Saudação Angélica

domingo, 29 de janeiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!!

     Um dia Santa Gertrudes teve uma visão de Nosso Senhor a contar moedas de ouro. Tomou coragem e perguntou-lhe o que estava fazendo. Ele respondeu: "Estou contando as Ave-Marias que você rezou; são as moedas com a qual você pode pagar a sua passagem para o Céu."
Fonte: O Segredo do Rosário - São Luís Mª Grignion de Montfort

Modéstia não é só roupa.






Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Persuasão

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!!!


Sinopse: Solteira e infeliz, a jovem Anne Elliot (Sally Hawkins) ainda tem de lidar com as dificuldades financeiras de sua família. Por obra do destino, o capitão Frederick Wentworth (Rupert Penry-Jones) retorna à vida de Anne oito anos depois que a família dela a aconselhou a não aceitar o pedido de casamento dele. Ocorre que Wentworth está rico e rodeado de belas mulheres – todas evidentemente interessadas na fortuna dele. Anne agora será desafiada a provar que lamenta pela decisão tomada no passado e que durante todos esses anos sempre amou verdadeiramente o capitão Wentworth.





Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Frei Damião e a Modéstia

SALVE MARIA IMACULADA!!!

 Nascido na pequena cidade de Bozzano, no norte da Itália, como Pio Gianotti, em 1898, Frei Damião recebeu seu novo nome quando foi ordenado frade, em 1923. Filho de camponeses, ingressou aos 12 anos na Ordem dos Capuchinhos. Em 1931, desembarcou de um navio no Recife e começou sua pregação na cidade de Gravatá, a 85 quilômetros da capital. Em 66 anos de missão pelo Nordeste, preferiu o sertão para disseminar sua fé. Orador de recursos, às vezes atraía multidões. Falava sobre os mandamentos da Igreja, o inferno, o purgatório, o céu, a morte e o juízo final. O que o diferenciava era o contorno ameaçador e apocalíptico de sua mensagem. Qualquer pecado seria castigado com o fogo do inferno. Para boa parte do clero, Damião era um embaraço, o que havia de mais atrasado na face da Terra. "Quem não acredita em Nosso Senhor Jesus Cristo vai para o inferno de cabeça para baixo", pregava, com sotaque italiano. E os fiéis acreditavam e gostavam do frade. "Eu apenas prego o Evangelho, ensinando o caminho do céu, convertendo almas e purgando os pecados da Terra", respondia Damião quando lhe perguntavam por que não se modernizava. 

Vejamos algumas de suas frases: 
"A dança é um elemento de perdição. Quando um homem e uma mulher se juntam para dançar, não pode sair nada de bom. Sobrevêm os maus pensamentos, os desejos pecaminosos, o pecado".

"Um beijo dado no rosto da namorada é como um beijo dado numa parenta, não tem nada de mais, estão ouvindo? Agora, um beijo na boca, um beijo de língua, isso é pecado".

"Não presta. É causa de pecados. Muitos homens já perderam a cabeça por causa desse exagero das mulheres." (Com relação a minissaia).



Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Acerca da esperança temerária da salvação

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


I. Como podes tu, Minha filha, esperar salvar-te enquanto não cessares de seguir o caminho que te conduz a perdição? Entre esse grande número de jovens cristãs que agora estão no inferno nenhuma queria ir para lá; pelo contrário, esperavam o paraíso. Mas uma foi surpreendida repentinamente pela morte em estado de pecado; outra por causa das suas grandes iniqüidades, muitas vezes renovadas, privada justamente dessas graças particulares tão necessárias para uma verdadeira conversão; aquela cativada pelo prazer criminoso que o pecado apresenta, não tendo sabido nem querido retirar-se da senda da perdição para onde corria dizendo: Ainda mais esta vez, ainda esta vez, depois cessarei: - aquela outra, deixando-se cegar pelo demônio a ponto de se persuadir que no momento da morte poderia reparar tudo por uma boa confissão. Ei-las todas precipitadas nos abismos onde são, para Deus, e para Mim, objeto de uma eterna inimizade.

São inumeráveis, ó Minha querida filha, as ciladas armadas pelo inimigo, e desgraçado de quem se não aplica a evitá-las. São terríveis os julgamentos de Deus, e desgraçado de quem abusa da Sua bondade para ofender com mais audácia. Se para a salvação, ó Minha filha fosse suficiente o desejo dela ninguém iria para o inferno, porque ninguém é tão louco que queira condenar-se.

Mas o desejo não basta, se se não vive de modo a merecer o céu. Portanto quem te tornará digna dele, ó Minha filha? Será a dissipação, as vaidades, as imodéstias, as conversações livres? serão a tua alegria folgazã, a tua língua desenfreada, a tua desobediência, a tua indocilidade, a tua indevoção? Ah! eis aí o caminho que conduz à perdição! tu segue-o, corres nele e queres gabar-te de te salvares! Caminhando para o inferno aspiras chegar ao céu. Que loucura e que cegueira.
           
II. As ilusões de que o demônio se serve para te cegar e que lhe tem bom êxito junto de muitas outras, é a esperança de se converterem à hora da morte e fazerem nesse momento uma boa confissão que faça obter a salvação. Ah! esperança desarrazoada, ou antes, temerária presunção que tem precipitado tantas no inferno. Se tu não te confessas bem agora, como poderá aplicar-te a isso? O inimigo infernal, redobrando com fúria os seus ataques, porá tudo em campo para te excitar a abandonares-te ao desprezo, umas vezes exagerando a enormidade das tuas culpas, outras fazendo-te ver a Deus inexorável para com elas. Mas quando mesmo tivesses bom êxito em te confessar, farias verdadeiramente um boa confissão? Carecias para teres essa ventura uma graça das mais notáveis. Mas porque razão te concederia Deus essa graça? Para recompensar-te os pecados cometidos durante toda a sua vida? Por teres sempre abusado da graça quando tu podias e devias aproveitá-la?

Ah! Minha filha, não experimentes a Deus. Escuta a Sua voz que te chama. Aproveita bem o tempo presente não reserves a tua salvação para essa hora de agonia em que o tempo te faltará. Cada um recolhe no momento da morte o que semeou durante a vida. Aquele que durante a sua vida não tiver semeado senão a iniqüidade, não poderá recolher na morte senão frutos amargos de condenação. Vós Me procurareis, dizia Meu divino Filho aos pecadores obstinados no vicio, vós Me procurareis nesse momento terrível, mas não Me encontrareis e morrereis com o vosso pecado. Não retardes, pois de dia para dia, ó Minha filha, entregar-te a Deus, senão queres por fim ser surpreendida pela Sua cólera e se não queres condenar-te.

III. Considera Minha filha, uma outra causa fatal pela qual muitas têm sido condenadas, não obstante a vontade de salvarem, que poderia chegar-te também. Elas têm cogulado a medida dos seus pecados no momento mesmo em que menos nisso pensavam. Deus fez tudo com peso, número e medida. Contou todos os dias, todas as horas da tua vida, todos os teus passos, todas as tuas respirações, todos os cabelos da tua cabeça, e nenhum deles pode cair sem a Sua permissão.

Cada palavra frívola pronunciada pelos homens será examinada no dia do Julgamento disse o Meu divino Filho aos fariseus. Se, portanto as palavras frívolas que tens pronunciado em tão grande número durante o dia forem julgadas severamente, quantas serão imodestas, más, injustas! Aquele que toma conta dos cabelos da nossa cabeça, tomará mais conta dos pecados que perdoa e das graças que quer fazer. Ora essas desgraçadas têm cometido tantos pecados, que chegaram enfim a esse ponto fatal onde as esperava a justiça divina. Cortando-lhes então o fio da vida, precipitou-as no inferno.

Podes tu dizer agora, ó Minha filha, que não tens cometido ainda bastantes pecados? Não temes fatigar a misericórdia divina? Desgraçada de ti se repletas a medida dos teus pecados. A justiça ocupará, então o lugar da misericórdia, e a paciência cansada trocar-se-á em furor. Ó Minha filha! quantos foram vítimas da justiça divina por não terem querido aproveitar a misericórdia que os esperava se se tivessem arrependido! Quantos não têm tido tempo de lançar os seus olhares para o céu que tinham sempre desprezado!

Ah! pensa que o primeiro pecado que cometeres poderá ser aquele que cogulará a medida e te enviará para o inferno.

Afeto. Tenho, pois sido eu mesma augusta Rainha do céu, uma dessas almas enganadas. Não é senão verdade! os atrativos dum prazer criminoso têm-me feito cometer o mal; surda às censuras da razão e aos gritos da consciência. Deus iluminou-me com a Sua luz e desprezei-a; a Sua voz chamava-me ao arrependimento, eu fechei obstinadamente os ouvidos a fim de continuar os meus desvarios com a confiança que poderia um dia repará-las por meio da confissão Não refletia no tesouro de cólera que se amontoava sobre mim para o dia das vinganças divinas, não refletia que quanto mais me abandonasse às minhas paixões, mais elas imperavam sobre mim, mais o demônio me cingia com os seus laços, mais me tornava indigna duma graça de que carecia para uma verdadeira conversão, mais aumentava as dificuldades dum sincero arrependimento.

Ai! quanto está crescida a medida das minhas iniqüidades! Quanto devo temer que ela esteja no momento de ficar repleta! Ó Deus justíssimo e misericordiosíssimo de que modo apareceria perante o Vosso tribunal terrível, se Vós me tivésseis notificado isso antes das reflexões que hoje faço? Bastavam as minhas palavras frívolas criminando-me, para ser imensa a multidão dos meus pecados.

Ó Mãe Santíssima, se não visse em meu Jesus crucificado um Pai compassivo de quem os braços estão sempre abertos para acolher-me sobre o Seu coração; se não achasse em Vós um socorro poderosíssimo, teria alguma razão de desesperar da minha salvação. Quero sem demora dum instante aplicar-me o remédio que se me oferece. Ligada a Cruz de Jesus Cristo, ligada a Vós, espero obter misericórdia para as culpas passadas, e força e graça para não mais as cometer para o futuro.

(Maria falando ao coração das donzelas pelo Abade A. Bayle, 1917)

Fonte:Blog A Grande Guerra

Batina e Véu: Nós apoiamos!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pecado Masturbação

§2352 Por masturbação se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado." Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana".

Para formar um justo juízo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos e orientar a ação pastoral, dever-se-á levar em conta a imaturidade afetiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores psíquicos ou sociais que minoram ou deixam mesmo extremamente atenuada à culpabilidade moral.


Fonte: Catecismo da Igreja Católica

Pecado da Pornografia


§2211 A comunidade política tem o dever de honrar a família, de assisti-la, de lhe garantir sobretudo:

* O direito de se constituir, de ter filhos e de educá-los de

* acordo com suas próprias convicções morais e religiosas;

* a proteção da estabilidade do vínculo conjugal e da instituição familiar;

* a liberdade de professar a própria fé, de transmiti-la, de educar nela os filhos, com os meios e as Instituições necessárias;

* o direito à propriedade privada, à liberdade de empreendimento, ao trabalho, à moradia, à emigração;

* de acordo com as instituições dos países, o direito à assistência médica, à assistência aos idosos, aos abonos familiares;

* a proteção da segurança e da saúde, sobretudo em relação aos perigos, como drogas, pornografia, alcoolismo etc.;

* a liberdade de formar associações com outras famílias e, assim, serem representadas junto às autoridades civis.

§2354 A pornografia consiste em retirar os atos sexuais, reais ou simulados, da intimidade dos parceiros para exibi-los a terceiros de maneira deliberada. Ela ofende a castidade porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito, Mergulha uns e outros na ilusão de um mundo artificial. E uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos.

§2396 Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica

Pureza no Catecismo da Igreja Católica


Exigências e condições da pureza


§2521 A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da esperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união.

§2525 A pureza cristã requer uma purificação do clima social. Exige dos meios de comunicação social uma informação que não ofenda o respeito e a modéstia. A pureza do coração liberta a pessoa do erotismo tão difuso e afasta-a dos espetáculos que favorecem o "voyeurismo" e a ilusão.

§2532 A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.

§2533 A pureza do coração exige o pudor, que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

Luta pela pureza

§2520 . A luta pela pureza O Batismo confere àquele que o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado deve continuar a lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançará a pureza de coração:

* pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e indiviso;

* pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o fim verdadeiro do homem; com uma atitude simples, o batizado procura encontrar e realizar a vontade de Deus em todas as coisas;

* pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos: "A desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15,5);

pela oração:

Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças... forças que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se vos lho concedeis. E sem dúvida mo teríeis concedido, se com gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé, pusesse em vós minha preocupação.

§2521 A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da esperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união.

§2522 O pudor protege o mistério das pessoas e de seu amor. Convida à paciência e à moderação na relação amorosa; pede que sejam cumpridas as condições da doação e do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se discrição.

§2523 Existe um pudor dos sentimentos, como existe o do corpo. O pudor, por exemplo, protesta contra a exploração do corpo humano em função de uma curiosidade doentia (como em certo tipo de publicidade), ou contra a solicitação de certos meios de comunicação ir longe demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.

§2524 As formas revestidas pelo pudor variam de uma cultura a outra. Em toda parte, porém, ele permanece como o pressentimento de uma dignidade espiritual própria do homem. O pudor nasce pelo despertar da consciência do sujeito. Ensinar o pudor a crianças e adolescentes é despertá-los para o respeito à pessoa humana.

§2525 A pureza cristã requer uma purificação do clima social. Exige dos meios de comunicação social uma informação que não ofenda o respeito e a modéstia. A pureza do coração liberta a pessoa do erotismo tão difuso e afasta-a dos espetáculos que favorecem o "voyeurismo" e a ilusão.

§2526 O que se costuma chamar permissividade dos costumes se apoia numa concepção errônea da liberdade humana; para se edificar, esta última tem necessidade de se deixar educar previamente pela lei moral. Convém exigir dos responsáveis pela educação que dêem à juventude um ensino respeitoso da verdade, das qualidades do coração e da dignidade moral e espiritual do homem.

§2527 "A Boa Nova de Cristo restaura constantemente a vida e a cultura do homem decaído, combate e remove os erros e os males decorrentes da sempre ameaçadora sedução do pecado. Purifica e eleva incessantemente os costumes dos povos. Com as riquezas do alto ela fecunda, como que por dentro, as qualidades do espírito e os dotes de cada povo e de cada idade; fortifica-os, aperfeiçoa-os e restaura-os em Cristo."

Pureza de intenção e do olhar

§2520 . A luta pela pureza O Batismo confere àquele que o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado deve continuar a lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançará a pureza de coração:

* pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e indiviso;

* pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o fim verdadeiro do homem; com uma atitude simples, o batizado procura encontrar e realizar a vontade de Deus em todas as coisas;

* pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos: "A desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15,5);

* pela oração:

Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças... forças que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se vos lho concedeis. E sem dúvida mo teríeis concedido, se com gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé, pusesse em vós minha preocupação.

Pureza do coração condição de ver a Deus

§2519 Aos "puros de coração esta prometido ver a Deus face a face e ser semelhantes a Ele”. A pureza de coração é a condição prévia da visão. Desde já nos concede ver segundo Deus, receber o outro como um "próximo"; permite-nos perceber o corpo humano, o nosso e o do próximo, como um templo do Espírito Santo, uma manifestação da beleza divina.

§2531 A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.

Pureza dom do Espírito Santo

§2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.

Relação entre a pureza do coração do corpo e da fé

§2518 A sexta bem-aventurança proclama: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). A expressão "puros de coração" designa aqueles que entregaram o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, principalmente em três campos: a caridade, a castidade ou a retidão sexual, o amor à verdade e à ortodoxia da fé. Existe um laço de união entre a pureza do coração, do corpo e da fé:

Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem".

Fonte: Catecismo da Igreja Católica 

Pudor - Catecismo da Igreja Católica

Definição de pudor

§2521 A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da esperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união.

§2522 O pudor protege o mistério das pessoas e de seu amor. Convida à paciência e à moderação na relação amorosa; pede que sejam cumpridas as condições da doação e do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se discrição.

Pudor do corpo

§2523 Existe um pudor dos sentimentos, como existe o do corpo. O pudor, por exemplo, protesta contra a exploração do corpo humano em função de uma curiosidade doentia (como em certo tipo de publicidade), ou contra a solicitação de certos meios de comunicação ir longe demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.

Pudor exigência da pureza

§2521 A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da esperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união.

§2533 A pureza do coração exige o pudor, que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

Pudor sinal da dignidade humana

§2524 As formas revestidas pelo pudor variam de uma cultura a outra. Em toda parte, porém, ele permanece como o pressentimento de uma dignidade espiritual própria do homem. O pudor nasce pelo despertar da consciência do sujeito. Ensinar o pudor a crianças e adolescentes é despertá-los para o respeito à pessoa humana.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica

Modéstia - A verdadeira amizade

domingo, 8 de janeiro de 2012

DA GUARDA DO CORAÇÃO
A VERDADEIRA AMIZADE


A modéstia dos olhos pouco nos servirá se não vigiarmos sobre o nosso coração. "Aplica-te com todo o cuidado possível à guarda do teu coração, diz o Sábio (Prov 4, 27), porque é dele que procede a vida". É aqui o lugar apropiado para se dizer algumas palavras sobre as amizades e, primeiramente, sobre as santas, depois sobre as puramente naturais e, afinal, sobre as perigosas.

Descrevendo São Paulo a corrupção moral dos gentios, enumerava entre seus vícios a falta de sentimento e de susceptibilidade para a amizade. A amizade, segundo São Tomás, é mesmo uma virtude. A perfeição não proíbe se entretenham amizades, diz São Francisco de Sales; exige somente que sejam santas e edificantes, a saber, só devem ser mantidas aquelas uniões espirituais por meio das quais duas, três ou mais pessoas, comunicam entre si seus exercícios de devoção, seus desejos piedosos e sentimentos nobres, tornando-se como que um só coração e uma só alma para a glória de Deus e o bem espiritual próprio e alheio. Com toda a razão podem tais almas exclamar: "Vede quão bom e suave é habitarem os irmãos em união" (Sl 132, 1). São Francisco diz mais que, em tal caso, o suave bálsamo da caridade destila de coração em coração por meio dessas mútuas comunicações, e bem pode-se dizer que Deus lança Sua benção sobre tais amizades, por toda a eternidade (Fil., III, c. 19).

Tais amizades são recomendadas pela Escritura mesma, em termos eloqüentes: "Nada se pode comparar com o valor de um amigo fiel, e o valor do ouro e da prata não iguala a bondade de sua fidelidade" (Ecli 6, 16). "Um amigo fiel é um remédio para a vida e a mortalidade, e os que temem o Senhor encontram um tal" (Idem). Mas como podeis aconselhar as amizades particulares, dirá alguém, quando elas são tão rigorosamente condenadas por todos os ascetas? Respondo: As amizades particulares são proibidas unicamente nos claustros e com toda a razão, pois é imperiosamente necessário que todos os religiosos se amem mutuamente com amor fraterno, para que haja uma vida comum claustral. Ora, num claustro, as amizades particulares podem facilmente ocasionar perturbações dessa mútua caridade, dando ocasião a invejas, suspeitas e outras misérias humanas. São Basílio não hesitou dizer que as amizades particulares em um convento são uma sementeira perpétua de invejas, de desconfianças e inimizades. O mesmo acontece nas famílias em que o pai ou a mãe tem mais carinhos para um filho que para os outros. Os filhos de Jacó odiavam seu irmão José, porque seu pai lhe dedicava um amor especial.

Não há, além disso, nenhum motivo de se alimentar tais amizades num estado religioso, pois, num convento, onde reinam a disciplina e a ordem, todos os membros tendem ao mesmo fim, à perfeição, e não é necessário travar amizades particulares para animar-se mutuamente ao serviço de Deus e ao trabalho do aperfeiçoamento próprio.

Os que, vivendo no mundo, desejam dedicar-se à prática da virtude verdadeira e sólida, precisam, pelo contrário, de se unir aos outros por uma amizade santa e edificante, para poderem, por meio dela, se animar, se auxiliar e se estimular ao bem.

Há no mundo poucas pessoas que tendem à perfeição e muitas que não possuem o espírito de Deus e, por isso, é preciso que os bons, quanto possível, evitem os que podem impedir seu adiantamento espiritual e travem amizade com os que os podem auxiliar na prática do bem.

Quanto às amizades puramente naturais, deve-se dizer que elas têm seu fundamento na nossa natureza, que nos compele a amar nossos pais, nossos benfeitores e todos aqueles em quem vemos belas qualidades e com quem simpatizamos. Esta espécie de amizade é o laço da família e da sociedade, mas facilmente degenera em amizades falsas; por exemplo, se os pais, por um carinho demasiado, toleram as faltas de seus filhos, ou se um amigo ofende a Deus para agradar a seu amigo, etc. As amizades naturais só são agradáveis a Deus se as santificarmos por meio da boa intenção; por exemplo, amando a nossos pais e amigos por amor de Deus.

Tratado da Castidade

Fonte:Escravas de Maria

Maria nas Sagradas Escrituras

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Salve Maria Imaculada!

Esta pregação do Frei Paulo Maria foi realizada no dia 21 de Maio de 2011 na Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição. No I° Seminário Mariano, realizado pela Comunidade Missionária Mariana.



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O sentido visual - Modéstia baluarte que nos protege a débil virtude

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O sentido visual
Modéstia baluarte que nos protege a débil virtude


De todos os sentidos, a vista é o mais rápido, o que escapa mais facilmente à censura da razão, exigindo portanto uma vigilância mais atenta. Deus nos deu o sentido da vista, primeiro, para contemplar-Lhe as obras, e, segundo, para mil empregos necessários; não há função útil, nem dever importante, que possamos desempenhar sem ele. Quem é responsável por outros, deve usá-lo para velar sobre seus inferiores. É preciso, portanto, moderá-los e não destruí-los.

De quantos olhares inúteis nos podemos privar; a quantos espetáculos curiosos podemos renunciar; quantos objetos fúteis podemos deixar de considerar! Ao lado destes, a vista encontra, não raras vezes, objetos perniciosos. Quem não sabe desviar o olhar de espetáculos frívolos, está muito exposto a não se privar de olhares indiscretos e ilícitos. Virtudes que pareciam inabaláveis, falharam, fracassaram por esse meio. Davi servira fielmente ao Senhor em ocasiões difíceis, dera provas de confiança, de coragem, de piedade, de zelo, e eis que um olhar que não soube reprimir excitou-lhe na alma paixões ardentes que lhe causaram danos pavorosos.

Quão mais felizes, quão mais garantidos estão aqueles que, como o santo patriarca Job, fizeram um pacto com seus olhos e não lhes permitem satisfazer a todos os caprichos! A paz de que gozam transparece, reflete-se no exterior. É a modéstia. Não é virtude sem importância esta da qual nosso Senhor nos deu tão cabal exemplo:

"Suplico-vos pela modéstia do Cristo", dizia São Paulo aos cristãos de Corinto (2 Cor. 10,1).

Assim como muitos não dão a devida importância à paz interior, assim também outros não compreendem o valor dessa paz exterior, dessa virtude que modera e dirige os sentidos, principalmente o da vista, como a paz interior domina e dirige as potências da alma. Sem a paz o espírito se entrega a mil divagações, e a vontade a toda sorte de desejos frívolos; a imaginação cria continuamente e persegue ilusões e fantasias.

Sem a modéstia, os sentidos abrem-se de todos os lados e pelas aberturas entram os inimigos da alma; quem não for modesto, nunca será senhor de si; os mínimos objetos o preocuparão e lhe excitarão a concupiscência; os menores acontecimentos o dissiparão; as tentações lhe penetrarão na alma livremente; quererá tudo ver, saber, provar, exceto aquilo que é bom e salutar.

Sem a guarda dos sentidos, os cuidados, mais assíduos e carinhosos, dispensados à alma, serão inúteis: como um vaso fendido deixa escapar os mais preciosos líquidos, assim também essa alma toda difundida pelos sentidos perderá rapidamente as boas impressões recebidas.

A modéstia é o baluarte que nos protege a débil virtude e a põe ao abrigo das incursões do inimigo; é a muralha que defende nossa riqueza; é também o adorno das almas fiéis, cujos encantos realça, tornando-as mais belas e atraentes aos olhos do Esposo divino.

O mundo, todavia, não aprecia as almas modestas; sabe que nada tem a esperar delas; sua atitude recolhida repele os espíritos mundanos, que instintivamente delas se afastam, deixando-as servir em paz ao divino Mestre.

É utilíssimo, pois, adquirir essa modéstia cristã, e nunca será demasiado o ardor empregado em sua conquista. Custa mortificar os sentidos, custa conter o sentido da vista, sempre tão errante; mas, de fato, reprimir a liberdade do olhar é privar-se de uma satisfação pequena e passageira, para alcançar outra muito maior e eterna.

No céu, gozaremos de Deus com todas as potências de nossa alma, atingi-lo-emos em si mesmo, pelas nossas faculdades espirituais, inteligência e vontade; quanto às faculdades sensitivas, de que nos será dado fruir depois da ressurreição geral, serão mergulhadas no deslumbramento por espetáculos maravilhosos, melodias de uma suavidade inefável e perfumes deliciosos. Quem, pelo amor de Deus, se tiver privado na terra da santificação dos sentidos, dos prazeres da vista, gozará, em maior abundância, de todos os bens celestes. Sua inteligência, mormente, penetrará, mais a fundo, as infinitas grandezas de Deus; seu coração se deleitará mais suavemente no amor divino; luzes mais cintilantes lhe iluminarão a alma.

Tais pessoas renunciaram a prazeres fúteis e, em troca, Deus mesmo a elas Se comunicará, Deus, o alimento dos eleitos, o pão eterno que terão ganho com o suor de seu rosto, Ele as alimentará, as saciará, sem jamais as enfastiar.

(O caminho que leva a Deus, pelo Cônego Augusto Saudreau, edição de 1944)

PS: Grifos meus.
 

Uso do véu/modéstia no vestir (Dom Antônio de Castro Mayer)

Dom Antônio de Castro Mayer 21 de novembro de 1970

(Excertos) Circular sobre a Reverência aos Santos Sacramentos

As senhoras comunguem de cabeça coberta

Ainda sobre a recepção da Sagrada Comunhão mantenha-se o costume tradicional que manda às senhoras e moças que se apresentem com a cabeça coberta. Outro hábito imemorial, fundado na Sagrada Escritura (cf. 1 Cor. 11, 5 e SS.), que não deve ser modificado. São Paulo recorda a veneração e o respeito aos Anjos presentes na igreja, que as senhoras significam com o uso do véu. Nada mais belo, mais ordenado, mais encantador do que a mulher cristã que reconhece a hierarquia estabelecida por Deus, e manifesta externamente sua adesão amorosa a semelhante disposição da Providência.

A imodéstia no trajar e a nossa responsabilidade

Na mesma ordem de idéias, lembramos aos nossos caríssimos Sacerdotes que devem empenhar-se, a fundo, por conservar nos fiéis o amor à modéstia e ao recato, que os tornam menos indignos de receber os Santos Sacramentos.

Não nos esqueçamos de que, se a sociedade se paganiza, se ela foge da mentalidade cristã, como esta se define nas máximas evangélicas, não o faz sem a conivência e a cooperação das famílias católicas, e, portanto, em grande parte, por nossa culpa, de nós Sacerdotes.

Ou por comodismo, que em nós cria aversão ao exercício de nossa função de orientadores do povo fiel, ou quiçá – PROH DOLOR! – por condescendência com a sensualidade reinante, somos remissos em declarar, sem rebuços, que as modas de hoje destoam gravemente da virtude cristã, e, mais ainda remissos somos, em usar da firmeza apostólica, ainda que suavemente exercida, para afastar dos Sacramentos a atmosfera sensual atualmente introduzida na sociedade pelas vestes femininas.

É com tristeza que sabemos de Sacerdotes na Diocese, e de outras pessoas com responsabilidade de orientação de almas que não tomam a menor medida no sentido de manter em torno dos Sacramentos, especialmente da Santíssima Eucaristia, o ambiente de pureza que Jesus Cristo exige de seus fiéis servidores.

Por que todas as igrejas da Diocese não ostentam, em lugar bem visível, as disposições eclesiásticas no sentido de que as senhoras e moças não se apresentem no templo de Deus com vestes ajustadas, decotadas, de saias que não desçam abaixo dos joelhos, ou de calças compridas, estas últimas mais próprias do outro sexo?

E por que não tomam todos os Sacerdotes medidas a fim de que com semelhantes trajes, não se apresentem aos Sacramentos as senhoras e moças, ou para recebê-los ou como madrinhas ou testemunhas? Seria o mínimo que se poderia pedir a quem está realmente interessado por que a adaptação de que tanto se fala, não seja uma profanação do Sagrado, com prejuízo pessoal, para o povo fiel e para a sociedade em geral.

Caríssimos Sacerdotes. O zelo pela Casa de Deus, bem como a caridade com o próximo, pedem, nos tempos atuais, maior atenção à maneira de vestir dos fiéis que o são e querem viver cristãmente. A Sagrada Escritura lembra que “as vestes do corpo, o riso dos dentes e o modo de andar de um homem fazem-no conhecer” (Ecli. 19, 27).

E Pio XII comenta: “A sociedade, por assim dizer, fala com a roupa que veste; com a roupa revela suas secretas aspirações, e dela se serve, ao menos em parte, para construir o seu próprio futuro” (“Disc. e Radiomes.” Vol. 19, p. 578). Ninguém negará o valor objetivo desta observação do Papa Pacelli.

(Excertos da Circular sobre a Reverência aos Santos Sacramentos - Dom Antônio de Castro Mayer - retirado do site: FSSPX do Brasil)
PS: Grifos meus


Fonte:Blog A Grande Guerra

Excelente texto: Relatividade do pudor?

Relatividade do pudor?
(Recado para as mães)

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"Não gosto de ver-te assim, mãezinha..."
Dizia uma piedosa menina, arrepanhando, os decotes no vestido materno. A própria mãe da santa menina conta-nos o fato, ao mesmo tempo instrutivo. Por entre carinhosa e escandalizada, a pequena corrigia uma exibição condenável.

Nas portas das igrejas pode-se ler com freqüência (*) a frase de uma carta de Pio XII:

"Os direitos da alma estão acima dos direitos da moda".

Não será tempo perdido repeti-la em casa, ou mandar escrevê-la nos guarda-roupas das filhas. Nada de relatividade do pudor. Um no inverno, outro no verão. Uma na cidade, outro nos salões, nas praias. Toda família que não vive na lua sabe muito bem do plano destruídor: acabar com o pudor, perverter a mulher, torná-la insensível ao perigo para corromper a sociedade.

Ora, dar auxílio a tal plano é trair a Religião e a Igreja. Nem entendo como ainda se tenha de andar provando tudo isso a mães, que são responsáveis pela conduta dos filhos.

Não é de hoje que a Igreja vive alarmando as consciências. Aos maridos Pio XII recorda que também eles não podem nem devem vestir suas esposas de modo incoveniente e exibi-las em salões, a pretexto de que são senhoras casadas.

O casamento não dispensa o pudor, nem garante contra infidelidade do espírito, do coração e do corpo. Bem pode estas aparecer na aproximação indevida de um fraco ou perverso, provocado pela falta de pudor da esposa mal vestida.

Mais ainda. Como irá ter delicadeza e intuições de pudor, com respeito às filhas, a mãe que não se respeita no trajar? Não adianta alegar posição social. Nossa primeira e mais fidalga posição é a filiação divina, adquirida ao batismo pela graça.

Terá autoridade moral para impor quem for remissa em dar exemplo de recato?
Nossa menina, com sua alma delicada, tinha visão dos puros. Olhos puros enxergam melhor, notam mais depressa a ronda do mal.

Logo, mães que me (lês), anotai meu pedido e meu aviso:
respeitai o pudor em vossas filhas, respeitando-o em vós mesmas!

Poderá isso exigir o sacrifício.
Mas não é a educação moral um novo parto com novas dores?
Quando se educou para vida, sem sacrifícios?

Dor é renúncia de algo que nos agrada e adula. Penso que uma revisão nos vestidos poderia ser bem indicada para mais de uma família (leitora). Deus, no dia das contas, saberá do corte de todos os vestidos. Se não forem de Seu agrado, irá revestir de glória o corpo ressuscitado? Não.

(Excertos do livro: Mundos entre berços - Pe. Geraldo Pires de Souza)

* Infelizmente não encontramos nos dias de hoje, tal frase nas portas das igrejas.

PS: Grifos meus.
 

A Modéstia não é só roupa

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!

Quando se fala de Modéstia não quer dizer estritamente que se esteja falando de roupa, pois a Modéstia vai muito além disto. São Tomás ensina que a virtude da modéstia se relaciona às ações e aos movimentos do corpo: que sejam feitos honesta e decentemente. 
É uma virtude que todo cristão é chamado a viver. É de suma importância tal virtude para nossa santificação e santificação do nosso próximo. 
Santo Ambrósio não quis conferir a ordenação sacerdotal a dois jovens: a um porque muito curioso, movia a continuamente a cabeça de cá, para lá; a outro porque caminhava aos pulos. Após a morte do santo, foram ordenados, mas um se tornou ariano, e o outro renegou a fé. 
São Gregório Nazianzeno prognosticou os futuros extravios de Juliano, o apóstata, observando sua inquietude e descompostura na escola de Atenas.
Por assim dizer, são pequenas coisas como mover-se constantemente por causa da curiosidade e andar pulando, que no entanto fizeram a diferença. 
A Modéstia envolve o modo de falar, de sentar, de andar, de rezar, de vestir, e a partir dela é que seremos conhecidos.

Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Uma lenda sobre a beleza

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Há uma lenda que fala sobre a beleza. Lenda essa esquecida pelos homens. Trata-se de uma lenda antiga, cheia de sabedoria.

Certa vez, por um triste capricho da Fatalidade, o poder do mundo foi cair nas mãos odientas da Vulgaridade.

— Que fez a Vulgaridade ao subir ao trono? Resolveu destruir e aniquilar a sua perigosa rival — a Beleza.

Chamando o Tédio, seu servo predileto, disse-lhe a execrável soberana:

— Detesto a Beleza! Quero fazê-la desaparecer da face da terra. Tens ordem para pendê-la e matá-la de qualquer modo.

O tédio respondeu:

— Escuto e obedeço, senhora! Mas, afinal, como é a Beleza? Como poderei encontrá-la, se não a conheço?

— Ora, nada mais simples — tornou a Vulgaridade. — Interroga um poeta qualquer e logo saberás como é a Beleza.

Partiu o Tédio. Encontrando um poeta interpelou-o:

— Como é a Beleza?

Sem hesitar, respondeu o poeta:

— Ainda ignoras? A Beleza é loura, de olhos azuis da cor do céu; a sua pele é clara e rosada, as suas mãos...

— Basta! Tudo o mais que disseres seria fastidioso e inútil. Já sei como é a Beleza! Vou descobri-la por mais oculta que esteja.

E o Tédio partiu em busca da Beleza...

Depois de muito caminhar, chegou ao país de Moab, para além do grande deserto. Um camponês repousava sob uma árvore.

— Terás visto, por aqui — perguntou o Tédio — a Beleza que procuro?

— Queres descobrir a Beleza! — exclamou o camponês. — Ei-la precisamente ali, ó forasteiro!

E apontou na direção de uma jovem que se encaminhava para a ponte, levando ao ombro um pequeno cântaro.

O Tédio procurou certificar-se. A graciosa moça era morena, de olhos verdes e cabelos castanhos como as filhas de Judá! Mas como diferia da que fora descrita pelo poeta! Não, não podia ser a Beleza!

— A Beleza fugiu para a China! — informou um peregrino.

Seguiu o Tédio para a China e indagou de um rico mandarim que soltava papagaios de seda:

— Senhor! Teria a Beleza aparecido em vossa terra?

— Apareceu, sim — replicou, alegre, o mandarim. — Ei-la!

E com o seu dedo de unha longa e angulada, apontou para uma moça ocupada em fabricar lanternas de papel.

O escravo da Vulgaridade preparou-se para executar a ordem que recebera. Enganara-se, porém, o informante. A jovem que o mandarim indicara era pálida, esguia, tinha os olhos amendoados, os cabelos negros e ondulados. Não; aquela não podia ser a Beleza!

O Tédio deixou o país dos chineses e foi em busca de outros climas. Diante dele a Beleza fugia sempre, ocultando-se astuciosamente. Todo o seu esforço tornou-se inútil. Não conseguiu encontrar e destruir a Beleza!

Mas a eterna e incomparável Beleza só a encontra quem a procura com sabedoria. Sigam esse conselho meus amigos e amigas:

— Eis por que a Beleza floresce e domina, sob aspectos tão diversos, quando a observamos, nos inconquistáveis recantos e países do mundo. Aqui é morena e tem olhos negros, mais adiante é loura, de claros olhos de anil. Aqui é viva e alegre, para, além, surgir sentimental e terna!

É que a Beleza, para fugir do mal do Tédio e ao perigo da Vulgaridade, varia sempre e sem cessar.

(fonte: "MINHA VIDA QUERIDA - OS SEGREDOS DA ALMA FEMININA NAS LENDAS DO ORIENTE - Malba Tahan) - (Ilustrações de: Calmon Barreto, Solon Botelho e Renato Silva)

Fonte:
http://almascastelos.blogspot.com/2011/11/uma-lenda-sobre-beleza.html