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Sermão sobre contracepção

quarta-feira, 15 de maio de 2013





Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria…


“Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorais sobre vossos filhos. Porque eis que virá um tempo em que se dirá: Ditosas as estéreis e ditosos os seios que não geraram e os peitos que não amamentaram.” (Lc XXIII, 28-29)

 

     Eis aqui a única referência que Cristo faz à contracepção e à mentalidade contraceptiva. Claro que essas palavras de Nosso Senhor são suscetíveis de várias interpretações e se aplicam a circunstâncias diversas, em particular ao momento da queda de Jerusalém e mesmo ao fim dos tempos. Mas é claro que Nosso Senhor se refere, aqui, também à contracepção e à mentalidade contraceptiva. E Ele o faz no meio de seus maiores sofrimentos, durante a Via Sacra. Durante toda a história da humanidade nunca vimos um período em que a contracepção estivesse tão disseminada como em nossos tempos. É preciso chorar, nos diz Nosso Senhor.

     A Igreja tem o direito e o dever dados por Deus para julgar sobre a moralidade dos atos e esse poder da Igreja em relação à moral se estende à Lei Natural, à explicação da Lei Natural. Esta lei decorre da própria natureza das coisas, a lei que decorre da própria natureza do homem, criada por Deus. Nós vemos que Deus formou nossas faculdades de um certo jeito e que, consequentemente, elas devem ser usadas segundo a intenção do Criador, se não quisermos ofendê-lo e prejudicar a nós mesmos.  Em outras palavras, Deus nos fez de um certo modo e isso traz para nós consequências de como devemos agir. De forma semelhante, quando se fabrica um carro, o fabricante o faz de uma certa maneira, tendo em vista seus objetivos. Assim, ele pode fabricar um carro que funciona somente com gasolina. Ora, se alguém vai contra a intenção do fabricante e coloca álcool no tanque de combustível, o carro terá vários problemas e não funcionará corretamente como deveria, se tivesse sido observada a intenção do fabricante.

     Dentre as faculdades que Deus deu ao homem, há a faculdade reprodutiva. E Ele formou tal faculdade de forma que dois aspectos dela sejam inseparáveis. No ato conjugal devem se encontrar necessariamente juntos os aspectos unitivo e procriativo. O elemento unitivo consiste no fato de que o ato conjugal, por sua própria natureza, faz do homem e da mulher uma só carne, unindo-os fisicamente. O aspecto unitivo não é aqui o amor entre os cônjuges, mas a união que faz deles uma só carne. O elemento procriativo consiste no fato de que o ato conjugal, por sua própria natureza, está fundamentalmente ordenado à procriação. Assim, esses dois aspectos do ato conjugal não podem nunca separar-se. Se alguém os separa irá gravemente contra a lei natural e, portanto, contra Deus, autor da lei natural. É de suma importância compreender isso: o aspecto unitivo e o aspecto procriativo não devem ser separados. Deus quis que os filhos fossem gerados por meio da união que se realiza no ato conjugal. E essa união pelo ato conjugal só se justifica quando tal ato é feito sem excluir a procriação.

     Essa doutrina imutável da Igreja nos leva a algumas conclusões importantes. Ela condena, por exemplo, a fertilização in vitro e a inseminação artificial, pois aqui o aspecto unitivo é deixado de lado. A Igreja é defensora da família e dos filhos, mas não a qualquer custo. Os fins não justificam os meios. A Igreja não pode ir contra a lei natural, contra Deus, para favorecer a procriação. Essas práticas que deixam de lado o aspecto unitivo vão gravemente contra a lei natural, feita por Deus, e são objetivamente um pecado grave.

     Outras consequências decorrem da doutrina da Igreja. Ela significa que uma pessoa não pode ser esterilizada a fim de evitar os filhos: ligadura das trompas e vasectomia são gravemente proibidas e também os que recomendam esses procedimentos e os médicos que os realizam cometem grave pecado. Esses procedimentos, sendo possível, devem ser revertidos, se o casal ainda se encontra em idade fértil. Preservativos e qualquer outro tipo de barreira artificial, como diafragma, por exemplo, também não são moralmente lícitos. Também as pílulas não podem ser tomadas, evidentemente, para evitar os filhos. E vale destacar que essas pílulas não somente impedem a gravidez, como podem causar aborto, impedindo a fixação do embrião na parede uterina, por exemplo.

     Em 1968, o Papa Paulo VI, na Encíclica Humanae Vitae, confirmou o ensinamento constante e imutável da Igreja tanto em relação aos dois aspectos do ato conjugal que não podem ser separados quanto à proibição dos métodos anticoncepcionais.

     Outra, porém, é a avaliação moral dos assim chamados métodos naturais, quer dizer, aqueles em que o casal reduz o uso do matrimônio aos dias inférteis da mulher. Em relação aos métodos naturais, é preciso dizer que é perfeitamente lícito o ato conjugal no período infértil, pois nesse caso a infertilidade não decorre da vontade dos cônjuges, mas da própria natureza. Assim o ato conjugal é lícito quando a infertilidade é natural, decorrente, por exemplo, do ciclo da mulher ou da idade. Todavia, embora os métodos naturais sejam em si moralmente lícitos, eles não podem ser usados por razões de contracepção ou por uma mentalidade contraceptiva, quer dizer, para evitar os filhos a todo custo ou para reduzir o número de filhos a um número que seja agradável para o casal.

     Para utilizar os métodos naturais de forma moralmente aceitável, é preciso que haja razões graves para que uma nova gravidez não aconteça. Destaco bem: são necessárias razões graves. Essas razões graves podem ser de ordem médica, eugênica, social, econômica. De ordem médica, física ou psicológica, por exemplo, se uma nova gravidez traz riscos sérios para a saúde da mãe. De ordem eugênica, por exemplo, se a probabilidade de o filho nascer com problemas ou deficiências é grande ou se há grande probabilidade de aborto espontâneo. De ordem social, por exemplo, se o governo aborta sistematicamente as crianças de um casal após o nascimento do primeiro, como é o caso na China. De ordem econômica, se o nascimento de mais um filho colocará os pais em situação econômica realmente difícil, por exemplo.

     As razões de ordem econômica devem ser graves: o não conseguir dar o melhor colégio ou a melhor comida para o filho não são razões graves. O ter de comprar um carro pior ou ter de baixar o status econômico também não são razões graves. Tem-se exagerado muito a questão econômica para justificar o uso dos métodos naturais. Repito: a razão econômica deve ser realmente grave. Como podem surgir muitas dúvidas sobre o saber se uma razão é ou não suficiente para a utilização dos métodos naturais, é preciso consultar um padre de segura doutrina moral. Pio XII diz: “se essas graves razões (para utilizar os métodos naturais) não estão presentes, a vontade de evitar habitualmente a fecundidade da união, mas continuando a satisfazer plenamente a sensualidade, só pode derivar de uma falsa apreciação da vida e de motivos alheios às retas normas éticas”.

     Resumindo, utilizar os métodos naturais sem ter uma razão realmente grave para tanto, é moralmente ilícito, é pecaminoso e deriva de uma mentalidade contraceptiva que precisa ser evitada, pois, além de ser em si pecaminosa, termina conduzindo à contracepção de fato. Além disso, para que os métodos naturais sejam utilizados é preciso que os dois cônjuges estejam de acordo, pois tais métodos supõem a abstenção do ato conjugal durante um certo período e isso não pode ser feito sem que o dois estejam de acordo, até para não dar lugar a tentações contra o matrimônio. O casal pode usar os métodos naturais para aumentar a chance de filhos, evidentemente. Podem, mas isso não é obrigatório, Ninguém está obrigado a ter o maior número possível de filhos, mas, sim, a aceitar todos os filhos que Deus enviar como fruto do uso normal do matrimônio.

     A contracepção e a mentalidade contraceptiva são hoje praticamente onipresentes. E, infelizmente, mesmo entre os católicos. A crise atual é de fé e moral. E as consequências são drásticas, lastimáveis e graves. A primeira consequência é, claro, para o próprio casal que vê a vida matrimonial naufragar. A recusa da primeira finalidade do matrimônio, que é a procriação, trará grandes prejuízos para o casal. A contracepção faz que homens e mulheres sejam vistos como objetos para fins sexuais. Mas a contracepção e a mentalidade contraceptiva causam também graves problemas na sociedade. O problema do aborto está diretamente ligado à contracepção. Ora, o objetivo da contracepção é fazer de tudo para praticar o ato conjugal sem ter filhos. Com essa mentalidade contraceptiva os filhos passam a ser vistos como inimigos do casal.  Mas, e se os métodos anticoncepcionais falharem? Ora, a gravidez vai contra a intenção de ter filhos, então, é preciso fazer um aborto. Depois se segue o infanticídio, pois se eu posso matar a criança na barriga da mãe, por que não posso matar assim que ela nascer? E isso já está sendo proposto em alguns países: o aborto pós-parto, quer dizer, o assassinato da criança depois de nascida. E tudo isso é lógico, pois o crime é o mesmo – o assassinato de um bebê – só muda o lugar e o momento. A que ponto chegamos, caros católicos?

     A chamada paternidade responsável por meio do uso da contracepção é, na verdade irresponsável e causa a irresponsabilidade. Ela é irresponsável, pois a pessoa quer justamente praticar um ato sem arcar com as consequências naturais de seu ato. Isso é o que se chama irresponsabilidade. E se a irresponsabilidade é defendida em matéria tão fundamental e básica, é claro que ela vai se propagar para outros domínios da vida. Não é por acaso se as pessoas e a sociedade tem se tornado cada vez mais irresponsáveis.

     O próximo passo, depois do aborto, é a eutanásia. A razão para não ter crianças é o fato delas serem um peso, um fardo. O passo seguinte é, então, eliminar os idosos que se tornam igualmente inconvenientes. Uma vez que o princípio por traz da contracepção – isto é, o prazer sem responsabilidades e a eliminação de tudo o que pode ser inconveniente – foi aceito, as consequências lógicas chegam, mais cedo ou mais tarde. E depois dos idosos, serão eliminados da sociedade todos aqueles que ela de alguma forma acha que são inconvenientes, que são um peso. E isso começa, por exemplo, com o aborto dos fetos anencefálicos. Nossa sociedade tão moderna e tão evoluída faz com muito mais perfeição o que fazia a Alamenha nazista de Hitler. Nós vemos, então, que a contracepção está na raiz da cultura da morte e podemos enxergar claramente a gravidade da contracepção e da mentalidade contraceptiva. E notem que, historicamente, a cultura da morte, de fato, começa com a contracepção, em seguida passa ao aborto, depois vem a eutanásia, e, finalmente, a eliminação de todos os que são considerados um peso por essa sociedade degenerada. Tudo foi muito bem organizado pelo inimigo do homem. É preciso notar também que quando uma sociedade se torna contraceptiva, há um aumento da homossexualidade, pois a contracepção indica que a finalidade das nossas vidas é o prazer sensual. E se a finalidade é essa, qualquer forma de prazer desse tipo se torna válida. Tudo está ligado, caros católicos.

     É preciso, portanto, ficar longe da contracepção, da mentalidade contraceptiva e de todas as suas consequências. A nossa atitude face aos filhos deve ser como a de Nossa Senhora: “faça-se em mim segundo a vossa palavra”. Os três bens do casamento são os filhos, a fidelidade e a indissolubilidade, O maior deles, porém, são os filhos. Os filhos não são um peso e não são um mal. Ao contrário, eles são a alegria e a glória dos pais. O casal deve estar sempre aberto a todos os filhos que Deus quer enviar e não podem evitá-los nunca por métodos anticoncepcionais e só poderão fazê-lo utilizando métodos naturais se houver razões graves para isso, como dissemos. Nesse assunto, reitero, é preciso consultar um padre que tenha segura e sólida doutrina moral.

     Aquele filho que o casal quer evitar – sem ter uma causa grave para tanto – é o filho que, talvez, nos planos de Deus iria mudar a família, como São Bernardo, que levou para a vida religiosa mais de trinta familiares. Ou talvez o filho que o casal queira evitar seja aquele que pode trazer grandes benefícios para a sociedade. Pode ser o santo de que nossa época tanto precisa. É preciso confiar também na providência divina. Se Deus manda um filho aos pais que permanecem fiéis e generosos, ele dará os meios para que os pais possam, cooperando com a graça divina, educar o filho e ajudá-lo a se salvar. Deus não pode nos pedir nada que seja impossível. Mas é preciso também recorrer a Ele. Grandes graças estão reservadas para o casal que confia na providência divina, aceitando todos os filhos que Deus manda.

“Faça-se em mim segundo a vossa palavra.”
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

A mulher na escola de Maria


     



     Um dos mais belos elogios que se têm feito da SS. Virgem é sem dúvida aquele que Dela fez S. Ambrosio nas palavras que acabamos de citar: a vida de Maria pode servir de regra a todas as vidas. É debaixo d’este ponto de vista, tão fecundo em lições práticas, que eu quereria estudar, durante este mês abençoado, a vida de Maria. Contemplá-la-emos então, alternadamente,como o modelo de todas as pessoas, das esposas, das mães de família, das viúvas, das pobres, das almas piedosas, como nosso modelo enfim em todas as condições da vida. Hoje, para introdução às instruções que vão seguir-se, tentemos responder a estas duas questões cuja solução não pode deixar de ser interessante: o que é o mês de Maria? Quais são os meios de aproveitarmos dele?


     1° O que vem a ser o mês de Maria? O mês de Maria é um mês especialmente consagrado a honrar a mãe incomparável de Deus e dos homens. A alma, nestes dias, diz-lhe de que amor arde por Ela, de que amor mais vivo ainda Ela deseja ser abrasada; diz-lhe com que impaciência espera o momento em que a há de amar sem interrupção e sem receio, com os coros celestes, com a assembleia dos bem-aventurados. Assim a alma preludia o amor da eternidade.



     O mês de Maria é um mês consagrado a meditar os privilégios insignes da Mãe de Jesus, e estes privilégios são admiráveis: predestinada desde a eternidade, estava presente no pensamento de Deus, no seu amor e na sua ternura, antes da origem dos séculos; estava presente aos conselhos da sua omnipotência e da sua sabedoria, quando criava o mundo e se dispunha a torná-lo a morada do homem; aos conselhos da sua misericórdia, quando deixava cair sobre Adão a sentença da sua justiça mitigada pelas promessas de perdão; aos conselhos da sua providência paternal, quando escolhia um povo, quando abençoava os patriarcas, quando iluminava os profetas e preparava as nações para a vinda de seu Filho. Maria era o objeto especial da predileção divina, quando era concebida isenta da mácula comum a todos os homens; prevenida da superabundância das graças celestes; saudada simultaneamente como mãe de Deus e Virgem imaculada; quando participava da efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos; quando morria cheia de dias e inebriada de esperanças; quando ressuscitava antes do fim do tempo para ir assentar-se triunfante sobre um trono mais elevado que o trono dos querubins, Rainha dos Anjos, Mãe dos justos e Advogada dos pecadores. Tudo é privilegio nesta criatura maravilhosa. A alma admira-a sobre a terra e sente desfalecerem as suas forças; o espírito contempla-a e reconhece a sua fraqueza; para contemplar Maria, para A admirar, são precisos os esplendores e a vida da eternidade.

     O mês de Maria é um mês consagrado ao estudo das doces e heroicas virtudes da Filha mais perfeita do Rei dos reis, do santuário por excelência do Espírito Santo; um mês consagrado ao estudo da sua doçura, da sua modéstia, da sua humildade, da abnegação de si própria, do seu desprendimento e do seu desprezo do mundo, do seu zelo pela oração e coisas de Deus, da sua compaixão pelos pobres e pecadores, da sua caridade para com Deus, do seu amor da cruz e da vida escondida, de todas as virtudes enfim de que a sua alma estava cheia, como estava cheio de flores embalsamadas o jardim de delícias sob a Mão de Deus. Estudar estas virtudes é neste mundo a sabedoria; imitá-las é a vida; implantá-las no seu coração é a beatitude antecipada, é a aurora da celeste eternidade.

     O mês de Maria é um mês consagrado a orar à protetora dos cristãos, ao refúgio dos pecadores; um mês em que, com mais fervor, o pecador implora a sua conversão; o justo, a perseverança; a alma entregue à tentação, a vitória; a alma submetida à prova, a coragem e o alívio dos seus males. Que força não tem a oração a Maria, o apelo à sua misericórdia e ao seu poder! Mas a oração é o grito da indigência, da necessidade, da fraqueza, da angústia para a que é rica, forte, generosa, terna e compassiva; é o grito da criança para a sua mãe. Orar a Maria é premunir a alma contra os perigos do presente e as incertezas do futuro. Só Deus conhece tudo o que a oração a Maria obtém de graças, de conversões, de benefícios inesperados, de triunfos sobre o mundo e sobre o inferno; só a assembleia dos santos pode contar aqueles a quem a oração a Maria conduz todos os dias para a cidade bem-aventurada.

     E ainda dizemos mais: o mês de Maria é o mês das flores, o mês dos belos cânticos da natureza e dos seus mais puros perfumes. Não era justo que a piedade dos povos fizesse deste mês uma flor, um hino, um incenso de mais, oferecido Àquela que é o lírio imaculado da terra? Àquela cujo nome que per si é um cântico, uma melodia para o coração, e cujas virtudes espalham o odor da mirra, do cinamomo e do incenso? Esta piedade dos povos, a Igreja abençoou-a e propagou-a, e este mês de maio, o mais belo dos que nos dá a natureza, já não é chamado senão o mês de Maria. E em todas as paróquias católicas, nas cidades como nas mais humildes aldeias, celebra-se este mês de bênçãos. De todos os templos, de todos os santuários elevam-se acentos de amor em honra da Virgem bendita.

     O mês de Maria é como que um prolongamento das santas alegrias da Páscoa, Passamos assim da mesa eucarística ao altar de Maria, dos braços de um pai ao coração de uma mãe. Cada uma das outras solenidades consagradas a Maria não nos rejubila senão um dia, e deixa cada noite uma saudade às nossas alegrias. Esta, celebramo-la todo um mês, e cada noite conservamos a doce segurança de a encontrarmos no dia seguinte. Sim, é durante trinta e um dias que se elevará, de todos os pontos do mundo, o nosso concerto de louvores e de amor em honra Daquela que é o amor do céu e da terra. Durante um mês inteiro encheremos os seus altares de lumes e de flores, e endereçar-lhe-emos as nossas filiais orações. Do trono que lhe tiverem elevado as nossas mãos, do meio da auréola com que nós tivermos cercado a sua meiga imagem, vê-la-emos sorrir para os nossos votos, para as nossas homenagens, para as nossas confiantes invocações. Salve, pois, mês bendito, tocante festa celebrada em honra Daquela que é a nossa irmã e a nossa Mãe, nossa vida, doçura e esperança nossa. Formoso mês de Maria, mês dos seus favores mais especiais, prolonga então o teu curso; que as tuas horas amadas decorram lentamente, porque Maria é a nossa mãe, e é doce para os filhos repousar no regaço da sua mãe! Ela é a fonte das graças, e nós temos tanto que pedir!

     Como aproveitar do mês de Maria? Permita-me, que cite algumas palavras de um celebre cronista, (Venet) as quais sob uma forma familiar vos darão úteis lições.

     O mês de Maria, escreve ele, tem bem razão de ser uma festa jubilosa que nos dispensa das mortificações; mas festejêmo-lo, mortificando alegremente algumas das nossas fraquezas. Oferecem-se nestes dias à SS. Virgem magníficas flores colhidas nos jardins; façamos isto, e façamos outra coisa. Ponhamo-nos em condições de lhe oferecer, no termo do mês que, ora começa, um bonito ramo de defeitos colhidos no jardim que vós sabeis, e de onde eles brotam tanto! Julgais que semelhante bouquet seria mal acolhido? Engano! Conheço um indivíduo que guarda cuidadosamente um raminho de urze, do tamanho de um dedo, e estima-o mais do que a mais bela rosa ou o mais esplendido cacho de lilás. É que ele colheu o humilde pezinho de urze, com grande custo, e com as mãos avermelhadas pelo frio, no cume do Monte Branco! Pois bem! Deste raminho de urze deste Monte Branco, não há de que se jactar; todos o podem atingir. Com um bom guia, bons sapatos ferrados, e o estimulante do orgulho, o primeiro touriste recém vindo chega à cumeeira e arranca a urze. Arrancar um defeito ou um velho viciozinho é diversamente mais difícil! E assim, devemos estar convencidos de que a oferenda de que eu falava ainda há pouco teria mais valor aos olhos da SS. Virgem do que o mais rico ramo de flores naturais, tanto mais que um não impede o outro. O método é o seguinte : no primeiro dia escolhereis um dos vossos defeitos, meditá-lo-eis afim de o detestardes, e de um ao outro sol fareis esforços contra ele para o vencerdes. No segundo dia, passais a outro defeito, desconfiando sempre do primeiro que só está meio vencido. Isto vos importuna, mas tende paciência. No terceiro dia, um terceiro defeito, e a mesma prática. É já menos difícil. No quarto dia, quarto defeito, e assim sucessivamente até ao trigésimo dia, levando o ataque a trinta defeitos diferentes. Direis talvez: Mas seria preciso ter trinta defeitos! Isso seria enorme! Ah! Senhor retirai mui depressa esta objeção; mesmo sem examinar o seu caráter ou os seus hábitos à lupa, cada um de nós tem bem mais de trinta defeitos. Metei mãos à obra generosamente, e estai bem certas de que apesar da vossa boa vontade, ficar-vos-á ainda com que fazer um belo ramo no próximo ano.



PRÁTICA

      Desde hoje, estudemos a nossa paixão dominante, a fim de a combatermos e de começarmos por ela a reforma dos nossos defeitos.


ORAÇÃO

     Oh! Nossa Senhora de Maio, durante este mês que nos é tão caro, com que transportes não viremos rodear os vossos altares! Que felicidade de contarmos os vossos louvores, e de repetirmos junto a vós este cântico que os séculos não cessam de repetir, e que nós repetiremos com eles: Vós sois bem-aventurada! Feliz não somente porque trouxestes no vosso seio e aquecestes ao vosso coração o filho do Eterno, mas sobretudo, feliz e bem-aventurada, porque crestes na palavra de Deus, e praticastes a sua lei. Obtende-nos, oh Nossa Mãe, que a creiamos e pratiquemos como vós mesma, afim de que um dia possamos ser felizes à Vossa beira.

Assim seja.

Maria, modelo de modéstia

quinta-feira, 2 de maio de 2013


Por São Pedro Julião Eymard

Maria Santíssima [...] exteriormente é modesta. Não se faz notar pela severidade nem pela negligência. Sempre humilde e mansa, traz o sinal da simplicidade em tudo que realiza.

Modesta em relação ao mundo. Maria sacrifica com generosidade a condição de gestante; vai imediatamente, vencendo grande distância, visitar sua parenta Isavel, levando felicitações e auxílio. Durante três meses acompanha e serve, trazendo grande alegria ao lugar. Somente quando a glória do Filho exigir aparecerá em público. Assistirá às bodas de Caná sem nenhum privilégio. A modéstia faz com que pratique a caridade de acordo com a ocasião.


Modesta no cumprimento dos deveres.Desempenha com suavidade, sem precipitações, sempre alegre e disposta a abraçar uma nova obrigação; não deixa transparecer as contrariedades, não busca consolações e pela naturalidade não atrai a atenção dos demais. Modelo exemplar para os adoradores do Santíssimo Sacramento; cuja vida se compõe de pequenos atos e de pequenos sacrifícios, que somente Deus deve conhecer e recompensar; cuja glória e conforto consistem na filial e humilde dedicação no cumprimento dos deveres, ambicionando agradar o Mestre pela contínua imolação de si mesmos.


Modesta na piedade. Elevada ao mais alto grau de contemplação que uma criatura possa atingir, vivendo no constante exercício do perfeito amor, exaltada acima dos anjos e constituída Mãe de Deus, mesmo com todas essas prerrogativas, serve o Senhor com simplicidade; sujeita-se às prescrições da lei, assiste às festas, reza junto com os demais fiéis; em nada se faz notar, nenhum exercício exterior demonstra sua piedade e o seu fervor. Assim deve ser a piedade do cristão: comum em suas práticas, simples em seus meios, modesto no agir, evitando chamar a atenção, fruto sutil do amor próprio que leva à vaidade e à ilusão.



Modesta nas virtudes. Possui todas as virtudes em grau supremo, praticados com suma perfeição, embora de forma simples e usual. Em todos os favores recebidos, a humildade vê somente a bondade de Deus, somente agradece. Agradecimento escondido e sem glória humana. Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré ? (Jo 1, 46). Ninguém presta atenção em Maria, passa totalmente desapercebida.



Eis o segredo da Perfeição: a simplicidade, mesmo quando ignorada, saber conservá-la. Uma virtude acentuada fica exposta, uma virtude louvada pode trazer a ruína; a flor que mais chama a atenção, murcha depressa.
Afeiçoemo-nos às pequenas virtudes de Maria de Nazaré, que germinam aos pés da cruz, à sombra de Jesus; deste modo, não temeremos as tempestades que abatem os cedros nem o raio que cai no cimo da montanha.



Modesta nos sacrifícios. Aceita em silêncio e conformidade o exílio no Egito. Diante da dúvida de José, permanece em silêncio, confia na providência. Traspassada pela dor, acompanha o Filho que carrega a cruz, não grita nem lamenta exteriormente. No Calvário, mergulhada em sua dor, sofre calada e se despede do Filho num olhar mudo.



Maria é também modesta em sua glória. Como Mãe de Deus, possuía todos os direitos e todas as homenagens, entretanto abraça a provação e o sacrifício. Não aparece nos triunfos do Filho, porém está aos pés da cruz.



Para ser filhos desta Mãe, devemos nos revestir de modéstia, deve ser tema usual de nossa meditação. A modéstia é virtude régia de um adorador do Santíssimo Sacramento, pois fornece a exterioridade dos sentidos na presença de Deus.


Extraído da Obra Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento: Um mês com Maria, de São Pedro Julião Eymard, Editora Formatto, 2008, p.50-53

Como a mulher se veste hoje

terça-feira, 16 de outubro de 2012



Por Daniel Pinheiro

Há algum tempo soubemos que um primo de nossa família, que mora no interior do Ceará, passou por uma grande dificuldade. Um dia, ligaram para ele de uma loja de São Paulo, dizendo que ele tinha uma dívida lá de mais de mil reais. Ele nunca foi pra São Paulo, e nunca fez compras nessa loja.
Ele descobriu, com isso tudo, que algum espertinho tinha aberto uma conta com os dados dele – identidade, CPF, e nome completo – em um banco de São Paulo, e tinha conseguido um certo crédito, usando-o para gastar mais de dois mil reais em várias lojas. Foi um tormento para ele provar que não tinha nada a ver com aquilo. Engraçado que ele não tem muitas contas, nem faz muitas compras por aí para que o número de seus documentos fique circulando pelo mundo. Depois disso tudo, ele redobrou os cuidados. Afinal de contas, seu nome e o número de seus documentos tinham sido usados por outras pessoas para proveitos egoístas.
Fiquei pensando, então, sobre a importância de guardar aquilo que é nosso, que tem valor para nós, para que não seja usado por pessoas que muitas vezes nem conhecemos. Imagine que uma grife quisesse divulgar uma nova moda de estampar nas camisetas o nome completo, o número do CPF e da identidade da pessoa. Creio que essa moda não ia pegar.
Ninguém, em sã consciência, sai por aí divulgando seus dados pessoais.
No entanto, temos algo de muito mais valioso que nosso nome, nosso dinheiro ou nossos documentos. É o nosso próprio corpo, que faz parte, da maneira mais íntima possível, do “todo” que somos como pessoas, como seres humanos.
Percebem como é ilógico que a moda e sociedade ditem parâmetros que fazem as mulheres mostrarem demais seu corpo? Ficaríamos surpresos com alguém que estampasse na camiseta o nome completo e o número dos seus documentos. Afinal de contas, alguém poderia usar aquilo para fins não muito bons, em detrimento da própria pessoa. Muito mais, porém, deveríamos nos espantar ao ver mulheres que mostram demais o próprio corpo, que é muito mais valioso do que nome ou documentos. Assim, de certo modo, elas se permitem ser usadas por aqueles que, certamente, olharão para ela com luxúria. Há prejuízos na dignidade tanto de quem olha como de quem é vista.
Tudo isso nos faz pensar como é sedutor o discurso da moda, da sociedade, da “revolução sexual”, para que tenhamos chegado ao ponto de considerar normal, natural, e desejável esse tipo de “uso” do corpo.
O Papa João Paulo II disse que há uma oposição entre o amor e a atitude de “usar” uma pessoa para o próprio deleite. Ele chama essa atitude de “utilitarista”, e lhe faz muitas críticas. Segundo ele, “o utilitarismo introduz uma relação paradoxal: cada uma das duas pessoas toma fundamentalmente a atitude de assegurar o próprio egoísmo, e ao mesmo tempo concordar em servir ao egoísmo do outro, desde que isso lhe ofereça a ocasião de satisfazer o próprio egoísmo. (…) [Essa atitude] prova essencialmente que a pessoa (…) se rebaixa ao nível de meio, de instrumento, (…) [o utilitarismo] é uma espécie de antítese do amor” (Amor e Responsabilidade, p. 33).
Para João Paulo II, só o amor dignifica a pessoa. Em suas palavras, “a pessoa é um bem tal que só o amor se relaciona com ela própria e plenamente”.
E então? Que tal agora se perguntar sobre a maneira como me visto e me comporto? Será que ela está induzindo o outro a me ver como um “instrumento” para seu prazer, em uma atitude “utilitarista”? Ou será que ela está suscitando no outro o desejo de me amar pela minha pessoa inteira, corpo e alma, e não só o corpo?

De atriz a Mãe

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SALVE MARIA IMACULADA

Maria Mariana aos 19 anos vivia seu 'auge' com a série 'Confissões de Adolescente' que ela própria escreveu, no entanto,  quando se casou deixou a profissão de atriz, mudou-se para uma cidade do interior, para poder dedicar-se a sua família.

Segue abaixo algumas de suas opiniões "polêmicas": 

O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. Sinto isso há quase dez anos, desde que eu decidi parar todas as minhas atividades para ter filhos e cuidar deles. A pressão foi inimaginável e veio de todos os lados. Da família, dos amigos, de quem mal me conhecia. Muita gente me perguntou se eu estava deprimida ou tinha síndrome de pânico. Meu pai também custou a entender. Eu era bem-sucedida, e largar a fama é um absurdo para as pessoas. Se alguém saiu da mídia por vontade própria, é porque tem algum problema grave. A verdade é que eu só descobri o que é trabalhar depois de ser mãe! Ser mãe é um trabalho social, o maior deles. É um esforço para garantir a criação de indivíduos de valor, mentalmente sadios, que contribuam para o bem geral. Pessoas equilibradas, educadas, que consigam se manter. Quando pequeno, o filho precisa de atenção especial e exclusiva. É nesse período que se formam a base do que ele será, o caráter, os valores. Depois, é difícil consertar.

Amamentar não é um detalhe, é para a mãe que merece. É importante e simplifica a vida. Vejo muitas mulheres com preocupações estéticas, se o peito vai cair, se vai ficar alguma cicatriz se o peito rachar. Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. Há mulheres que passam nove meses no shopping, comprando roupinhas, aí depois marcam a cesárea e pronto. Acabou o processo. Aí sabe o que acontece? Elas têm depressão pós-parto.

Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. São habilidades diferentes. Penso nesta imagem: homem e mulher estão no mesmo barco, no mesmo mar. Há ondas, tempestades, maremotos. Alguém precisa estar com o leme na mão. Os dois, não dá. Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. Porque ele é mais forte, tem raciocínio mais frio. A mulher tem mais capacidade de olhar em volta, ver o todo e desenvolver a sensibilidade para aconselhar. A mulher pode dirigir tudo, mas o lugar dela não é com o leme. 



Inútil escrava da Santíssima Virgem Maria; Gislaide Rodrigues da Silva

As mães que não cuidam dos seus filhos

terça-feira, 28 de agosto de 2012



“Nisso se enganam muitas mulheres que pensam que casar-se não é mais que deixar a casa do pai, passando para a do marido e sair da servidão para a liberdade e a felicidade; e pensam que, tendo um filho de tanto em tanto e jogando-o nos braços de uma ama, são saudáveis e plenas mulheres.”
(Frei Luis de Leon*)


Eu não posso deixar de me entristecer a cada vez que tenho notícia de que alguma criança foi entregue a uma babá ou a uma creche. Fico triste ao pensar que essa criança deveria estar com sua mãe, sob seus cuidados, e em vez disso está em mãos estranhas.
Há casos em que nada mais pode ser feito senão isso, pois a mãe não tem como se sustentar se não trabalhar fora, precisando então deixar o filho com outros. Há casos em que o casal vive com muita dificuldade, em que o homem sozinho não pode manter a casa. Mas há os casos em que não há necessidade da mulher trabalhar fora. Nesses casos eu fico ainda com mais pena da criança. Porque os pais poderiam escolher diminuir a renda, mas ter o melhor para a família: a mãe cuidando diretamente da casa e dos filhos. Mas por mil motivos superficiais os pais escolhem deixar seus rebentos em mãos estranhas, criando todo tipo de desculpas para isso. Tenho notado que muitas vezes justificam tal atitude alegando que sem o trabalho remunerado da mulher, a criança não terá certos confortos. Mas o que é melhor para a vida humana? Casa própria e carro do ano, celular de último tipo, TV de plasma de 50 polegadas, viagens a Disney, ou o carinho e a atenção que somente a mãe pode dar?
Cada um vai querer justificar a ausência da mãe de alguma forma, cada qual se achando muito correto, achando que não há outro jeito senão esse. Mas as pessoas que agem assim deveriam pensar seriamente na formação de seus filhos (principalmente os mais novinhos), ficando em mãos estranhas, absorvendo conceitos estranhos, deixando de receber a atenção maternal em todos os momentos, algo que é comprovado ser o melhor para a pessoa.
Nos dias de hoje há quem ache bonito deixar seus filhos com gente estranha. Calam a consciência em troca de dinheiro para pagar seus luxos e diversões. Calam a consciência para não ter que se dar ao trabalho de trocar fraldas. Já ouvi mães dizendo algo assim: “ah, eu adoro cuidar de meus filhos, mas a gente tem que olhar para o próprio umbigo, né?”. Foi interessante notar como a pessoa se declarou uma egoísta e nem percebeu. Justifica o fato de deixar os filhos em creche para poder “olhar para o próprio umbigo”. Outro dia uma disse – toda contente – que sua criança tinha aprendido na creche a tomar o alimento segurando a colher sozinha. E eu pensei: e ela acha bom que seu bebê tenha aprendido algo através de estranhos? Ela não fica triste em pensar que não estava por perto quando sua criança, pela primeira vez, pegou a colherzinha e levou o alimento à boca?
As mulheres que querem “se realizar profissionalmente”, “ter um tempo para si mesmas”, “dar melhores condições de vida para os filhos”, arrumam todo tipo de desculpas para poder ficar longe de casa, cuidando de algo que não é delas, enquanto outras são pagas para cuidar daquilo que – depois de Deus – é mais precioso (ou deveria ser) na vida de uma mulher casada: sua família. E essas que são pagas para cuidar dos filhos dos outros tem que deixar seus próprios filhos sob cuidados de outros, e assim caminha a humanidade. Enlouquecemos? É o que parece.
A mãe deve estar junto dos filhos. É responsabilidade dos pais a criação das crianças e eles devem fazer o melhor para que isso aconteça de acordo com o Plano de Deus. As crianças devem ser educadas para a vida eterna, para serem boas pessoas, e é comprovado que elas crescem da melhor maneira quando são diretamente cuidadas por suas mães. Mas tudo isso é negligenciado em nome de mais conforto material. É isso então o que vale mais? Vale mais ter dinheiro, casa, carro, ouro, viagens?

Cada qual pense bem nesse tipo de escolha. E que se lembre de uma coisa: não se pode servir a dois senhores.

Fonte: http://rosamulher.wordpress.com/2012/08/27/as-maes-que-nao-cuidam-dos-seus-filhos/

Postado por: Iana Maria

A assunção de Maria ao céu

sexta-feira, 17 de agosto de 2012



Fundador dos Franciscanos da Imaculada explica como ganhar o céu


Padre Stefano M. Manelli, F.I.

ROMA, segunda-feira, 13 de agosto de 2012 (ZENIT.org) – Ao contemplar a assunção de Maria ao céu em corpo e alma, contemplamos o nosso destino final de acordo com o plano de Deus: o paraíso.
Para merecer o paraíso, no entanto, precisamos nos esforçar para viver como Maria viveu, praticando as virtudes no sacrifício diário da nossa vida. "Só será recompensado quem tiver legitimamente lutado", diz o apóstolo Paulo (2 Tim 2,5).
A assunção da Virgem Maria ao céu nos lembra as suas virtudes santas, brilhantes como estrelas no firmamento da sua vida. Toda a vida de Maria foi uma constelação de virtudes, um Éden de graça na terra, depois transportado para o Éden infinito e eterno dos céus. E nós, contemplando Maria, temos que aprender a viver como ela para ser um dia acolhidos no paraíso.
É por esta razão que a Igreja diz que sobre a terra os homens "voltam os olhos para Maria, que refulge como o modelo da virtude perante toda a comunidade dos eleitos" (Lumen Gentium). O papa Paulo VI afirma que as virtudes de Maria são o modelo para todos, e que "dessas virtudes da Mãe também se adornarão os filhos, que, com tenaz propósito, se espelham nos seus exemplos para reproduzi-los na própria vida" (Marialis cultus).
Mas quais são as virtudes de Maria que mais devemos imitar?
O grande apóstolo de Maria, São Luis Grignion de Montfort, nos ensina que "a verdadeira devoção à Santíssima Virgem leva a alma a evitar o pecado e a imitar as virtudes de Maria, em particular a sua humildade profunda, a sua fé viva, a sua obediência cega, a sua contínua oração, a sua mortificação universal, a sua pureza divina, a sua caridade ardente, a sua paciência heroica e a sua sabedoria divina". Que tesouro imenso de virtudes sublimes é Maria!
Se o caminho da virtude foi o caminho de Maria para o céu, então ele deve ser também o nosso caminho. Não há outra maneira de ir da terra ao céu sem passar pelo purgatório, que é um lugar de purificação dolorosa, diante do qual empalidecem até mesmo os sofrimentos mais atrozes da terra.
Todos os santos são santos porque praticaram as virtudes de modo perfeito, brilhando mais por alguma virtude que os caracteriza em particular: assim, São Francisco de Assis brilha em especial pela pobreza; Santa Clara de Assis pelo amor à Eucaristia; São Luís Gonzaga pela pureza; Santa Teresa de Jesus pela oração; São Francisco Xavier pelo amor às almas nas missões; Santa Gemma Galgani pelo amor ao Cristo crucificado e à Virgem das Dores; São Maximiliano Kolbe pelo amor à Imaculada Conceição; São Pio de Pietrelcina pelo amor ao rosário.
Nossa Senhora de Fátima também nos fala do purgatório, e em termos nada reconfortantes. Para a pequena Lúcia, que perguntava onde estava a alma de uma companheira falecida recentemente, Maria respondeu: "Ela está no purgatório e lá permanecerá até o fim do mundo". É terrível. Mas por que não pensamos que poderia ser assim para nós também?
No céu se entra perfeito, com todas as virtudes. Os três pastorzinhos compreenderam isto muito bem e se aplicaram com todo o ardor na busca da virtude. Jacinta, por exemplo, nos encanta pela candura e pela mortificação, pela oração e pela paciência nos sofrimentos terríveis que padeceu ao passar por uma cirurgia sem anestesia. Fascina especialmente pela sua caridade heroica para com os pobres pecadores, que eram a paixão do seu coração inocente.
O pequeno Francisco de Fátima, igualmente, nos encanta pelo seu recolhimento, pela sua reserva e capacidade de contemplação e de adoração. São coisas incríveis em um menino de dez anos, idade em que eles são apaixonados pelo esporte e por correr despreocupadamente.
Quanta maturidade, no entanto, e que paixão amorosa ele demonstra ao querer sempre "consolar Jesus", passando horas a fio perto do tabernáculo, onde Jesus fica escondido!
É assim que se entra no céu. Só assim. Contemplando Maria assunta ao céu, descobrimos o verdadeiro caminho da vida cristã, na esteira esplendorosa e sublime da Mãe Celestial: um caminho de virtudes que nos levam para cima.

Virtude a praticar: a imitação de Maria.

(Tradução:ZENIT)

Mais sobre o beijo de língua

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Retirado do livro:
 Namoro Cristão em um mundo supersexualizado, Pe. Thomas Morrow - Editora Quadrante. 
Grifos nossos.


      Em primeiro lugar, como os homens se excitam mais rapidamente que as mulheres, uma mulher deve preocupar-se pelo modo como reage seu namorado, e não pelo seu próprio. Se ele se mostra menos amável e mais insistentes nos seus abraços ou nas suas despedidas, não há dúvida de que ultrapassou os limites do carinho. É o momento em que um deles ou ambos devem dar marcha à ré. Com uma palavra elogiosa. Por que elogiosa? Para evitar o pecado sem ferir o ego. Podem ser frases como estas: "Você é muito valioso(a) para mim" ou "Você é o máximo", antes de deixar essa companhia a noite.
      Uma pergunta clássica entre os solteiros diz respeito ao french kiss ou beijo de língua. É aceitável? Redondamente, não. Houve mulheres que me disseram serem capazes de fazê-lo sem se sentirem excitadas, e acredito nelas.  Mas,  é difícil encontrar um homem normal que não se excite com um beijo de língua. As mulheres são responsáveis pelo que provocam no homem, assim como pelo que provocam e si mesmas.
      Um estudante disse-me: - "Padre, eu consigo dar um beijo de língua sem excitar-me". Repliquei-lhe: - "Talvez seja porque o faz mal". Também pode ser porque, pela prática constante, um homem se torne insensível, mas esse processe de insensibilização esconde já muitos pecados graves.
      E se alguém se excita com uma simples manifestação de carinho? Pelo princípio do efeito indireto, é algo que pode acontecer. A chave está em que a pessoa não pretenda excitar-se. No entanto, é preciso evitar uma demorada manifestação de afeto que tenha como consequência uma excitação, já que é provável que, quando se prolonga, acabe por arrastar a vontade. De qualquer modo, pôr-se voluntariamente em perigo de pecar já é um pecado.
      Outro tema que costuma passar por alto é a situação de um homem e de uma mulher que, sentados no carro, se beijam - "só isso, carinhosamente" - durante um bom tempo. Além a tentação de cair num pecado sexual, aqui há um problema. O propósito do namoro é chegar a conhecer a outra pessoa para ver se seria conveniente casar-se com ela. os beijos prolongados não ajudam a alcançar esse objetivo.       Geralmente, faz-se isso por ser agradável, não para se chegar a uma descoberta interpessoal. De modo que, ainda que os beijos prolongados não provoquem excitação(o que poderia ser caso para uma consulta médica), são contraproducentes para o namoro. São pelo menos um pecado contra a virtude da prudência.
 
Fonte:http://donzelacrista.blogspot.com.br/

Jesus e as Modas

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Modas femininas e indecentes


Jesus manifesta a uma Irmã religiosa a Sua indignação com as "modas indecentes e escandalosas".

Mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, dada à Irmã Concepcion Lopez de Soto, no dia 19 de Agosto de 1996.
(Grupo de Oração de Alcalá de Guadaira - Espanha).



" Ó mulher, repara em Mim, flagelado e coroado de espinhos!
Contempla as Minhas Chagas e as Minhas feridas...!

Depois, escuta e reflete:
Durante a Minha vida terrena, vivi como manso Cordeiro:
Fui ao Calvário sem abrir a boca; tratei com doçura a samaritana e ela converteu-se; comovi o coração de Maria Madalena, a pecadora, fazendo dela uma santa predilecta; ao cruzar as ruas da Palestina, pronunciava palavras de Luz, de Paz e de Amor; os Meus ensinamentos eram doces como o mel...

Mas um dia, ao lançar um Olhar divino por todos os séculos, vendo como o mal inundava impetuosamente todo o mundo e ultrajava os Meus templos... pronunciei palavras de fogo:
"Ai do mundo por causa dos escândalos! Ai de quem escandalizar! Seria melhor que lhe atassem uma pedra de moinho ao pescoço e o lançassem ao mar!"

Quem pronuncia este "ai", é um Deus abandonado por muitos sacerdotes, religiosos e leigos, que não vivem realmente o que Eu lhes preguei e ensinei.
Sou Eu, Jesus, que sofri tanto, para salvar as almas;
Sou Eu, o Juiz Supremo da Humanidade, dessa humanidade que, entre outros pecados graves, crucifica-Me novamente com as suas modas indecentes!
Eu pronunciarei a sentença eterna para cada alma: Paraíso, ou Inferno.

Reflete, mulher, que segues a moda licenciosa, e pensa com serenidade, um momento, sobre os graves escândalos que provocas aos que te olham, te desejam e te ferem com frases grosseiras, por causa das tuas roupas apertadas, transparentes, decotadas e curtas.

Oh, mulher, por que ultrajas os Meus templos, fazendo exibição do teu corpo?
Por que só te ocupas em tentar e agradar aos homens?
Por que transformas a minha Casa de Oração numa sala de anatomia, onde abundam cabeças, troncos, extremidades, e até as marcas da tua roupa interior?


Os Meus templos são profanados, por causa das tuas roupas, sensuais e provocadoras...
Diz-Me, mulher, as tuas virtudes aonde estão?
O teu pudor, a tua modéstia, a tua humildade, aonde estão?
As tuas modas, que tanto tentam, são diferentes das duma ateia?
Absolutamente nada diferentes!

Podes iludir-te a ti mesma, dizendo:
"Que mal há em seguir esta moda?... As outras mulheres também fazem-no; e há 'sacerdotes' que não a proíbem, e até aceitam-na"...!?
Esta ilusão é só tua, mas a realidade é muito diferente...

A conduta incorrecta de tantas mulheres, mesmo dizendo-se 'cristãs', não justifica a má conduta própria.
Se as outras mulheres se querem condenar, seguindo o que o mundo lhes prega, por que hás-de condenar-te também?

Todos os pecados que provocas, com as tuas calças compridas, shorts, mini-saias, blusas e vestidos transparentes e decotados, umbigos e costas descobertas,

"FILHAS, OLHEM MINHAS VESTES!
EU SOU MÃE E MODELO DA IGREJA".

fora e dentro da igreja, são imputáveis aos que te olham com malícia, mas

mais que a qualquer um deles, são imputáveis a ti mesma, que és a sua causa voluntária.

Eu, Legislador divino, disse:
"Se alguém olhar para uma mulher com malícia, já pecou em seu coração".
A Moral que Eu ensinei é una, inviolável e eterna, enquanto que as modas são muitas.

A minha Igreja não tem modas, o mundo tem-nas todas.
Se realmente Me amas, deves seguir a Minha Vida cheia de abnegação e sacrifício...
Por isso, deves abandonar as modas que atentam tanto contra a Moral e a Fé.

Estreita é a porta que conduz ao Céu, e larga a que leva ao Inferno; mas a maioria prefere esta última!
Estar contra as modas indecentes, não usando-as, é muito difícil; é necessário muito amor para Comigo, para assim não se deixar arrastar por elas...

Eu fui enviado ao mundo, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade D'Aquele que Me enviou.
Tu foste enviada ao mundo não para viver, fazer e usar o que te agrada, mas para realizar a Minha santa Vontade.

"Ou estás Comigo, ou estás contra Mim"...
Ou estás Comigo, ou estás com as modas sem pudor...
O que escolheres, dar-te-á a eternidade da Minha Glória, ou a eternidade das penas do Inferno...

Quando a morte te arrancar deste mundo, cheio de vaidades e de luxos sem razão, e então chegares à Minha presença para seres julgada... vendo os pecados que os homens cometeram ao olhar para o teu corpo escassamente coberto, tu própria ficarás envergonhada...
Que pretexto poderás apresentar-Me?


Ai de ti, mulher, pelos teus escândalos!
Ai de ti, que perdeste o pudor e a vergonha!
Por que procedes assim?
Porque Me crucificas novamente, com os cravos da tua imodéstia?

Quando, de forma desrespeitosa e indigna, Me recebes na Sagrada Comunhão, quanta amargura sinto ao entrar no teu corpo, que é motivo de tantos pecados nos homens, e de mau exemplo para as poucas mulheres que tu, com desdém e desprezo, chamas de "antiquadas"!...
Asseguro-te que muitas dessas "antiquadas" já estão Comigo, enquanto que muitas dessas modernas sem pudor, já estão penando no Inferno...

Os Matrimónios que se celebram, também esbofeteiam o Meu Rosto, quando as noivas e madrinhas se aproximam do altar meio-despidas, assim como muitas das suas convidadas...


Têm uma hipocrisia tal que, mesmo seminuas, levam pendurada ao pescoço uma vistosa cruz metálica, sinal falso da sua 'religiosidade'.
A verdade é que são "sepulcros caiados", cheios de luxo por fora... mas vazios de piedade e caridade por dentro...

" Ai, ai de todos aqueles sacerdotes, que toleram por leviandade, ou não querem proibir por covardia, que espezinhem e profanem os Meus templos com a nudez das modas!
Muitos deles deixam-se seduzir pela sua presença, e não querem ser rigorosos no cumprimento dos seus deveres...

Eu fui atraiçoado por um falso apóstolo.
E hoje, há maus sacerdotes, religiosos e leigos, que de forma clandestina, estão a trabalhar para destruir a Minha Igreja!
Falseiam a Minha Doutrina, permitindo quase tudo e gerando um 'cristianismo' adulterado...

Nos Meus templos, vêem-se as coisas mais profanas, como por exemplo: maquiagens, penteados exóticos, tatuagens, jóias, amuletos, óculos de sol, finos e raros tecidos...
Outros, por sua vez, dedicam-se a: comer, fumar, mastigar pastilhas elásticas, conversar, dormir, estudar, namoriscar, cruzar as pernas, aplaudir, dançar, cantar e tocar canções e músicas profanas, bisbilhotar, passear, admirando obras de arte, tirando fotos durante a Santa Missa, etc., como se estivessem num piquenique...!?
Pobres delas e deles!









Estão convertendo as minhas Casas de Oração em lugares de grandes pecados e espetáculos!... e ninguém sai em Minha defesa!
Todos se calam e fogem... ninguém vê nada... e negam-Me, como quando Me crucificaram!...
Ninguém se arrisca por Mim, e todos lavam as mãos como fez Pilatos...
Aonde estão os que consagraram a sua vida a Mim?
                                                            

Se um político, um desportista, um artista, lhes diz: "Façam isto, usem aquilo", todos lhe obedecem, ou imitam-no...
Eu, por Minha vez, prometo-lhes a Glória eterna, se cumprirem os Meus Mandamentos, e quase ninguém faz caso dos Meus convites e preceitos!

Ai, ai das Minhas religiosas, que nas suas instituições e colégios, não ensinam as suas alunas sobre a sã e correcta maneira de se vestirem!
Ai, ai das freiras, que adaptam o seu vestuário ao das mulheres mundanas, pois os vossos pecados estão a esgotar a minha paciência!

Ai, ai dos pais e mães, que seguindo o ritmo imoral das modas, pervertem os seus filhos com o uso das mesmas, tornando-os motivo de escândalo!
Ai, ai de todos os seculares, que não se resolvem a aconselhar com energia tantos irmãos equivocados, sobre a necessidade e obrigação de abandonar as modas e acções que desvirtuam o Meu Evangelho!

Ai, ai de todas aquelas pessoas que, de uma ou outra maneira, fomentam, comercializam e permitem toda a espécie de despudor!
Sei muito bem que quereis corromper a mulher, para assim, com mais facilidade, destruirdes a Minha Igreja, a Família e a Pátria...


" A todas as pessoas, Eu digo:

É responsável pelo pecado quem o comete, assim como quem tem o dever de impedi-lo, mas covardemente não o contraria, tornando-se seu cúmplice...
["Tomam-se medidas severas para lutar contra a fome, as pestes, a pobreza e as impurezas da atmosfera, mas tolera-se, com complacência, a contaminação das almas, do espírito" - S. S. Paulo VI] .

A Minha Justiça destruiu as cidades imorais de Sodoma e Gomorra.
Mas, pior será o castigo que terá lugar, dentro de pouco tempo, como o vem anunciando a Minha Santíssima Mãe, em La Salette, Lourdes, Fátima, Garabandal, Medjugorje e em tantos outros lugares.
Oh, almas, que viveis no lodo moral, na vida cristã fácil, cómoda e libertina, semeando por toda a parte a morte espiritual, olhai-Me crucificado!...

Meditai sobre o Inferno, onde caem e já caíram tantas almas que, no seu tempo, viveram mal, dando-se a todos os caprichos, prazeres, vaidades, modas e divertimentos pecaminosos, etc...
O que será de todos vós?

As mulheres que, quando viveram, eram louvadas, aplaudidas, admiradas, imitadas e perseguidas por tanto exibicionismo dos seus corpos; agora, quem se recorda delas?
Onde estão as suas conquistas? Onde estão o seu dinheiro, suas jóias e fama? Onde estão os seus corpos, que tanto mostravam e provocavam?



O fogo eterno os consome, fogo que devora e não mata!...
Pelo contrário, as mulheres que aqui viviam modestamente, suportando azedas críticas e dolorosas zombarias, por causa do seu pudor e do respeito para Comigo, gozam agora a Felicidade eterna, na companhia Minha e da Santíssima Mãe!
'Se a tua mão, o teu pé, o teu olho, ou... As tuas modas, são motivo de escândalo, corta-os e atira-os para longe de ti, pois mais vale entrares sem eles no Reino dos Céu, do que caíres com os mesmos no fogo eterno'...
Quem teme e respeita os homens e as modas, mais do que a Mim, não é digno de Mim.

A todos os homens e mulheres, Eu digo:

Apartai-vos das modas ofensivas e pecaminosas... ainda que percais a família, os amigos, o dinheiro, a fama, ou a própria vida.

Aos Meus fiéis bispos, sacerdotes, religiosos e seculares, convido-os a que, com prudente valentia, defendam a Minha causa e os Meus templos, do aviltamento das modas obscenas e vergonhosas.
Caso contrário, o braço da Minha Justiça cairá severamente, sobre todos aqueles que têm a obrigação de dar testemunho da Minha Vida.
'Bem-aventurado quem escuta as Minhas Palavras e as põem em prática!' "


NOTA FINAL:
Posteriormente, consultou-se a Nosso Senhor, sobre se esta Mensagem podia ser forte e ferir certas pessoas, ao que Ele respondeu:
"Ainda que faleis palavras de verdade que possam ferir... essas feridas serão de salvação.
Falai a Verdade, porque a verdade só pode ferir aqueles que não pertencem à Verdade...
E essas palavras procedem do Meu Espírito.
Ainda vos digo mais: Não gosto da covardia.
Eu não Me ocultei para falar as Palavras do Pai"...

Observações:
Em consciência e sem medo, cada um é livre de aceitar e difundir esta Mensagem, por amor de Jesus e Maria.
Esta mensagem foi traduzida do espanhol, e é proveniente de "Grupos de Oração de Alcalá de Guadaira". Calle Castilho de la Aguzadera, 1 - 41500 Alcalá de Guadaira – Sevilha - Espanha.

# Palavras da Beata Jacinta, vidente das Aparições de Nossa Senhora de Fátima:

"Os pecados que levam mais almas ao Inferno, são os pecados da carne...
"Virão certas modas que ofenderão muito a Nosso Senhor".

E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

quarta-feira, 25 de abril de 2012




(Imagino que algumas de vocês venham a ficar chocadas com o que vão ler aqui. Eu também fiquei, da primeira vez que li algo sobre isso. Por favor, saia da defensiva e leia com atenção).

Retirado do blog Vida e Castidade
E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

Por Jason Evert (www.castidade.com)


      Quando se fala de pecados de impureza, muitas pessoas pensam: “Se é um pecado mortal, então eu não quero. Mas se for só pecado venial, então não quero perder!”. Precisamos deixar de lado essa idéia minimalista que se foca em “até onde podemos ir sem ofender a Deus”. Mesmo o menor pecado divide, enquanto a pureza faz nascer o verdadeiro amor. Elizabeth Elliot escreveu em seu livroPassion and Purity: “Como posso falar de alguns beijos imprudentes para uma geração que cresceu sendo ensinada que quase todo mundo vai pra cama com todo mundo? Daqueles que vagueiam no mar da permissividade e dos excessos, será que existe alguém que ainda olhe para o céu em busca do farol da pureza? Se eu não acreditasse que existe alguém assim, sequer me importaria em escrever.” [1]

      Eu costumava ter como certo que todo mundo sabia que beijo de língua é sexualmente excitante, especialmente para um rapaz. Mas eu tenho encontrado mulheres que se mostram surpresas quando descobrem que um homem fica sexualmente excitado por um beijo ardente (ou antes dele). O beijo de língua é profundamente unitivo, já que a penetração de uma pessoa dentro de outra é parte daquele “tornar-se um” com ele ou ela fisicamente. Esse beijar ardente e sensual diz para o corpo de um homem que este deve se preparar para o ato sexual, e quando um homem fica excitado, geralmente ele não fica satisfeito enquanto não atinge o ápice.

      Portanto, o beijo de língua provoca o corpo com desejos que não podem ser moralmente satisfeitos fora do casamento. Para o casal que está guardando o sexo para o casamento, o beijo de língua é como um garoto de quinze anos sentado no carro, na saída da garagem, só acelerando o carro estacionado, porque sabe que não tem carteira de motorista.

      Eu acredito que o problema moral com beijo de língua é mais difícil de ser entendido pelas garotas, porque elas tendem a se excitar sexualmente de uma maneira mais gradual do que os rapazes. Se a excitação de uma mulher pode ser comparada com um ferro de passar esquentando pouco a pouco, a de um rapaz poderia ser comparada com o acender quase instantâneo de uma lâmpada elétrica. As reações sensuais em um rapaz tendem a ser mais imediatas, e quando a chama da excitação sexual se acende, um homem geralmente quer ir além.

      Ele pode até se contentar por uns tempos somente com os beijos. Mas quando um casal tem episódios recorrentes de “amassos” ardentes, e tentam estabelecer os limites nesse ponto, uma das duas coisas vai acontecer: ou os limites originais vão desaparecer, ou então a frustração vai tomar conta de tudo. No primeiro caso, a excitação sexual vai se tornar rotina, e o casal vai começar a justificar novas formas de intimidade física. Talvez eles consigam parar na primeira, na segunda ou na terceira vez, mas gradualmente os antigos limites vão cedendo, porque eles começam a experimentar esse poder intoxicante de ligação que Deus reservou para os cônjuges no casamento.

      No segundo caso, um dos dois poderá acabar ouvindo a mesma coisa que essa garota ouviu: “Meu namorado e eu não passávamos de uns 'amassos', mas recentemente ele me perguntou depois que nos beijamos: ‘Você nunca se sente... entediada? Nunca enjoa disso?’”

      Frequentemente eu recebo e-mails de casais abstinentes que dizem que realmente se amam e querem permanecer na pureza, mas continuam sempre caindo de novo e de novo nos mesmos pecados sexuais. Eles estimularam esses desejos, e descobriram que eles não são facilmente controlados, uma vez despertos. Esses casais querem ficar em cima do muro, e manter alguma intimidade sexual ao mesmo tempo em que evitam ir “muito longe”. Mas eles estão descobrindo que homem e mulher não foram feitos para funcionar desse modo. A pureza angelical é mais fácil de se viver do que apenas 50% de pureza, porque você não está constantemente provocando a si mesmo.


      Entretanto, algumas pessoas dizem que beijo de língua não é lá esse problema todo, e que não tem muita importância. Mas será que não existe algo em você que gostaria que esses beijos significassem algo? Quanto mais damos de nós mesmos, tanto menos valorizamos o dom do nosso corpo e de todo o nosso ser (e as pessoas respondem nos tratando com menos respeito também).

     Pergunte a si mesmo o que valem seus beijos. Será que eles são uma maneira de retribuir a um rapaz por uma noite bacana? Será que eles são uma solução para o tédio em um namoro? Será que eles são um modo de encobrir as dores ou a solidão? E pior, será que eles são apenas por pura “diversão”? Se a resposta para qualquer uma dessas perguntas for um sim, então já esquecemos o propósito de um beijo, e o significado da intimidade. Portanto, não trate partes de sua sexualidade como “sem importância”. Todo seu corpo é de uma importância infinita, e isso inclui seus beijos. Quando percebemos isso, o mais simples dos beijos passa a ter um valor inestimável, “não tem preço”, e traz mais proximidade e alegria do que 100 “ficas” ou encontros sexuais casuais.

     O que acontece com o jovem bem intencionado é que a intimidade inicial e a excitação de um beijo se enfraquece quando ele ou ela começa a dar esses beijos indiscriminadamente, como quem aperta uma mão. O significado profundo dos simples atos de afeição lentamente se perde. O mundo gosta de nos dizer que estamos ficando mais “habilidosos” no namoro, mas na verdade estamos apenas nos tornando insensíveis.

      Então, antes de fazer tudo de novo, pense em guardar a paixão ardente para seu esposo ou esposa. Não apenas sua pureza será um dom e presente para seu cônjuge, ela vai fazer a afeição dele ou dela mais única para você também. No longo prazo isso vai unir os dois muito mais do que todas as “experiências” que o mundo recomenda que você tenha antes de se casar.

      No colégio, eu não pensava duas vezes antes de dar esse tipo de beijo. Meu pensamento era que outras pessoas estavam fazendo coisas piores, então não tinha muito problema o que eu fazia. Agora eu desejaria ter guardado esses beijos para minha esposa, ao invés de distribuí-los por aí com garotas que nunca mais vi de novo depois que terminou o tempo de colégio. Mas na época eu não pensava no futuro. Eu apenas via meus colegas de sala e achava que esse era o modo como as coisas eram. Quando meus relacionamentos amadureceram e se aprofundaram, e eu comecei a rezar por eles, eu deixei esse tipo de beijo de lado, porque ele sempre acendia o desejo de ir além. Ele também estava levando os outros aspectos do relacionamento a um segundo plano. Eu sabia no meu coração que não poderia dizer com segurança que esse tipo de intimidade estava agradando a Deus.

      Então eu tive uma conversa com uma namorada no começo de um relacionamento, e nós concordamos em fazer esse sacrifício. Isso foi uma grande bênção, e eu imediatamente pude ver como o relacionamento era mais santo e cheio de alegria. Nós nunca éramos perfeitos, mas pela primeira vez eu vi que, quanto mais beijos ardentes havia no relacionamento, menos havia de qualquer outra coisa. Isso foi uma coisa que não pude entender enquanto não experimentei.

      Eu encorajo você a dar uma chance, tentar. Deixe de lado os beijos de língua nos namoros, e guarde-os para o casamento. Mantenha a afeição simples. Se é muito difícil para você aceitar isso, então tenha a honestidade de se perguntar porque. Se você não pudesse dar um beijo de língua no seu namorado, isso iria impedir sua capacidade de amá-lo? Será que, deixando de dar um beijo de língua em sua namorada, isso vai impedir sua capacidade de glorificar a Deus ou de levá-la para o céu? O quanto nossas intenções estão direcionadas para nossa gratificação pessoal, e o quanto estão direcionadas para a glorificação de Deus?

      Falando em termos simples, a moralidade sexual diz respeito a glorificar Deus com nosso corpo. O modo com que você usa sua sexualidade deve refletir seu amor por Deus e deve expressar o amor de Deus para os outros. Se uma área parece cinzenta, então não entre nela. Faça apenas as coisas que você seguramente sabe que glorificam a Deus.

      Se você tem dificuldades nesse assunto, leve isso para a oração. Se você deseja verdadeiramente conhecer a vontade de Deus com relação à pureza, eu sei que Ele vai lhe mostrar. Você tem só que ficar com Ele o tempo suficiente para ouvi-lo. Com certeza, isso é difícil, mas o amor está pronto a sacrificar grandes coisas, bem como as pequenas, pelo bem da pessoa amada.

      É cada vez mais comum eu ouvir casais que guardam seu primeiro beijo para o dia do casamento. À primeira vista isso pareceu loucura para mim, mas então eu percebi que eles não estavam evitando os beijos porque achavam que era pecado ou porque não conseguiam se controlar, mas sim porque eles estimavam tanto, viam tanto valor em um simples beijo, que eles desejavam que Deus e o mundo testemunhassem o seu primeiro. Seu primeiro beijo poderia ser oferecido como uma oração.

     Com tudo isso que foi dito, não devemos ficar presos em saber o quão próximos podemos chegar do pecado. Quando nossos corações estão bem com Deus, estamos preocupados com o que é verdadeiramente puro, e em como podemos glorificar a Deus com nossos corpos. Queremos que cada um de nossos atos de afeição seja um reflexo do fato de que Deus vem em primeiro lugar em nossas vidas. Enquanto não chegarmos a esse ponto, teremos dias muito difíceis tentando discernir entre o que é amor e o que é luxúria.

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[1]. Elisabeth Elliot, Passion and Purity (Grand Rapids, Mich.: Revell, 1984), 131.


Traduzido de: http://www.chastity.com/chastity-qa/how-far-too-far/kissing/french-kissing-bad-every
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Nota: O texto acima, retirado do blog Vida e castidade, é muito bom para refletirmos sobre este tema que parece tão bobo, numa sociedade como a nossa onde a permissividade reina e a vulgaridade e impera.
Entretanto, no início do texto o Jason dá a entender que o beijo de língua seria somente pecado venial, mas há controvérsias.

Vejamos:


602. 2.° Beijos e abraços.
a) Constituem pecado mortal quando se tenta com eles excitar diretamente o deleite venéreo, embora se trate de parentes e familiares (e com maior razão entre estes, pelo aspecto incestuoso desses atos).


b) Podem ser mortais, com muita facilidade, os beijos passionais entre noivos (embora não se tente o prazer desonesto), sobre tudo se forem na boca e se prolongam algum tempo; pois é quase impossível que não representem um perigo próximo e notável de movimentos carnais em si mesmo ou na outra pessoa. Quando menos, constituem uma falta maior de caridade para com a pessoa amada, pelo grande perigo de pecar a que a expõe. É incrível que estas coisas possam fazer-se em nome do amor (!). Até tal ponto os cega a paixão, que não lhes deixa ver que esse ato de paixão sensual, longe de constituir um ato de verdadeiro e autêntico amor—que consiste em desejar ou fazer o bem ao ser amado—, constitui, em realidade, um ato de egoísmo refinadísimo, posto que não vacila em satisfazer a própria sensualidade até a costa de lhe causar um grande dano moral à pessoa amada. Diga-o mesmo dos toques, olhares, etc., entre esta classe de pessoas.


c) Um beijo rápido, suave e carinhoso dado a outra pessoa em testemunho de afeto, com boa intenção, sem escândalo para ninguém, sem perigo (ou muito remoto) de excitar a própria ou alheia sensualidade, não pode proibir-se em nome da moral cristã, sobre tudo se houver alguma causa razoável para isso; v.gr., entre prometidos formais, parentes, compatriotas (onde haja costume disso), etc.

Do livro "Teología Moral para seglares" do renomado teólogo dominicano Pe. Antonio Royo Marín, O.P.


Antes de jogar tomates em cima de mim, reflita a respeito e ore pedindo ao Espírito Santo o discernimento. Se Deus te chamasse pra a vida religiosa, você abriria mão até mesmo do chamado selinho, certo? Por que, então, há tanto receio em nosso meio de abrir mão do chamado beijo de língua? Como Cristãs, devemos evitar todas as ocasiões de pecado. Colocar-se em ocasião de pecado, já é pecar. Lembremos!


Rogai por nós Santa Mãe de Deus
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!


Toda virtude em sua alma é um ornamento precioso que o torna querido para Deus e para os homens. Mas a santa pureza, a rainha das virtudes, a virtude angélica, é uma jóia tão preciosa, que aqueles que a possuem se tornam como os anjos do Ceú, mesmo que envoltos em carne mortal.
São João Bosco