde podem ir as carícias no namoro? Para compreender a delicadeza do tema, é preciso lembrar que nem sempre o oposto do amor é o ódio. Na teologia moral, o contrário do amor pode ser justamente "usar o outro", usar o corpo da outra pessoa para o
próprio prazer e gratificação sexual.

Muitas coisas num namoro são feitas justamente "em nome do amor", porém, são exatamente o contrário disso: são a prova de que não há amor nenhum, mas sim um uso do outro. Não há sujeito, mas tão somente um objeto.

A linha que torna as carícias imorais num namoro obedece a um critério fundamental: o próprio corpo. Quando o corpo começa a sinalizar que está se preparando para uma relação sexual, é porque o limite foi ultrapassado. A lógica é simples: se duas pessoas não vão manter uma relação sexual, não precisam preparar-se para ela. Nesse sentido, insistir indevidamente em carícias representa um grave risco para ambos.

O Padre Antonio Royo Marín, O.P., em sua obra Teología Moral para seglares ["Teologia Moral para leigos"][01], apresenta um esquema bastante específico sobre as práticas que se constituem pecado. Ele afirma que olhar e tocar nas partes íntimas da outra pessoa é pecado grave:

600. 1º. Olhares e toques.

a) Será ordinariamente pecado mortal olhar ou tocar sem causa grave (como a tem o médico, cirurgião, etc.) as partes desonestas de outras pessoas, sobretudo se são do sexo oposto, ou se são do mesmo, se se tem inclinação desviada por ele. Diga-se o mesmo com relação aos seios das mulheres.

b) Pode ser simplesmente venial olhar as próprias partes unicamente com rapidez, curiosidade, etc., excluída toda intenção venérea ou sensual e todo perigo próximo de excitar nelas movimentos desordenados. Não é pecado algum fazer o mesmo por necessidade ou conveniência (v.gr., para curar uma enfermidade, lavar-se, etc.)

c) Para julgar a importância ou a gravidade dos olhares e dos toques nas partes restantes do próprio corpo ou de outros, mais que a anatomia, há que se conhecer a intenção do agente, o influxo que pode exercer na comoção carnal e as razões que houve para permiti-los, de acordo com os princípios anteriormente expostos. Às vezes será pecado mortal o que em outras circunstâncias ou intenções seria tão somente venial e quiçá pecado algum.

d) O que foi dito em relação ao corpo humano aplica-se à vista de estátuas, quadros, fotografias, espetáculos, etc., e na medida, grau e proporção com que se pode excitar a própria sensualidade.

Quanto aos beijos e abraços, é preciso recordar que o que faz um pecado é a intenção. Assim, beijos e abraços com a intenção de se excitar e de excitar a outra pessoa, são realmente pecados graves, pois a intenção é pecaminosa. Amar significa também manter-se casto.

Em relação aos beijos apaixonados trocados por pessoas que já possuem um sério compromisso, é seguinte o parecer do Pe. Royo Marín:

602.2º. Beijos e abraços.

a) Constituem pecado mortal quando se pretender com eles excitar diretamente ao deleite venéreo, ainda que se trate de parentes e familiares (e com maior razão entre estes, pelo aspecto incestuoso de seus atos).

b) Podem ser mortais, com muita facilidade, os beijos passionais entre noivos (ainda que não se tente o prazer desonesto), sobretudo se são na boca e se prolongam algum tempo; pois é quase impossível que não representem um perigo próximo e notáveis movimentos carnais em si mesmo ou na outra pessoa. Quando menos, constituem uma falta grandíssima de caridade para com a pessoa amada, pelo grande perigo de pecar a que ela se expõe. É incrível que essas coisas sejam feitas feitas em nome do amor (!). Esta paixão cega não os deixa ver que esse ato de paixão sensual, longe de constituir um ato de verdadeiro e autêntico amor - que consiste em desejar fazer o bem ao ser amado -, constitui, na realidade, um ato de refinadíssimo egoísmo, posto que não hesita em satisfazer a própria sensualidade à custa de causar um grande dano moral à pessoa amada. Diga-se o mesmo dos toques, olhares, etc., entre esta classe de pessoas.

c) Um beijo rápido, suave e carinhoso dado a outra pessoa em testemunho de afeto, com boa intenção, sem escândalo para ninguém, sem perigo (ou muito remoto) de excitar a própria sensualidade ou do outro, não pode ser proibido em nome da moral cristã, sobretudo se há alguma causa razoável para ele; v.gr., entre prometidos formais, parentes, compatriotas (de onde seja costume), etc.

d) O que acabamos de dizer pode aplicar-se, na devida proporção, aos abraços e outras manifestações de afeto.

É preciso ter sempre em mente que o amor acontece entre dois sujeitos, e não entre um sujeito e um objeto. Por isso, a Igreja ensina a não transformar o outro em coisa, em brinquedo. Sobretudo se deve respeitar o corpo do ser amado como templo do Espírito Santo, caminhando com ele rumo ao céu, para que um dia possam concelebrar, junto com os anjos e com os santos, o amor de Deus.

Referência:
MARÍN, Antonio Royo, "Teología Moral para seglares - Moral Fundamental y especial", 600-602, p. 1533

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/quais-sao-as-caricias-permitidas-no-namoro

Sermão sobre contracepção

quarta-feira, 15 de maio de 2013





Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria…


“Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorais sobre vossos filhos. Porque eis que virá um tempo em que se dirá: Ditosas as estéreis e ditosos os seios que não geraram e os peitos que não amamentaram.” (Lc XXIII, 28-29)

 

     Eis aqui a única referência que Cristo faz à contracepção e à mentalidade contraceptiva. Claro que essas palavras de Nosso Senhor são suscetíveis de várias interpretações e se aplicam a circunstâncias diversas, em particular ao momento da queda de Jerusalém e mesmo ao fim dos tempos. Mas é claro que Nosso Senhor se refere, aqui, também à contracepção e à mentalidade contraceptiva. E Ele o faz no meio de seus maiores sofrimentos, durante a Via Sacra. Durante toda a história da humanidade nunca vimos um período em que a contracepção estivesse tão disseminada como em nossos tempos. É preciso chorar, nos diz Nosso Senhor.

     A Igreja tem o direito e o dever dados por Deus para julgar sobre a moralidade dos atos e esse poder da Igreja em relação à moral se estende à Lei Natural, à explicação da Lei Natural. Esta lei decorre da própria natureza das coisas, a lei que decorre da própria natureza do homem, criada por Deus. Nós vemos que Deus formou nossas faculdades de um certo jeito e que, consequentemente, elas devem ser usadas segundo a intenção do Criador, se não quisermos ofendê-lo e prejudicar a nós mesmos.  Em outras palavras, Deus nos fez de um certo modo e isso traz para nós consequências de como devemos agir. De forma semelhante, quando se fabrica um carro, o fabricante o faz de uma certa maneira, tendo em vista seus objetivos. Assim, ele pode fabricar um carro que funciona somente com gasolina. Ora, se alguém vai contra a intenção do fabricante e coloca álcool no tanque de combustível, o carro terá vários problemas e não funcionará corretamente como deveria, se tivesse sido observada a intenção do fabricante.

     Dentre as faculdades que Deus deu ao homem, há a faculdade reprodutiva. E Ele formou tal faculdade de forma que dois aspectos dela sejam inseparáveis. No ato conjugal devem se encontrar necessariamente juntos os aspectos unitivo e procriativo. O elemento unitivo consiste no fato de que o ato conjugal, por sua própria natureza, faz do homem e da mulher uma só carne, unindo-os fisicamente. O aspecto unitivo não é aqui o amor entre os cônjuges, mas a união que faz deles uma só carne. O elemento procriativo consiste no fato de que o ato conjugal, por sua própria natureza, está fundamentalmente ordenado à procriação. Assim, esses dois aspectos do ato conjugal não podem nunca separar-se. Se alguém os separa irá gravemente contra a lei natural e, portanto, contra Deus, autor da lei natural. É de suma importância compreender isso: o aspecto unitivo e o aspecto procriativo não devem ser separados. Deus quis que os filhos fossem gerados por meio da união que se realiza no ato conjugal. E essa união pelo ato conjugal só se justifica quando tal ato é feito sem excluir a procriação.

     Essa doutrina imutável da Igreja nos leva a algumas conclusões importantes. Ela condena, por exemplo, a fertilização in vitro e a inseminação artificial, pois aqui o aspecto unitivo é deixado de lado. A Igreja é defensora da família e dos filhos, mas não a qualquer custo. Os fins não justificam os meios. A Igreja não pode ir contra a lei natural, contra Deus, para favorecer a procriação. Essas práticas que deixam de lado o aspecto unitivo vão gravemente contra a lei natural, feita por Deus, e são objetivamente um pecado grave.

     Outras consequências decorrem da doutrina da Igreja. Ela significa que uma pessoa não pode ser esterilizada a fim de evitar os filhos: ligadura das trompas e vasectomia são gravemente proibidas e também os que recomendam esses procedimentos e os médicos que os realizam cometem grave pecado. Esses procedimentos, sendo possível, devem ser revertidos, se o casal ainda se encontra em idade fértil. Preservativos e qualquer outro tipo de barreira artificial, como diafragma, por exemplo, também não são moralmente lícitos. Também as pílulas não podem ser tomadas, evidentemente, para evitar os filhos. E vale destacar que essas pílulas não somente impedem a gravidez, como podem causar aborto, impedindo a fixação do embrião na parede uterina, por exemplo.

     Em 1968, o Papa Paulo VI, na Encíclica Humanae Vitae, confirmou o ensinamento constante e imutável da Igreja tanto em relação aos dois aspectos do ato conjugal que não podem ser separados quanto à proibição dos métodos anticoncepcionais.

     Outra, porém, é a avaliação moral dos assim chamados métodos naturais, quer dizer, aqueles em que o casal reduz o uso do matrimônio aos dias inférteis da mulher. Em relação aos métodos naturais, é preciso dizer que é perfeitamente lícito o ato conjugal no período infértil, pois nesse caso a infertilidade não decorre da vontade dos cônjuges, mas da própria natureza. Assim o ato conjugal é lícito quando a infertilidade é natural, decorrente, por exemplo, do ciclo da mulher ou da idade. Todavia, embora os métodos naturais sejam em si moralmente lícitos, eles não podem ser usados por razões de contracepção ou por uma mentalidade contraceptiva, quer dizer, para evitar os filhos a todo custo ou para reduzir o número de filhos a um número que seja agradável para o casal.

     Para utilizar os métodos naturais de forma moralmente aceitável, é preciso que haja razões graves para que uma nova gravidez não aconteça. Destaco bem: são necessárias razões graves. Essas razões graves podem ser de ordem médica, eugênica, social, econômica. De ordem médica, física ou psicológica, por exemplo, se uma nova gravidez traz riscos sérios para a saúde da mãe. De ordem eugênica, por exemplo, se a probabilidade de o filho nascer com problemas ou deficiências é grande ou se há grande probabilidade de aborto espontâneo. De ordem social, por exemplo, se o governo aborta sistematicamente as crianças de um casal após o nascimento do primeiro, como é o caso na China. De ordem econômica, se o nascimento de mais um filho colocará os pais em situação econômica realmente difícil, por exemplo.

     As razões de ordem econômica devem ser graves: o não conseguir dar o melhor colégio ou a melhor comida para o filho não são razões graves. O ter de comprar um carro pior ou ter de baixar o status econômico também não são razões graves. Tem-se exagerado muito a questão econômica para justificar o uso dos métodos naturais. Repito: a razão econômica deve ser realmente grave. Como podem surgir muitas dúvidas sobre o saber se uma razão é ou não suficiente para a utilização dos métodos naturais, é preciso consultar um padre de segura doutrina moral. Pio XII diz: “se essas graves razões (para utilizar os métodos naturais) não estão presentes, a vontade de evitar habitualmente a fecundidade da união, mas continuando a satisfazer plenamente a sensualidade, só pode derivar de uma falsa apreciação da vida e de motivos alheios às retas normas éticas”.

     Resumindo, utilizar os métodos naturais sem ter uma razão realmente grave para tanto, é moralmente ilícito, é pecaminoso e deriva de uma mentalidade contraceptiva que precisa ser evitada, pois, além de ser em si pecaminosa, termina conduzindo à contracepção de fato. Além disso, para que os métodos naturais sejam utilizados é preciso que os dois cônjuges estejam de acordo, pois tais métodos supõem a abstenção do ato conjugal durante um certo período e isso não pode ser feito sem que o dois estejam de acordo, até para não dar lugar a tentações contra o matrimônio. O casal pode usar os métodos naturais para aumentar a chance de filhos, evidentemente. Podem, mas isso não é obrigatório, Ninguém está obrigado a ter o maior número possível de filhos, mas, sim, a aceitar todos os filhos que Deus enviar como fruto do uso normal do matrimônio.

     A contracepção e a mentalidade contraceptiva são hoje praticamente onipresentes. E, infelizmente, mesmo entre os católicos. A crise atual é de fé e moral. E as consequências são drásticas, lastimáveis e graves. A primeira consequência é, claro, para o próprio casal que vê a vida matrimonial naufragar. A recusa da primeira finalidade do matrimônio, que é a procriação, trará grandes prejuízos para o casal. A contracepção faz que homens e mulheres sejam vistos como objetos para fins sexuais. Mas a contracepção e a mentalidade contraceptiva causam também graves problemas na sociedade. O problema do aborto está diretamente ligado à contracepção. Ora, o objetivo da contracepção é fazer de tudo para praticar o ato conjugal sem ter filhos. Com essa mentalidade contraceptiva os filhos passam a ser vistos como inimigos do casal.  Mas, e se os métodos anticoncepcionais falharem? Ora, a gravidez vai contra a intenção de ter filhos, então, é preciso fazer um aborto. Depois se segue o infanticídio, pois se eu posso matar a criança na barriga da mãe, por que não posso matar assim que ela nascer? E isso já está sendo proposto em alguns países: o aborto pós-parto, quer dizer, o assassinato da criança depois de nascida. E tudo isso é lógico, pois o crime é o mesmo – o assassinato de um bebê – só muda o lugar e o momento. A que ponto chegamos, caros católicos?

     A chamada paternidade responsável por meio do uso da contracepção é, na verdade irresponsável e causa a irresponsabilidade. Ela é irresponsável, pois a pessoa quer justamente praticar um ato sem arcar com as consequências naturais de seu ato. Isso é o que se chama irresponsabilidade. E se a irresponsabilidade é defendida em matéria tão fundamental e básica, é claro que ela vai se propagar para outros domínios da vida. Não é por acaso se as pessoas e a sociedade tem se tornado cada vez mais irresponsáveis.

     O próximo passo, depois do aborto, é a eutanásia. A razão para não ter crianças é o fato delas serem um peso, um fardo. O passo seguinte é, então, eliminar os idosos que se tornam igualmente inconvenientes. Uma vez que o princípio por traz da contracepção – isto é, o prazer sem responsabilidades e a eliminação de tudo o que pode ser inconveniente – foi aceito, as consequências lógicas chegam, mais cedo ou mais tarde. E depois dos idosos, serão eliminados da sociedade todos aqueles que ela de alguma forma acha que são inconvenientes, que são um peso. E isso começa, por exemplo, com o aborto dos fetos anencefálicos. Nossa sociedade tão moderna e tão evoluída faz com muito mais perfeição o que fazia a Alamenha nazista de Hitler. Nós vemos, então, que a contracepção está na raiz da cultura da morte e podemos enxergar claramente a gravidade da contracepção e da mentalidade contraceptiva. E notem que, historicamente, a cultura da morte, de fato, começa com a contracepção, em seguida passa ao aborto, depois vem a eutanásia, e, finalmente, a eliminação de todos os que são considerados um peso por essa sociedade degenerada. Tudo foi muito bem organizado pelo inimigo do homem. É preciso notar também que quando uma sociedade se torna contraceptiva, há um aumento da homossexualidade, pois a contracepção indica que a finalidade das nossas vidas é o prazer sensual. E se a finalidade é essa, qualquer forma de prazer desse tipo se torna válida. Tudo está ligado, caros católicos.

     É preciso, portanto, ficar longe da contracepção, da mentalidade contraceptiva e de todas as suas consequências. A nossa atitude face aos filhos deve ser como a de Nossa Senhora: “faça-se em mim segundo a vossa palavra”. Os três bens do casamento são os filhos, a fidelidade e a indissolubilidade, O maior deles, porém, são os filhos. Os filhos não são um peso e não são um mal. Ao contrário, eles são a alegria e a glória dos pais. O casal deve estar sempre aberto a todos os filhos que Deus quer enviar e não podem evitá-los nunca por métodos anticoncepcionais e só poderão fazê-lo utilizando métodos naturais se houver razões graves para isso, como dissemos. Nesse assunto, reitero, é preciso consultar um padre que tenha segura e sólida doutrina moral.

     Aquele filho que o casal quer evitar – sem ter uma causa grave para tanto – é o filho que, talvez, nos planos de Deus iria mudar a família, como São Bernardo, que levou para a vida religiosa mais de trinta familiares. Ou talvez o filho que o casal queira evitar seja aquele que pode trazer grandes benefícios para a sociedade. Pode ser o santo de que nossa época tanto precisa. É preciso confiar também na providência divina. Se Deus manda um filho aos pais que permanecem fiéis e generosos, ele dará os meios para que os pais possam, cooperando com a graça divina, educar o filho e ajudá-lo a se salvar. Deus não pode nos pedir nada que seja impossível. Mas é preciso também recorrer a Ele. Grandes graças estão reservadas para o casal que confia na providência divina, aceitando todos os filhos que Deus manda.

“Faça-se em mim segundo a vossa palavra.”
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Você quer realmente um namoro casto?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

“Que bela é a santa pureza! Mas não é santa nem agradável a Deus, se a separamos do amor. O amor é a semente que crescerá e dará frutos saborosíssimos com a rega que é a pureza. Sem amor, a pureza é infecunda, e as suas águas estéreis convertem as almas num lamaçal, num charco imundo, donde saem baforadas de soberba.” São Josemaria Escrivá


Graças a Deus vemos crescer o número de pessoas com vontade de viver um relacionamento casto, mas com a nossa fraqueza incitada pelo pecado original sempre inventamos desculpas pra viver um namoro com a intenção de ser casto, mas que na prática não é tão casto assim. 

Existem várias questões a ser tratadas sobre o assunto, mas algumas delas são de suma importância e são as que serão tratadas aqui, essas questões giram em torno de um fundamento básico para se ter um relacionamento casto, é a nossa disposição ao sacrifício e vontade de proteger o outro para que ele não caia em pecado, a abrir mão de certos prazeres e caprichos próprios de vaidade se eles forem ocasião de pecado.
Deste modo podemos formular duas perguntas básicas que o casal ou os solteiros que querem viver um namoro casto devem-se fazer e refletir bastante para verem se realmente estão querendo um relacionamento limpo, a primeira tem a ver com a modéstia e o pudor, não há a mínima possibilidade de um relacionamento ser casto se o casal não se porta - no modo de se vestir e agir - de forma modesta, pois a falta de pudor provoca situações de pecado. 

A segunda questão tem a ver com certas formas de carinho que acontecem no namoro que se tornam ilícitas por também colocar o casal em ocasião próxima de pecado. Antes de colocar as questões, como este é um assunto bastante amplo e discutido, ao final do texto deixarei alguns links referentes aos assuntos abordados, recomendo e gostaria muito que lessem a fim de um melhor entendimento sobre assuntos que são de tão importância, isso lhes esclarecerá muitas dúvidas que podem surgir após a leituras destas questões.
A primeira é: Você mudaria o seu modo de vestir-se? Sabendo que certas roupas são provocantes, que incitam o olhar, você abriria mão de usá-las trocando-as por roupas modestas a fim de proteger o outro de não cair no pecado do olhar? Quem provoca gera um pensamento impuro no outro, e isso é o estopim para uma ação do mesmo modo.
"A modéstia não diz respeito somente ao exterior, porque a maneira com que nos vestimos é um sinal do nosso interior. É um sinal de que não precisamos ficar nos "atirando" visualmente para os rapazes, na esperança de ganhar sua atenção. Tenha certeza que nós temos o poder de fazer as cabeças se voltarem para nós. Mas também temos o poder de fazer os corações se voltarem para nós. Podemos procurar conduzir esses corações para o paraíso ou para nós mesmas. Mas quando fazemos a atenção deles se voltar para as partes do nosso corpo, estamos convidando-os a nos "amar" pelas coisas erradas. " Cristalina Evert [1]
E a segunda: Você abriria mão de ter beijos íntimos até o casamento? Sabendo que este tipo de beijo sempre provoca a libido e conseqüentemente coloca o casal em ocasião próxima de pecado - o que já é um pecado em si - você abriria mão de tê-los para proteger seu (ua) namorado (a)?
"Outro tema que costuma passar por alto é a situação de um homem e de uma mulher que, sentados no carro, se beijam - "só isso, carinhosamente" - durante um bom tempo. Além a tentação de cair num pecado sexual, aqui há um problema. O propósito do namoro é chegar a conhecer a outra pessoa para ver se seria conveniente casar-se com ela. os beijos prolongados não ajudam a alcançar esse objetivo. Geralmente, faz-se isso por ser agradável, não para se chegar a uma descoberta interpessoal. De modo que, ainda que os beijos prolongados não provoquem excitação (o que poderia ser caso para uma consulta médica), são contraproducentes para o namoro. São pelo menos um pecado contra a virtude da prudência.[...] Pôr-se voluntariamente em perigo de pecar já é um pecado.' 
Pe. Thomas Morrow [2]
Bem lá no fundo você sabe que o que está escrito acima é verdade, então reflita: Quem ama de verdade quer proteger o outro e faz os sacrifícios necessários para que ele não caia em pecado. Você faria estes sacrifícios pelo bem do outro? Quem não está disposto a fazer sacrifícios no namoro não terá forças para suportar os sacrifícios que a vida matrimonial pedirá no futuro.

Que a Virgem Santíssima e o Glorioso São José, seu casto esposo nos conduzam a termo neste caminho, pois ele só vale a pena se o objetivo for a maior Glória de Deus.
Links recomendados sobre as questões acima:


Parresía “Pudor e Modéstia”, do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo.
 Tiago Martins
[1] Trecho do livro "Pure Womanhood" (Pura Feminilidade) de Crystalina Evert, San Diego, Ed. Catholic Answers, 2008.
[2] Retirado do livro: Namoro Cristão em um mundo supersexualizado, Pe. Thomas Morrow

Fonte:http://materdei1.blogspot.com.br/

Como a mulher se veste hoje

terça-feira, 16 de outubro de 2012



Por Daniel Pinheiro

Há algum tempo soubemos que um primo de nossa família, que mora no interior do Ceará, passou por uma grande dificuldade. Um dia, ligaram para ele de uma loja de São Paulo, dizendo que ele tinha uma dívida lá de mais de mil reais. Ele nunca foi pra São Paulo, e nunca fez compras nessa loja.
Ele descobriu, com isso tudo, que algum espertinho tinha aberto uma conta com os dados dele – identidade, CPF, e nome completo – em um banco de São Paulo, e tinha conseguido um certo crédito, usando-o para gastar mais de dois mil reais em várias lojas. Foi um tormento para ele provar que não tinha nada a ver com aquilo. Engraçado que ele não tem muitas contas, nem faz muitas compras por aí para que o número de seus documentos fique circulando pelo mundo. Depois disso tudo, ele redobrou os cuidados. Afinal de contas, seu nome e o número de seus documentos tinham sido usados por outras pessoas para proveitos egoístas.
Fiquei pensando, então, sobre a importância de guardar aquilo que é nosso, que tem valor para nós, para que não seja usado por pessoas que muitas vezes nem conhecemos. Imagine que uma grife quisesse divulgar uma nova moda de estampar nas camisetas o nome completo, o número do CPF e da identidade da pessoa. Creio que essa moda não ia pegar.
Ninguém, em sã consciência, sai por aí divulgando seus dados pessoais.
No entanto, temos algo de muito mais valioso que nosso nome, nosso dinheiro ou nossos documentos. É o nosso próprio corpo, que faz parte, da maneira mais íntima possível, do “todo” que somos como pessoas, como seres humanos.
Percebem como é ilógico que a moda e sociedade ditem parâmetros que fazem as mulheres mostrarem demais seu corpo? Ficaríamos surpresos com alguém que estampasse na camiseta o nome completo e o número dos seus documentos. Afinal de contas, alguém poderia usar aquilo para fins não muito bons, em detrimento da própria pessoa. Muito mais, porém, deveríamos nos espantar ao ver mulheres que mostram demais o próprio corpo, que é muito mais valioso do que nome ou documentos. Assim, de certo modo, elas se permitem ser usadas por aqueles que, certamente, olharão para ela com luxúria. Há prejuízos na dignidade tanto de quem olha como de quem é vista.
Tudo isso nos faz pensar como é sedutor o discurso da moda, da sociedade, da “revolução sexual”, para que tenhamos chegado ao ponto de considerar normal, natural, e desejável esse tipo de “uso” do corpo.
O Papa João Paulo II disse que há uma oposição entre o amor e a atitude de “usar” uma pessoa para o próprio deleite. Ele chama essa atitude de “utilitarista”, e lhe faz muitas críticas. Segundo ele, “o utilitarismo introduz uma relação paradoxal: cada uma das duas pessoas toma fundamentalmente a atitude de assegurar o próprio egoísmo, e ao mesmo tempo concordar em servir ao egoísmo do outro, desde que isso lhe ofereça a ocasião de satisfazer o próprio egoísmo. (…) [Essa atitude] prova essencialmente que a pessoa (…) se rebaixa ao nível de meio, de instrumento, (…) [o utilitarismo] é uma espécie de antítese do amor” (Amor e Responsabilidade, p. 33).
Para João Paulo II, só o amor dignifica a pessoa. Em suas palavras, “a pessoa é um bem tal que só o amor se relaciona com ela própria e plenamente”.
E então? Que tal agora se perguntar sobre a maneira como me visto e me comporto? Será que ela está induzindo o outro a me ver como um “instrumento” para seu prazer, em uma atitude “utilitarista”? Ou será que ela está suscitando no outro o desejo de me amar pela minha pessoa inteira, corpo e alma, e não só o corpo?

As modas "sexy": o que pensam os homens



Por Mike Mathews -  Tradução Aline Rocha

Como de fato afetam, aos homens, as roupas “sexys” das mulheres? Como homem, eu gostaria de explicar. Freqüentemente, vejo mulheres a usar calças jeans apertadas, vestidos ajustados ao corpo e mini-saias. Algumas usam calças “rasgadas”, blusas decotadas e suéteres apertados, enquanto que outras mostram partes de seus sutiãs aqui ou ali. As mulheres estão vestindo modas “sexy” em todos os lugares: nas escolas, no trabalho e até na Igreja.

Com essas atitudes exibicionistas como que elas querem ser honradas e respeitadas pelos homens? Às vezes, pergunto-me no meu interior quais serão os motivos que as leva a agir dessa forma. Será que estão tratando de ser atrativas e estar na moda? Ou estão buscando algo mais? Elas tem noção de quais os sinais que estão enviando aos homens? Elas estão em busca de atenção? – ou estão tentando encontrar um bom marido e um amor seguro? Querem conseguir um encontro ou incrementar a confiança em si mesmas? Podem ser estas as razões ou existem outras? Mas o certo é que ao vestir-se “sexy” nunca conseguirão com que os homens lhes honrem ou as respeitem. De fato, na realidade, é quase certo que os homens não as honraram nem as respeitaram. Se você quer que um homem a respeite, e talvez se enamore, então, você deve mostrar auto-respeito e reconhecer sua dignidade perante Deus. A melhor maneira de mostrar isto é a modéstia no vestir-se, nas palavras, nos pensamentos e nas ações.

O que provoca pensamentos sexuais nos homens?
É natural querer vestir-se de modo atraente. Mas às vezes, sem até dar-se conta, as mulheres que vestem roupas “sexys” estão se “vestindo para o sexo” – isto é, se veste de tal forma que provoca pensamentos sexuais nos homens. Por que os homens reagem dessa maneira e por que as mulheres nem sempre se dão conta disso? Porque os homens e as mulheres são feitos de maneira diferente no que se refere ao corpo humano. O fato é que não se necessita muito estímulo visual para que os homens se excitem sexualmente. A visão do corpo feminino, ainda que seja pouco, e ainda que a moça seja completamente desconhecida, pode despertar pensamentos sexuais instantaneamente. Isto pode ser difícil de entender para as mulheres, mas é a mais pura verdade.
E as mulheres? Minhas amigas dizem-me que, certamente, as mulheres apreciam os homens bonitos, mas não são afetadas visualmente na mesma intensidade que os homens. Elas pensam, por exemplo, que as palavras de amor, a ternura e o apreço sincero são muito mais significativos que o porte físico dos homens. Dadas estas diferenças, não há dúvidas que as roupas “sexys” chamarão a atenção do homem. Para algumas mulheres, isto pode ser divertido a princípio, mas ao final não será, porque não vai atrair o tipo de atenção – ou o homem – que uma mulher deseja. Por quê? Porque as moças que usam roupas atraentes, causa nos homens somente a libido e vontade de “usá-las” sexualmente em lugar de amá-las por quem são.
Não se esqueça, o ato de ver o corpo de uma mulher é um estímulo tão forte para o homem que, ao menos que ele tenha se treinado ou seja altamente disciplinado, haverá situações difíceis para ele controlar seus pensamentos sexuais. E uma vez que estes pensamentos comecem, freqüentemente se convertem em pensamentos impuros como “se pudéssemos estar sozinhos” ou “eu gostaria muito de fazer…”. Isso se chama luxúria, e as roupas que as mulheres usam pode despertar esses pensamentos em um segundo. Sim, os homens são culpáveis de se alimentarem de pensamentos luxuriosos. Mas os homens decentes querem evitar estes pensamentos e esperam que as mulheres os ajudem, através da exercitação da virtude e usando roupas modestas que não os conduza a ter fortes tentações.

O que faz com que os homens vejam as mulheres como objetos sexuais?
Mesmo que você saiba ou não, se você usa roupas que mostre seu corpo, muitos homens lhe verão como um objeto sexual. Não somente isso, mas a maneira que você se veste pode afetar também como estes homens vêem as outras mulheres. Quando os homens estão dispostos a ver uma mulher sob o domínio de luxúria, eles tendem a desenvolver uma visão distorcida de todas, fazendo com que vejam e tratem as outras mulheres com que eles se encontrarão depois, como objetos sexuais.
Tendo consciência ou não, se você se apresenta de uma maneira sexualmente reveladora – ainda que ligeiramente – muitos homens desejarão ter seu corpo para o seu prazer, sem preocupar-se em considerar-te como uma pessoa. Muitos homens lhe verão como sexualmente fácil. Outros, estarão constantemente distraídos com tentações sexuais e lhes será difícil chegar a te conhecer como a pessoa maravilhosa que você é.
Alguns atacar-te-ão verbalmente ou dir-te-ão qualquer coisa que você deseja  ouvir, somente para te levar à cama. E ainda outros tratarão de manusear-te e até violar-te. Porém, deixa-me ser claro: não importa como se veste uma mulher, isso nunca é uma desculpa para o estupro, ou para a agressão sexual de nenhuma classe. Os homens que cometem estes atos realizam um monstruoso pecado e um crime atroz. Nada do que estou dizendo é uma desculpa ou razão para que algum homem viole uma mulher ou cometa qualquer outro crime.
E, por certo, não te deixes enganar pelas revistas femininas que fazem parecer que cada rapaz está buscando somente sexo e mostram como “você tem que te vestir sexy” para conseguir um bom namorado, ou esposo. Isso não é verdade. Somente os homens que querem se aproveitar de ti sexualmente, animar-te-ão para que te vistas dessa maneira. Você não tem que exibir teu corpo para encontrar um bom homem.

Faça que ele ame teu “eu” interior!
Então, que tipo de atenção você realmente quer? A maior parte das mulheres quer ser amada e respeitada pelo que elas são interiormente, não pelo seu visual. Não é isso o que você quer? Você não quer ser amada por um homem sincero, puro e virtuoso que tem confiança em si mesmo, é disciplinado e está comprometido com a relação de vocês? Eu sei que você não quer ser “usada” pelos homens, e que não quer estar em uma relação, ou se casar com um homem que não tem controle de si mesmo – um homem que busca satisfações rápidas ou que deseja cada menina bonita que ele vê.
A Katherine Kersten, comentarista do “National Public Radio” e presidenta da junta diretiva de “Center of the American Experiment”, escreveu: “A modéstia implica algo mais: simples justiça. Nós, mulheres, pedimos respeito da parte dos homens, insistindo para que eles nos valorizem não por nossa aparência, mas por quem somos. É uma hipocrisia dizer isto e, ao mesmo tempo, vestir-se e atuar imodestamente, provocando intencionalmente o desejo sexual e dando sinais de estar facilmente aberta a esses desejos. Atuar desta maneira é ferir nossa própria dignidade, é tratar-nos a nós mesmas como objetos sexuais. Além de tudo, é verdadeiramente injusto, porque significaria que nós estamos considerando que os homens estão em uma posição mais alta”.

Prepara-te para o amor duradouro
Se estás buscando um amor duradouro e um matrimônio para toda a vida, que una as mentes, as almas e os corpos, a melhor maneira de consegui-lo é sendo o tipo de pessoa que você quer seu futuro esposo seja. Pensa em você mesma e em seu futuro cônjuge como alguém com integridade, com uma personalidade vital e um caráter firme. Se você desenvolver estas qualidades e as demonstrar por meio das palavras, ações e aparência, ajudará a atrair o mesmo em teu esposo. Há muitos homens bons por aí; homens que têm personalidades maravilhosas, homens que são respeitosos, inteligentes e que buscam uma relação duradoura; homens que serão fiéis e que se comprometeram com sua esposa por toda a vida. Para encontrar um homem verdadeiramente honrável como este, recorda que ele se sentirá atraído por uma mulher que se veste modestamente como sinal de pureza; por alguém que reconhece que cada pessoa foi criada à imagem e semelhança de Deus. Ao vestir-se modestamente, uma mulher mostra que sabe que fomos feitos para amar e ser amados, como pessoas únicas e irrepetíveis. Ela também mostra respeito por seu corpo e por sua alma imortal, dois dons sagrados que devem ser tratados com dignidade e respeito.
Como homem, deixe-me terminar dizendo que aprecio sinceramente as mulheres que fazem um grande esforço para vestir-se modestamente. Conheço várias mulheres atrativas que sempre se vestem com lindas roupas e estilos modestos. O que faz estás mulheres ainda mais atrativas que sua beleza física e a roupa de moda que estão usando, é sua modéstia. É a virtude que as fazem brilhar de uma forma bela. Mostram que são respeitáveis, que têm uma fortaleza interior e uma grande auto-estima. A modéstia mostra também um coração puro e um desejo generoso de guardar-se para um futuro esposo. Pensa por um momento: o que dizem suas roupas de você mesma?

P.S.: A modéstia é uma bela virtude! Os homens também se beneficiam dela quando eles a praticam em seus pensamentos, palavras e ações.

Mais sobre o beijo de língua

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Retirado do livro:
 Namoro Cristão em um mundo supersexualizado, Pe. Thomas Morrow - Editora Quadrante. 
Grifos nossos.


      Em primeiro lugar, como os homens se excitam mais rapidamente que as mulheres, uma mulher deve preocupar-se pelo modo como reage seu namorado, e não pelo seu próprio. Se ele se mostra menos amável e mais insistentes nos seus abraços ou nas suas despedidas, não há dúvida de que ultrapassou os limites do carinho. É o momento em que um deles ou ambos devem dar marcha à ré. Com uma palavra elogiosa. Por que elogiosa? Para evitar o pecado sem ferir o ego. Podem ser frases como estas: "Você é muito valioso(a) para mim" ou "Você é o máximo", antes de deixar essa companhia a noite.
      Uma pergunta clássica entre os solteiros diz respeito ao french kiss ou beijo de língua. É aceitável? Redondamente, não. Houve mulheres que me disseram serem capazes de fazê-lo sem se sentirem excitadas, e acredito nelas.  Mas,  é difícil encontrar um homem normal que não se excite com um beijo de língua. As mulheres são responsáveis pelo que provocam no homem, assim como pelo que provocam e si mesmas.
      Um estudante disse-me: - "Padre, eu consigo dar um beijo de língua sem excitar-me". Repliquei-lhe: - "Talvez seja porque o faz mal". Também pode ser porque, pela prática constante, um homem se torne insensível, mas esse processe de insensibilização esconde já muitos pecados graves.
      E se alguém se excita com uma simples manifestação de carinho? Pelo princípio do efeito indireto, é algo que pode acontecer. A chave está em que a pessoa não pretenda excitar-se. No entanto, é preciso evitar uma demorada manifestação de afeto que tenha como consequência uma excitação, já que é provável que, quando se prolonga, acabe por arrastar a vontade. De qualquer modo, pôr-se voluntariamente em perigo de pecar já é um pecado.
      Outro tema que costuma passar por alto é a situação de um homem e de uma mulher que, sentados no carro, se beijam - "só isso, carinhosamente" - durante um bom tempo. Além a tentação de cair num pecado sexual, aqui há um problema. O propósito do namoro é chegar a conhecer a outra pessoa para ver se seria conveniente casar-se com ela. os beijos prolongados não ajudam a alcançar esse objetivo.       Geralmente, faz-se isso por ser agradável, não para se chegar a uma descoberta interpessoal. De modo que, ainda que os beijos prolongados não provoquem excitação(o que poderia ser caso para uma consulta médica), são contraproducentes para o namoro. São pelo menos um pecado contra a virtude da prudência.
 
Fonte:http://donzelacrista.blogspot.com.br/

Castidade e Modéstia

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Salve Maria Puríssima!
Hélio Maria da Comunidade Missionária Mariana fala sobre Castidade e a virtude da Modéstia, baseando-se nos escritos de vários Papas.
O Papa Bento XV diz: "Não se pode deplorar suficientemente a cegueira de tantas mulheres de qualquer idade e posição. Feitas de bobas por um desejo de agradar, elas não vêem em que medida a indecência de suas roupas choca a cada homem honesto e ofende a Deus. A maioria delas ficaria enrubescida por causa deste tipo de vestuário, como por uma falta grave contra a modéstia cristã. Agora não basta exibir-se em vias públicas, elas não temem cruzar o limiar de Igrejas, para assistir ao Santo Sacrifício da Missa, e até mesmo carregar o alimento sedutor das paixões vergonhosas para a mesa eucarística, onde se recebe o Autor da Pureza Celestial." (Sacra Propidium, 1921).
 

Dez Regras Para Namorar Minha Filha

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Por Dave’s Daily
Traduzido por Andrea Patrícia


Regra Um: Se você parar em frente à minha casa e buzinar, é melhor que você esteja entregando um pacote, porque pode ter certeza de que não está ali para pegar um objeto.

Regra Dois: Não toque na minha filha na minha frente. Você pode olhar para ela, contanto que não espie qualquer coisa abaixo de seu pescoço. Se você não consegue manter os olhos ou as mãos longe do corpo da minha filha, vou removê-los.

Regra Três: Estou ciente de que é considerado moda para meninos de sua idade usar as calças tão folgadas que eles parecem estar caindo de seus quadris. Por favor, não tome isso como um insulto, mas você e todos os seus amigos são uns idiotas completos. Ainda assim, quero ser justo e de mente aberta sobre este assunto, por isso proponho: Você pode vir à porta da minha casa com sua cueca aparecendo e sua calça de tamanho dez vezes maior, e eu não vou me opor. No entanto, a fim de assegurar que as suas roupas, de fato, não caiam durante o tempo de encontro com a minha filha, vou levar a minha pistola de pregos elétrica e apertar suas calças firmemente bem na sua cintura.

Regra Quatro: Tenho certeza que disseram a você que no mundo de hoje, o sexo sem a utilização de algum tipo de “método de barreira” pode matar você. Deixe-me explicar, quando se trata de sexo, eu sou a barreira, e eu vou matar você.

Regra Cinco: É costumeiramente entendido que, para que possamos conhecer uns aos outros, devemos falar sobre esportes, política e outros assuntos do dia. Por favor, não faça isso. A única informação que eu preciso de você é uma indicação de quando você vai trazer minha filha em segurança de volta para minha casa, e a única palavra que eu preciso de você sobre este assunto é “cedo”.

Regra Seis: Não tenho dúvidas de que você é um sujeito popular, com muitas oportunidades de namorar outras garotas. Isso é bom para mim desde que esteja tudo bem com minha filha. Caso contrário, depois de ter saído com a minha menina, você vai continuar sem namorar ninguém, a não ser ela até que ela termine com você. Se você a fizer chorar, vou fazer você chorar.

Regra Sete: Enquanto você estiver no hall da minha casa, esperando a minha filha a aparecer, e mais do que uma hora passa, não suspire e nem demonstre descontentamento. Se você quer chegar na hora certa para ver o filme, você não deveria estar namorando. Minha filha está se arrumando, um processo que pode demorar mais do que pintar a ponte Golden Gate. Em vez de apenas estar lá, por que não fazer algo útil, como trocar o óleo do meu carro?

Regra Oito: Os seguintes lugares não são adequados para um encontro com a minha filha: locais onde há camas, sofás, ou qualquer coisa mais suave do que um banquinho de madeira. Locais onde não há pais, policiais, ou freiras dentro do campo de visão. Locais escuros*. Locais onde há dança, gente segurando as mãos, ou alegria. Locais onde a temperatura ambiente é quente o suficiente para induzir a minha filha a usar shorts, tops com barriga de fora, ou qualquer coisa que não seja um macacão, um suéter e um casaco longo fechado até sua garganta. Filmes com um tema forte, romântico ou sexual devem ser evitados; filmes com motosserras tudo bem. Jogos de hóquei tudo bem. Casa de gente idosa é melhor.

Regra Nove: Não minta para mim. Posso parecer um barrigudo, careca, de meia-idade, estúpido. Mas em questões relacionadas com a minha filha, eu sou o onisciente, impiedoso deus de seu universo. Se eu lhe perguntar onde você está indo e com quem, você tem uma chance de me dizer a verdade, toda a verdade e nada além da verdade. Eu tenho uma espingarda, uma pá, e cinco hectares atrás de casa. Não brinque comigo.

Regra Dez: Tenha medo. Tenha muito medo. É preciso muito pouco para eu confundir o som de seu carro na garagem com um helicóptero vindo em um arrozal perto de Hanói. Quando o meu agente laranja começa a aprontar, as vozes na minha cabeça frequentemente me dizer para limpar as armas, enquanto eu espero você trazer minha filha para casa. Assim que você parar na calçada você deve sair do seu carro com as duas mãos à vista. Fale a senha, anuncie em voz clara que você trouxe minha filha para casa com segurança e cedo, em seguida, retorne para o seu carro – não há necessidade de você entrar. O rosto camuflado na janela é meu.
Original aqui.
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Notas da tradutora:
* Então ele não deveria deixar a filha dele ir ao cinema como namorado! Eu não deixaria.
——
Bem engraçado o texto. No final, o modo como ele se caracteriza como um neurótico de guerra pronto para atirar no rapaz que tentar colocar suas mãos na filha dele, é hilário. É que é costume nos EUA que a despedida de um encontro seja com um beijo que muitas vezes é na boca. Claro que o pai zeloso não quer isso, né?

Por que quero namorar?

domingo, 17 de junho de 2012

Salve Maria Imaculada
Novamente peço desculpas pelo atraso nas postagens, mas é que estamos sem tempo esses dias. No dia 12 de junho, pelo menos no Brasil, foi comemorado o dia dos namorados (bem não somos graduadas neste tema), mas eu queria partilhar algo para refletir:


Faça essa pergunta para você mesma, e a responda depois de ler esse pequeno pensamento: Por que quero namorar?  

Bem sabemos que o namoro é como um degrau para o casamento, e o casamento (Casamento Católico, Casamento Mariano) segue este conceito ensinado na Teologia do Corpo: "O relacionamento recíproco entre os esposos, marido e mulher, deve ser compreendida pelos cristãos de acordo com a imagem do relacionamento entre Cristo e a Igreja", ou seja, o casamento é uma doação mutua dos dois, onde um dar a vida pelo outro, renuncia-se a si próprio pelo outro. No Casamento Católico ninguém casa para ser feliz, mas para fazer feliz. O namoro é um dos degraus para o casamento, então é no namoro que se aprende a fazer o outro feliz, onde se aprende a renunciar-se pela felicidade do outro.

Voltando a pergunta, Por que quero namorar? Seria para fazer o outro feliz ou para saciar minha carência? Seria para viver um relacionamento casto respeitando o templo que cada um é, ou seria para mostrar-se perante as outras pessoas? Pensemos nisso seriamente e esperemos por Deus, pois Ele pode estar preparando a pessoa certa para você. 

Para finalizar quero aqui citar duas frases de dois jovens de nossa paróquia: "O namoro é fase de conhecimento, conhecer a alma e o coração do outro, não o corpo", "Namorar de forma correta nos dá a liberdade interior, o que para o mundo é prisão para nós é liberdade".


Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva 

E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

quarta-feira, 25 de abril de 2012




(Imagino que algumas de vocês venham a ficar chocadas com o que vão ler aqui. Eu também fiquei, da primeira vez que li algo sobre isso. Por favor, saia da defensiva e leia com atenção).

Retirado do blog Vida e Castidade
E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

Por Jason Evert (www.castidade.com)


      Quando se fala de pecados de impureza, muitas pessoas pensam: “Se é um pecado mortal, então eu não quero. Mas se for só pecado venial, então não quero perder!”. Precisamos deixar de lado essa idéia minimalista que se foca em “até onde podemos ir sem ofender a Deus”. Mesmo o menor pecado divide, enquanto a pureza faz nascer o verdadeiro amor. Elizabeth Elliot escreveu em seu livroPassion and Purity: “Como posso falar de alguns beijos imprudentes para uma geração que cresceu sendo ensinada que quase todo mundo vai pra cama com todo mundo? Daqueles que vagueiam no mar da permissividade e dos excessos, será que existe alguém que ainda olhe para o céu em busca do farol da pureza? Se eu não acreditasse que existe alguém assim, sequer me importaria em escrever.” [1]

      Eu costumava ter como certo que todo mundo sabia que beijo de língua é sexualmente excitante, especialmente para um rapaz. Mas eu tenho encontrado mulheres que se mostram surpresas quando descobrem que um homem fica sexualmente excitado por um beijo ardente (ou antes dele). O beijo de língua é profundamente unitivo, já que a penetração de uma pessoa dentro de outra é parte daquele “tornar-se um” com ele ou ela fisicamente. Esse beijar ardente e sensual diz para o corpo de um homem que este deve se preparar para o ato sexual, e quando um homem fica excitado, geralmente ele não fica satisfeito enquanto não atinge o ápice.

      Portanto, o beijo de língua provoca o corpo com desejos que não podem ser moralmente satisfeitos fora do casamento. Para o casal que está guardando o sexo para o casamento, o beijo de língua é como um garoto de quinze anos sentado no carro, na saída da garagem, só acelerando o carro estacionado, porque sabe que não tem carteira de motorista.

      Eu acredito que o problema moral com beijo de língua é mais difícil de ser entendido pelas garotas, porque elas tendem a se excitar sexualmente de uma maneira mais gradual do que os rapazes. Se a excitação de uma mulher pode ser comparada com um ferro de passar esquentando pouco a pouco, a de um rapaz poderia ser comparada com o acender quase instantâneo de uma lâmpada elétrica. As reações sensuais em um rapaz tendem a ser mais imediatas, e quando a chama da excitação sexual se acende, um homem geralmente quer ir além.

      Ele pode até se contentar por uns tempos somente com os beijos. Mas quando um casal tem episódios recorrentes de “amassos” ardentes, e tentam estabelecer os limites nesse ponto, uma das duas coisas vai acontecer: ou os limites originais vão desaparecer, ou então a frustração vai tomar conta de tudo. No primeiro caso, a excitação sexual vai se tornar rotina, e o casal vai começar a justificar novas formas de intimidade física. Talvez eles consigam parar na primeira, na segunda ou na terceira vez, mas gradualmente os antigos limites vão cedendo, porque eles começam a experimentar esse poder intoxicante de ligação que Deus reservou para os cônjuges no casamento.

      No segundo caso, um dos dois poderá acabar ouvindo a mesma coisa que essa garota ouviu: “Meu namorado e eu não passávamos de uns 'amassos', mas recentemente ele me perguntou depois que nos beijamos: ‘Você nunca se sente... entediada? Nunca enjoa disso?’”

      Frequentemente eu recebo e-mails de casais abstinentes que dizem que realmente se amam e querem permanecer na pureza, mas continuam sempre caindo de novo e de novo nos mesmos pecados sexuais. Eles estimularam esses desejos, e descobriram que eles não são facilmente controlados, uma vez despertos. Esses casais querem ficar em cima do muro, e manter alguma intimidade sexual ao mesmo tempo em que evitam ir “muito longe”. Mas eles estão descobrindo que homem e mulher não foram feitos para funcionar desse modo. A pureza angelical é mais fácil de se viver do que apenas 50% de pureza, porque você não está constantemente provocando a si mesmo.


      Entretanto, algumas pessoas dizem que beijo de língua não é lá esse problema todo, e que não tem muita importância. Mas será que não existe algo em você que gostaria que esses beijos significassem algo? Quanto mais damos de nós mesmos, tanto menos valorizamos o dom do nosso corpo e de todo o nosso ser (e as pessoas respondem nos tratando com menos respeito também).

     Pergunte a si mesmo o que valem seus beijos. Será que eles são uma maneira de retribuir a um rapaz por uma noite bacana? Será que eles são uma solução para o tédio em um namoro? Será que eles são um modo de encobrir as dores ou a solidão? E pior, será que eles são apenas por pura “diversão”? Se a resposta para qualquer uma dessas perguntas for um sim, então já esquecemos o propósito de um beijo, e o significado da intimidade. Portanto, não trate partes de sua sexualidade como “sem importância”. Todo seu corpo é de uma importância infinita, e isso inclui seus beijos. Quando percebemos isso, o mais simples dos beijos passa a ter um valor inestimável, “não tem preço”, e traz mais proximidade e alegria do que 100 “ficas” ou encontros sexuais casuais.

     O que acontece com o jovem bem intencionado é que a intimidade inicial e a excitação de um beijo se enfraquece quando ele ou ela começa a dar esses beijos indiscriminadamente, como quem aperta uma mão. O significado profundo dos simples atos de afeição lentamente se perde. O mundo gosta de nos dizer que estamos ficando mais “habilidosos” no namoro, mas na verdade estamos apenas nos tornando insensíveis.

      Então, antes de fazer tudo de novo, pense em guardar a paixão ardente para seu esposo ou esposa. Não apenas sua pureza será um dom e presente para seu cônjuge, ela vai fazer a afeição dele ou dela mais única para você também. No longo prazo isso vai unir os dois muito mais do que todas as “experiências” que o mundo recomenda que você tenha antes de se casar.

      No colégio, eu não pensava duas vezes antes de dar esse tipo de beijo. Meu pensamento era que outras pessoas estavam fazendo coisas piores, então não tinha muito problema o que eu fazia. Agora eu desejaria ter guardado esses beijos para minha esposa, ao invés de distribuí-los por aí com garotas que nunca mais vi de novo depois que terminou o tempo de colégio. Mas na época eu não pensava no futuro. Eu apenas via meus colegas de sala e achava que esse era o modo como as coisas eram. Quando meus relacionamentos amadureceram e se aprofundaram, e eu comecei a rezar por eles, eu deixei esse tipo de beijo de lado, porque ele sempre acendia o desejo de ir além. Ele também estava levando os outros aspectos do relacionamento a um segundo plano. Eu sabia no meu coração que não poderia dizer com segurança que esse tipo de intimidade estava agradando a Deus.

      Então eu tive uma conversa com uma namorada no começo de um relacionamento, e nós concordamos em fazer esse sacrifício. Isso foi uma grande bênção, e eu imediatamente pude ver como o relacionamento era mais santo e cheio de alegria. Nós nunca éramos perfeitos, mas pela primeira vez eu vi que, quanto mais beijos ardentes havia no relacionamento, menos havia de qualquer outra coisa. Isso foi uma coisa que não pude entender enquanto não experimentei.

      Eu encorajo você a dar uma chance, tentar. Deixe de lado os beijos de língua nos namoros, e guarde-os para o casamento. Mantenha a afeição simples. Se é muito difícil para você aceitar isso, então tenha a honestidade de se perguntar porque. Se você não pudesse dar um beijo de língua no seu namorado, isso iria impedir sua capacidade de amá-lo? Será que, deixando de dar um beijo de língua em sua namorada, isso vai impedir sua capacidade de glorificar a Deus ou de levá-la para o céu? O quanto nossas intenções estão direcionadas para nossa gratificação pessoal, e o quanto estão direcionadas para a glorificação de Deus?

      Falando em termos simples, a moralidade sexual diz respeito a glorificar Deus com nosso corpo. O modo com que você usa sua sexualidade deve refletir seu amor por Deus e deve expressar o amor de Deus para os outros. Se uma área parece cinzenta, então não entre nela. Faça apenas as coisas que você seguramente sabe que glorificam a Deus.

      Se você tem dificuldades nesse assunto, leve isso para a oração. Se você deseja verdadeiramente conhecer a vontade de Deus com relação à pureza, eu sei que Ele vai lhe mostrar. Você tem só que ficar com Ele o tempo suficiente para ouvi-lo. Com certeza, isso é difícil, mas o amor está pronto a sacrificar grandes coisas, bem como as pequenas, pelo bem da pessoa amada.

      É cada vez mais comum eu ouvir casais que guardam seu primeiro beijo para o dia do casamento. À primeira vista isso pareceu loucura para mim, mas então eu percebi que eles não estavam evitando os beijos porque achavam que era pecado ou porque não conseguiam se controlar, mas sim porque eles estimavam tanto, viam tanto valor em um simples beijo, que eles desejavam que Deus e o mundo testemunhassem o seu primeiro. Seu primeiro beijo poderia ser oferecido como uma oração.

     Com tudo isso que foi dito, não devemos ficar presos em saber o quão próximos podemos chegar do pecado. Quando nossos corações estão bem com Deus, estamos preocupados com o que é verdadeiramente puro, e em como podemos glorificar a Deus com nossos corpos. Queremos que cada um de nossos atos de afeição seja um reflexo do fato de que Deus vem em primeiro lugar em nossas vidas. Enquanto não chegarmos a esse ponto, teremos dias muito difíceis tentando discernir entre o que é amor e o que é luxúria.

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[1]. Elisabeth Elliot, Passion and Purity (Grand Rapids, Mich.: Revell, 1984), 131.


Traduzido de: http://www.chastity.com/chastity-qa/how-far-too-far/kissing/french-kissing-bad-every
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Nota: O texto acima, retirado do blog Vida e castidade, é muito bom para refletirmos sobre este tema que parece tão bobo, numa sociedade como a nossa onde a permissividade reina e a vulgaridade e impera.
Entretanto, no início do texto o Jason dá a entender que o beijo de língua seria somente pecado venial, mas há controvérsias.

Vejamos:


602. 2.° Beijos e abraços.
a) Constituem pecado mortal quando se tenta com eles excitar diretamente o deleite venéreo, embora se trate de parentes e familiares (e com maior razão entre estes, pelo aspecto incestuoso desses atos).


b) Podem ser mortais, com muita facilidade, os beijos passionais entre noivos (embora não se tente o prazer desonesto), sobre tudo se forem na boca e se prolongam algum tempo; pois é quase impossível que não representem um perigo próximo e notável de movimentos carnais em si mesmo ou na outra pessoa. Quando menos, constituem uma falta maior de caridade para com a pessoa amada, pelo grande perigo de pecar a que a expõe. É incrível que estas coisas possam fazer-se em nome do amor (!). Até tal ponto os cega a paixão, que não lhes deixa ver que esse ato de paixão sensual, longe de constituir um ato de verdadeiro e autêntico amor—que consiste em desejar ou fazer o bem ao ser amado—, constitui, em realidade, um ato de egoísmo refinadísimo, posto que não vacila em satisfazer a própria sensualidade até a costa de lhe causar um grande dano moral à pessoa amada. Diga-o mesmo dos toques, olhares, etc., entre esta classe de pessoas.


c) Um beijo rápido, suave e carinhoso dado a outra pessoa em testemunho de afeto, com boa intenção, sem escândalo para ninguém, sem perigo (ou muito remoto) de excitar a própria ou alheia sensualidade, não pode proibir-se em nome da moral cristã, sobre tudo se houver alguma causa razoável para isso; v.gr., entre prometidos formais, parentes, compatriotas (onde haja costume disso), etc.

Do livro "Teología Moral para seglares" do renomado teólogo dominicano Pe. Antonio Royo Marín, O.P.


Antes de jogar tomates em cima de mim, reflita a respeito e ore pedindo ao Espírito Santo o discernimento. Se Deus te chamasse pra a vida religiosa, você abriria mão até mesmo do chamado selinho, certo? Por que, então, há tanto receio em nosso meio de abrir mão do chamado beijo de língua? Como Cristãs, devemos evitar todas as ocasiões de pecado. Colocar-se em ocasião de pecado, já é pecar. Lembremos!


Rogai por nós Santa Mãe de Deus
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!


Toda virtude em sua alma é um ornamento precioso que o torna querido para Deus e para os homens. Mas a santa pureza, a rainha das virtudes, a virtude angélica, é uma jóia tão preciosa, que aqueles que a possuem se tornam como os anjos do Ceú, mesmo que envoltos em carne mortal.
São João Bosco

O que é amar?

Retirado do livro Namoro do professor Felipe Aquino, editora Cléofas.

O namoro é um aprendizado do amor. Fomos criados para viver o amor. Sem ele o homem e a mulher não podem ser felizes. Mas, afinal, o que é amar? O que leva muitos casamentos ao fracasso é a noção falsa que se tem do amor hoje. Há no ar uma “caricatura” do amor. Se eu lhe der uma nota de cem reais falsa, você não aceitará, pois ela não vale nada, e você ainda poderia ser incriminado por causa dela. Se você construir uma casa usando cimento falsificado, cuidado por que ela poderá desabar sobre a sua cabeça. Se você levar para o casamento um amor falso, ele certamente desabará, pois o “cimento” da união é o amor. Para mostrar bem claro o que é amar, vamos iniciar mostrando o que não é amar. Amor não egoísmo; isto é, preferência por mim, mas pelo outro. Se você come uma fruta com gosto, não pode dizer que a ama. Se você treme de paixão diante de uma menina, e lhe diz : “eu te amo”, esteja certo de que você está mentindo, pois esta tremedeira é sinal de que você quer saciar o seu ego desejoso de prazer. Isto não é amor, é paixão carnal, é egoísmo. Se você está encantada com a beleza dele e se desdobra em declarar o seu amor por ele, saiba que isto também não é ainda amor, pois amor não é pura emoção ou sentimento.

Amar é muito mais do que isso, pois não é satisfazer a si mesmo, mas ao outro. Quando você disser a alguém “eu te amo”, esteja certo de que você não quer a sua própria satisfação ou felicidade, mas a do outro. Cuidado com as “caricaturas” do amor porque são falsas, e não podem fazer a felicidade do casal. Todo jovem tem sede de amar, mas muitas vezes o seu amor é mascarado e se apresenta falso e perigoso. Amar não é apoderar-se do outro para satisfazer-se; é o contrário, é dar-se ao outro para completá-lo. E para isto é preciso que você se renuncie, se esqueça. Você corre o risco de, insatisfeito, querer apaixonadamente agarrar aquilo que lhe falta; e isto não é amar. Assim o amor morre nas suas mãos. Você só começará a compreender o que é amar, quando a sua vontade de fazer o bem ao outro for maior do que a sua necessidade de tomá-lo só para si, para satisfazer-se. São precisos oito anos para formar um médico, dez anos para se defender uma tese de doutorado. Para amar de verdade, será preciso uma longa preparação, porque somos egoístas. Sabemos, que a pressa é inimiga da perfeição. Há um provérbio chinês que ensina que tudo aquilo que quisermos construir sem contar com o tempo, ele mesmo se incumbe de destruir. Se você pintar uma parede que ainda está molhada, vai perder o serviço e a tinta. Se você tirar a comida do fogo antes de cozinhá-la, você vai comê-la ainda crua. Se você não aprender de verdade a amar, poderá construir um lar oscilante e de paredes frágeis, que poderão não suportar o peso do telhado.




As paixões sensíveis da adolescência não são o autêntico amor, mas a perturbação de um jovem que encontra diante de si os encantos e a novidade da masculinidade ou da feminilidade. É fácil entender que aqueles que quiserem construir um lar sobre este chão de emoções, estarão construindo uma casa sobre a areia. Muitos casamentos desabaram porque foram realizados “às cegas”, sem preparação para que houvesse harmonia, sem o aprendizado do amor. Amar é dar-se, ensina´nos Michel Quoist. É dar a si mesmo ao outro para completá-lo e construí-lo. Mas para que você possa verdadeiramente dar-se a alguém, você precisa primeiro “possuir-se”. Ninguém pode dar o que não possui. Se você não se possui, se não tem o domínio de si mesmo, como, então, você quer dar-se a alguém? Como você quer amar? A aspiração mais profunda do homem é amar, é a sua “razão de ser” ; mas há muitos mal-entendidos sobre o amor. O amor é hoje uma palavra tão mal usada, tão gasta, que é preciso ser redefinida para ser autêntica. O maior engano que existe hoje sobre o amor, é que, na maioria das vezes, quando alguém fala que está amando, na verdade está amando a si mesmo. Isto não é amor; é egoísmo. Há muitas “miragens” do amor.
Se o seu coração bate acelerado diante de alguém que o atrai, isto é sensibilidade, não chame ainda de amor. Se você perdeu o controle e se entregou a ele, isto é fraqueza, não chame isto ainda de amor. Se você está encantada com a cultura dele, fascinada pela sua bela carreira, e já não consegue mais ficar sem a conversa dele, isto é admiração, ainda não é amor. Mesmo que você esteja até às lágrimas, diante de um fato chocante, isto é mais sensibilidade do que amor. Amar não é “ser fisgado” por alguém, “possuir” alguém, ou ter afeição sensível por ele, ou mesmo render-se a alguém. Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém para completá-lo e construí-lo. E isto é mais do que um impulso sensível do coração; é uma decisão da razão. Por isso, amar é um longo aprendizado, não é uma aventura como a maioria pensa. Não se aprende a amar trocando a cada dia de parceiro, mas aprendendo a respeitar o mesmo, tanto no corpo quanto na alma. Amar é uma decisão. E a decisão não é tomada apenas com o coração, empurrado pela sensibilidade. A decisão é tomada com a razão. Amar não é um ato intuitivo, mecânico, é uma decisão livre e consciente. É um ato da vontade, do querer. Para amar é preciso aceitar “perder-se”, esquecer-se, não voltar a si mesmo. É claro que a sensibilidade ajuda você a sair de si mesmo, mas ela não é suficiente para levá-lo a amar. A admiração pelo outro, a afeição, empurram você para ele, mas isto ainda não é amor. Lembre-se, o amor é como uma via de mão única, que sai de você e vai até o outro. Esta é a verdadeira avenida do amor.


É preciso estar sempre atento para não andar na contramão nesta avenida. Isto ocorre quando você está pensando só em você mesmo, se apossando das coisas ou da pessoa do outro, para satisfazer-se. São João Bosco, o grande educador dos jovens, ensinava-lhes que “Deus nos colocou neste mundo para os outros. É o sentido da vida. É o amor! Não existe outra maneira de ser verdadeiramente feliz. A felicidade verdadeira se constrói quando fazemos o outro feliz; quando amamos. Ela é o prêmio da virtude. E a virtude que gera o verdadeiro amor é a renúncia a si mesmo. Quando você agarra um objeto ou uma pessoa só para você, o amor morre em suas mãos; pois o apego é o oposto do amor. Você precisa ter a coragem de examinar a autenticidade do seu amor. Quando quisermos saber se estamos amando de fato, façamos então estas perguntas a nós mesmos: estou me renunciando? Estou esquecendo-me? Estou dando-me? Se a resposta for afirmativa, esteja certo da presença do amor em sua vida. Muito mais do que dar coisas, presentes, abraços, beijos, amar é dar de si mesmo, integralmente, desinteressadamente. Você precisa desenvolver bem os seus talentos exatamente para que possa dá-los aos outros e servi-los melhor. Quando amamos de verdade, nos tornamos livres de fato, pois o amor nos liberta de nós mesmos e das coisas que nos amarram. O seu egoísmo é o seu tirano! É claro que amar não é fácil. É fácil viver as caricaturas do amor, mas o autêntico amor é exigente. A autenticidade do amor se verifica pela cruz.

Todo amor verdadeiro traz o sinal do sacrifício. E é através desse sinal que você identifica o verdadeiro amor e o falso. Não há amor sem renúncia. Depois que o pecado entrou em nossa história, amar tornou-se uma “imolação a si mesmo”, uma verdadeira crucificação própria. Mas os seus frutos são doces. Não foi isto que Jesus nos ensinou? Ele veio a nós para ensinar o amor. A sua lição foi esta: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Ele se apresentou como o “modelo” do verdadeiro amor. Não apenas Ele mandou amar, mas amar “como Eu vos amo”. E como Ele nos amou? Até à cruz! Antes de abraçá-la, Ele disse aos discípulos: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,12). Esta é a definição divina do amor: “dar a vida”. Isto não quer dizer que para você amar alguém, terá que morrer na cruz por ele, ou morrer de alguma outra forma. Isto significa que você deva “dar a sua vida” pelo outro, até a morte, isto é, o seu tempo, o seu dinheiro, a sua presença, etc. ..., e tudo isto desinteressadamente. Se houver uma “segunda intenção” em nosso amor por alguém, ele deixa imediatamente de ser puro, e morre. A grandeza do amor é a sua gratuidade. No “hino ao amor” (1Cor 13), São Paulo ensina que o “amor não busca o seu próprio interesse”. Este é o verdadeiro amor que sustenta o casamento e a família. O resto é caricatura do amor, miragens falsas e perigosas. Nada mais perigoso do que colocar o amor falsificado na base do casamento, pois ele não sustentará o lar. Todas as grandes obras realizadas neste mundo foram projetos de um amor verdadeiro.


Quando se planta amor, se colhe amor, ensinava São João da Cruz. Muitas vezes você pode ter reclamado de que não recebeu amor, mas será que você semeou amor ali naquele lugar? Se você amar gratuitamente, receberá tudo de volta. Se nos apegarmos ciosamente a nós mesmos e às criaturas, acabaremos perdendo tudo. O mesmo São João da Cruz ensina a “dar tudo pelo Tudo”. Quando aceitamos dar tudo, e não reter nada, o próprio Deus se dará a nós. Se você quiser experimentar a verdadeira felicidade, terá então que dar esse passo difícil, de correr o risco, da renúncia no vazio da noite, da caminhada em direção à morte do ego. E tudo isto dará a você a vida. É difícil se desvencilhar dos amores falsos, porque eles são “lucrativos” , trazem o prazer momentâneo e a satisfação para o ego, mas tudo isto passa rápido, e acaba deixando gosto de morte. Somos enganados e seduzidos pelos amores falsos exatamente pela recompensa imediata que eles nos oferecem. Mas é preciso que você saiba que as suas recompensas são efêmeras e se dissipam como bolhas de sabão. Quanto mais você souber dar-se mais saberá amar. E quanto mais você amar, mais feliz será.

Quando você se dá a alguém, total e gratuitamente, esta pessoa o enriquece, pois o amor faz crescer aquele que ama. Quando você ama alguém de verdade, descobre os tesouros desta pessoa e se enriquece com os talentos dela. E isto vai até o infinito... Alguém já disse que “o mundo pode ser salvo pela vitória do amor”. Mas este amor precisa ser autêntico, gratuito e desinteressado, porque o amor falso, as suas miragens (egoísmo, amor-próprio) só geram a tristeza, a decepção, o envelhecimento e o fracasso. Quando você ama de verdade, não só se abre para outro, mas se abre para Deus, pois “Deus é amor”. “Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito” (1Jo 7,12). “Aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é amor” (1Jo 4,8). Para que o seu namoro seja rico é preciso basear-se neste amor que é doação de si mesmo para construir o outro. Se não houver amor, não haverá crescimento mútuo, e será tempo perdido. O seu namoro só terá sentido se for um aprendizado do autêntico amor. O amor tem muitas faces: a compreensão, a aceitação do outro, o perdão, a busca da verdade, a paciência, a sinceridade, a fidelidade, a bondade, o perdão, e tudo que faz o outro crescer.

Fonte:Blog Donzela Cristã