E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

quarta-feira, 25 de abril de 2012




(Imagino que algumas de vocês venham a ficar chocadas com o que vão ler aqui. Eu também fiquei, da primeira vez que li algo sobre isso. Por favor, saia da defensiva e leia com atenção).

Retirado do blog Vida e Castidade
E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

Por Jason Evert (www.castidade.com)


      Quando se fala de pecados de impureza, muitas pessoas pensam: “Se é um pecado mortal, então eu não quero. Mas se for só pecado venial, então não quero perder!”. Precisamos deixar de lado essa idéia minimalista que se foca em “até onde podemos ir sem ofender a Deus”. Mesmo o menor pecado divide, enquanto a pureza faz nascer o verdadeiro amor. Elizabeth Elliot escreveu em seu livroPassion and Purity: “Como posso falar de alguns beijos imprudentes para uma geração que cresceu sendo ensinada que quase todo mundo vai pra cama com todo mundo? Daqueles que vagueiam no mar da permissividade e dos excessos, será que existe alguém que ainda olhe para o céu em busca do farol da pureza? Se eu não acreditasse que existe alguém assim, sequer me importaria em escrever.” [1]

      Eu costumava ter como certo que todo mundo sabia que beijo de língua é sexualmente excitante, especialmente para um rapaz. Mas eu tenho encontrado mulheres que se mostram surpresas quando descobrem que um homem fica sexualmente excitado por um beijo ardente (ou antes dele). O beijo de língua é profundamente unitivo, já que a penetração de uma pessoa dentro de outra é parte daquele “tornar-se um” com ele ou ela fisicamente. Esse beijar ardente e sensual diz para o corpo de um homem que este deve se preparar para o ato sexual, e quando um homem fica excitado, geralmente ele não fica satisfeito enquanto não atinge o ápice.

      Portanto, o beijo de língua provoca o corpo com desejos que não podem ser moralmente satisfeitos fora do casamento. Para o casal que está guardando o sexo para o casamento, o beijo de língua é como um garoto de quinze anos sentado no carro, na saída da garagem, só acelerando o carro estacionado, porque sabe que não tem carteira de motorista.

      Eu acredito que o problema moral com beijo de língua é mais difícil de ser entendido pelas garotas, porque elas tendem a se excitar sexualmente de uma maneira mais gradual do que os rapazes. Se a excitação de uma mulher pode ser comparada com um ferro de passar esquentando pouco a pouco, a de um rapaz poderia ser comparada com o acender quase instantâneo de uma lâmpada elétrica. As reações sensuais em um rapaz tendem a ser mais imediatas, e quando a chama da excitação sexual se acende, um homem geralmente quer ir além.

      Ele pode até se contentar por uns tempos somente com os beijos. Mas quando um casal tem episódios recorrentes de “amassos” ardentes, e tentam estabelecer os limites nesse ponto, uma das duas coisas vai acontecer: ou os limites originais vão desaparecer, ou então a frustração vai tomar conta de tudo. No primeiro caso, a excitação sexual vai se tornar rotina, e o casal vai começar a justificar novas formas de intimidade física. Talvez eles consigam parar na primeira, na segunda ou na terceira vez, mas gradualmente os antigos limites vão cedendo, porque eles começam a experimentar esse poder intoxicante de ligação que Deus reservou para os cônjuges no casamento.

      No segundo caso, um dos dois poderá acabar ouvindo a mesma coisa que essa garota ouviu: “Meu namorado e eu não passávamos de uns 'amassos', mas recentemente ele me perguntou depois que nos beijamos: ‘Você nunca se sente... entediada? Nunca enjoa disso?’”

      Frequentemente eu recebo e-mails de casais abstinentes que dizem que realmente se amam e querem permanecer na pureza, mas continuam sempre caindo de novo e de novo nos mesmos pecados sexuais. Eles estimularam esses desejos, e descobriram que eles não são facilmente controlados, uma vez despertos. Esses casais querem ficar em cima do muro, e manter alguma intimidade sexual ao mesmo tempo em que evitam ir “muito longe”. Mas eles estão descobrindo que homem e mulher não foram feitos para funcionar desse modo. A pureza angelical é mais fácil de se viver do que apenas 50% de pureza, porque você não está constantemente provocando a si mesmo.


      Entretanto, algumas pessoas dizem que beijo de língua não é lá esse problema todo, e que não tem muita importância. Mas será que não existe algo em você que gostaria que esses beijos significassem algo? Quanto mais damos de nós mesmos, tanto menos valorizamos o dom do nosso corpo e de todo o nosso ser (e as pessoas respondem nos tratando com menos respeito também).

     Pergunte a si mesmo o que valem seus beijos. Será que eles são uma maneira de retribuir a um rapaz por uma noite bacana? Será que eles são uma solução para o tédio em um namoro? Será que eles são um modo de encobrir as dores ou a solidão? E pior, será que eles são apenas por pura “diversão”? Se a resposta para qualquer uma dessas perguntas for um sim, então já esquecemos o propósito de um beijo, e o significado da intimidade. Portanto, não trate partes de sua sexualidade como “sem importância”. Todo seu corpo é de uma importância infinita, e isso inclui seus beijos. Quando percebemos isso, o mais simples dos beijos passa a ter um valor inestimável, “não tem preço”, e traz mais proximidade e alegria do que 100 “ficas” ou encontros sexuais casuais.

     O que acontece com o jovem bem intencionado é que a intimidade inicial e a excitação de um beijo se enfraquece quando ele ou ela começa a dar esses beijos indiscriminadamente, como quem aperta uma mão. O significado profundo dos simples atos de afeição lentamente se perde. O mundo gosta de nos dizer que estamos ficando mais “habilidosos” no namoro, mas na verdade estamos apenas nos tornando insensíveis.

      Então, antes de fazer tudo de novo, pense em guardar a paixão ardente para seu esposo ou esposa. Não apenas sua pureza será um dom e presente para seu cônjuge, ela vai fazer a afeição dele ou dela mais única para você também. No longo prazo isso vai unir os dois muito mais do que todas as “experiências” que o mundo recomenda que você tenha antes de se casar.

      No colégio, eu não pensava duas vezes antes de dar esse tipo de beijo. Meu pensamento era que outras pessoas estavam fazendo coisas piores, então não tinha muito problema o que eu fazia. Agora eu desejaria ter guardado esses beijos para minha esposa, ao invés de distribuí-los por aí com garotas que nunca mais vi de novo depois que terminou o tempo de colégio. Mas na época eu não pensava no futuro. Eu apenas via meus colegas de sala e achava que esse era o modo como as coisas eram. Quando meus relacionamentos amadureceram e se aprofundaram, e eu comecei a rezar por eles, eu deixei esse tipo de beijo de lado, porque ele sempre acendia o desejo de ir além. Ele também estava levando os outros aspectos do relacionamento a um segundo plano. Eu sabia no meu coração que não poderia dizer com segurança que esse tipo de intimidade estava agradando a Deus.

      Então eu tive uma conversa com uma namorada no começo de um relacionamento, e nós concordamos em fazer esse sacrifício. Isso foi uma grande bênção, e eu imediatamente pude ver como o relacionamento era mais santo e cheio de alegria. Nós nunca éramos perfeitos, mas pela primeira vez eu vi que, quanto mais beijos ardentes havia no relacionamento, menos havia de qualquer outra coisa. Isso foi uma coisa que não pude entender enquanto não experimentei.

      Eu encorajo você a dar uma chance, tentar. Deixe de lado os beijos de língua nos namoros, e guarde-os para o casamento. Mantenha a afeição simples. Se é muito difícil para você aceitar isso, então tenha a honestidade de se perguntar porque. Se você não pudesse dar um beijo de língua no seu namorado, isso iria impedir sua capacidade de amá-lo? Será que, deixando de dar um beijo de língua em sua namorada, isso vai impedir sua capacidade de glorificar a Deus ou de levá-la para o céu? O quanto nossas intenções estão direcionadas para nossa gratificação pessoal, e o quanto estão direcionadas para a glorificação de Deus?

      Falando em termos simples, a moralidade sexual diz respeito a glorificar Deus com nosso corpo. O modo com que você usa sua sexualidade deve refletir seu amor por Deus e deve expressar o amor de Deus para os outros. Se uma área parece cinzenta, então não entre nela. Faça apenas as coisas que você seguramente sabe que glorificam a Deus.

      Se você tem dificuldades nesse assunto, leve isso para a oração. Se você deseja verdadeiramente conhecer a vontade de Deus com relação à pureza, eu sei que Ele vai lhe mostrar. Você tem só que ficar com Ele o tempo suficiente para ouvi-lo. Com certeza, isso é difícil, mas o amor está pronto a sacrificar grandes coisas, bem como as pequenas, pelo bem da pessoa amada.

      É cada vez mais comum eu ouvir casais que guardam seu primeiro beijo para o dia do casamento. À primeira vista isso pareceu loucura para mim, mas então eu percebi que eles não estavam evitando os beijos porque achavam que era pecado ou porque não conseguiam se controlar, mas sim porque eles estimavam tanto, viam tanto valor em um simples beijo, que eles desejavam que Deus e o mundo testemunhassem o seu primeiro. Seu primeiro beijo poderia ser oferecido como uma oração.

     Com tudo isso que foi dito, não devemos ficar presos em saber o quão próximos podemos chegar do pecado. Quando nossos corações estão bem com Deus, estamos preocupados com o que é verdadeiramente puro, e em como podemos glorificar a Deus com nossos corpos. Queremos que cada um de nossos atos de afeição seja um reflexo do fato de que Deus vem em primeiro lugar em nossas vidas. Enquanto não chegarmos a esse ponto, teremos dias muito difíceis tentando discernir entre o que é amor e o que é luxúria.

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[1]. Elisabeth Elliot, Passion and Purity (Grand Rapids, Mich.: Revell, 1984), 131.


Traduzido de: http://www.chastity.com/chastity-qa/how-far-too-far/kissing/french-kissing-bad-every
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Nota: O texto acima, retirado do blog Vida e castidade, é muito bom para refletirmos sobre este tema que parece tão bobo, numa sociedade como a nossa onde a permissividade reina e a vulgaridade e impera.
Entretanto, no início do texto o Jason dá a entender que o beijo de língua seria somente pecado venial, mas há controvérsias.

Vejamos:


602. 2.° Beijos e abraços.
a) Constituem pecado mortal quando se tenta com eles excitar diretamente o deleite venéreo, embora se trate de parentes e familiares (e com maior razão entre estes, pelo aspecto incestuoso desses atos).


b) Podem ser mortais, com muita facilidade, os beijos passionais entre noivos (embora não se tente o prazer desonesto), sobre tudo se forem na boca e se prolongam algum tempo; pois é quase impossível que não representem um perigo próximo e notável de movimentos carnais em si mesmo ou na outra pessoa. Quando menos, constituem uma falta maior de caridade para com a pessoa amada, pelo grande perigo de pecar a que a expõe. É incrível que estas coisas possam fazer-se em nome do amor (!). Até tal ponto os cega a paixão, que não lhes deixa ver que esse ato de paixão sensual, longe de constituir um ato de verdadeiro e autêntico amor—que consiste em desejar ou fazer o bem ao ser amado—, constitui, em realidade, um ato de egoísmo refinadísimo, posto que não vacila em satisfazer a própria sensualidade até a costa de lhe causar um grande dano moral à pessoa amada. Diga-o mesmo dos toques, olhares, etc., entre esta classe de pessoas.


c) Um beijo rápido, suave e carinhoso dado a outra pessoa em testemunho de afeto, com boa intenção, sem escândalo para ninguém, sem perigo (ou muito remoto) de excitar a própria ou alheia sensualidade, não pode proibir-se em nome da moral cristã, sobre tudo se houver alguma causa razoável para isso; v.gr., entre prometidos formais, parentes, compatriotas (onde haja costume disso), etc.

Do livro "Teología Moral para seglares" do renomado teólogo dominicano Pe. Antonio Royo Marín, O.P.


Antes de jogar tomates em cima de mim, reflita a respeito e ore pedindo ao Espírito Santo o discernimento. Se Deus te chamasse pra a vida religiosa, você abriria mão até mesmo do chamado selinho, certo? Por que, então, há tanto receio em nosso meio de abrir mão do chamado beijo de língua? Como Cristãs, devemos evitar todas as ocasiões de pecado. Colocar-se em ocasião de pecado, já é pecar. Lembremos!


Rogai por nós Santa Mãe de Deus
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!


Toda virtude em sua alma é um ornamento precioso que o torna querido para Deus e para os homens. Mas a santa pureza, a rainha das virtudes, a virtude angélica, é uma jóia tão preciosa, que aqueles que a possuem se tornam como os anjos do Ceú, mesmo que envoltos em carne mortal.
São João Bosco

O que é amar?

Retirado do livro Namoro do professor Felipe Aquino, editora Cléofas.

O namoro é um aprendizado do amor. Fomos criados para viver o amor. Sem ele o homem e a mulher não podem ser felizes. Mas, afinal, o que é amar? O que leva muitos casamentos ao fracasso é a noção falsa que se tem do amor hoje. Há no ar uma “caricatura” do amor. Se eu lhe der uma nota de cem reais falsa, você não aceitará, pois ela não vale nada, e você ainda poderia ser incriminado por causa dela. Se você construir uma casa usando cimento falsificado, cuidado por que ela poderá desabar sobre a sua cabeça. Se você levar para o casamento um amor falso, ele certamente desabará, pois o “cimento” da união é o amor. Para mostrar bem claro o que é amar, vamos iniciar mostrando o que não é amar. Amor não egoísmo; isto é, preferência por mim, mas pelo outro. Se você come uma fruta com gosto, não pode dizer que a ama. Se você treme de paixão diante de uma menina, e lhe diz : “eu te amo”, esteja certo de que você está mentindo, pois esta tremedeira é sinal de que você quer saciar o seu ego desejoso de prazer. Isto não é amor, é paixão carnal, é egoísmo. Se você está encantada com a beleza dele e se desdobra em declarar o seu amor por ele, saiba que isto também não é ainda amor, pois amor não é pura emoção ou sentimento.

Amar é muito mais do que isso, pois não é satisfazer a si mesmo, mas ao outro. Quando você disser a alguém “eu te amo”, esteja certo de que você não quer a sua própria satisfação ou felicidade, mas a do outro. Cuidado com as “caricaturas” do amor porque são falsas, e não podem fazer a felicidade do casal. Todo jovem tem sede de amar, mas muitas vezes o seu amor é mascarado e se apresenta falso e perigoso. Amar não é apoderar-se do outro para satisfazer-se; é o contrário, é dar-se ao outro para completá-lo. E para isto é preciso que você se renuncie, se esqueça. Você corre o risco de, insatisfeito, querer apaixonadamente agarrar aquilo que lhe falta; e isto não é amar. Assim o amor morre nas suas mãos. Você só começará a compreender o que é amar, quando a sua vontade de fazer o bem ao outro for maior do que a sua necessidade de tomá-lo só para si, para satisfazer-se. São precisos oito anos para formar um médico, dez anos para se defender uma tese de doutorado. Para amar de verdade, será preciso uma longa preparação, porque somos egoístas. Sabemos, que a pressa é inimiga da perfeição. Há um provérbio chinês que ensina que tudo aquilo que quisermos construir sem contar com o tempo, ele mesmo se incumbe de destruir. Se você pintar uma parede que ainda está molhada, vai perder o serviço e a tinta. Se você tirar a comida do fogo antes de cozinhá-la, você vai comê-la ainda crua. Se você não aprender de verdade a amar, poderá construir um lar oscilante e de paredes frágeis, que poderão não suportar o peso do telhado.




As paixões sensíveis da adolescência não são o autêntico amor, mas a perturbação de um jovem que encontra diante de si os encantos e a novidade da masculinidade ou da feminilidade. É fácil entender que aqueles que quiserem construir um lar sobre este chão de emoções, estarão construindo uma casa sobre a areia. Muitos casamentos desabaram porque foram realizados “às cegas”, sem preparação para que houvesse harmonia, sem o aprendizado do amor. Amar é dar-se, ensina´nos Michel Quoist. É dar a si mesmo ao outro para completá-lo e construí-lo. Mas para que você possa verdadeiramente dar-se a alguém, você precisa primeiro “possuir-se”. Ninguém pode dar o que não possui. Se você não se possui, se não tem o domínio de si mesmo, como, então, você quer dar-se a alguém? Como você quer amar? A aspiração mais profunda do homem é amar, é a sua “razão de ser” ; mas há muitos mal-entendidos sobre o amor. O amor é hoje uma palavra tão mal usada, tão gasta, que é preciso ser redefinida para ser autêntica. O maior engano que existe hoje sobre o amor, é que, na maioria das vezes, quando alguém fala que está amando, na verdade está amando a si mesmo. Isto não é amor; é egoísmo. Há muitas “miragens” do amor.
Se o seu coração bate acelerado diante de alguém que o atrai, isto é sensibilidade, não chame ainda de amor. Se você perdeu o controle e se entregou a ele, isto é fraqueza, não chame isto ainda de amor. Se você está encantada com a cultura dele, fascinada pela sua bela carreira, e já não consegue mais ficar sem a conversa dele, isto é admiração, ainda não é amor. Mesmo que você esteja até às lágrimas, diante de um fato chocante, isto é mais sensibilidade do que amor. Amar não é “ser fisgado” por alguém, “possuir” alguém, ou ter afeição sensível por ele, ou mesmo render-se a alguém. Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém para completá-lo e construí-lo. E isto é mais do que um impulso sensível do coração; é uma decisão da razão. Por isso, amar é um longo aprendizado, não é uma aventura como a maioria pensa. Não se aprende a amar trocando a cada dia de parceiro, mas aprendendo a respeitar o mesmo, tanto no corpo quanto na alma. Amar é uma decisão. E a decisão não é tomada apenas com o coração, empurrado pela sensibilidade. A decisão é tomada com a razão. Amar não é um ato intuitivo, mecânico, é uma decisão livre e consciente. É um ato da vontade, do querer. Para amar é preciso aceitar “perder-se”, esquecer-se, não voltar a si mesmo. É claro que a sensibilidade ajuda você a sair de si mesmo, mas ela não é suficiente para levá-lo a amar. A admiração pelo outro, a afeição, empurram você para ele, mas isto ainda não é amor. Lembre-se, o amor é como uma via de mão única, que sai de você e vai até o outro. Esta é a verdadeira avenida do amor.


É preciso estar sempre atento para não andar na contramão nesta avenida. Isto ocorre quando você está pensando só em você mesmo, se apossando das coisas ou da pessoa do outro, para satisfazer-se. São João Bosco, o grande educador dos jovens, ensinava-lhes que “Deus nos colocou neste mundo para os outros. É o sentido da vida. É o amor! Não existe outra maneira de ser verdadeiramente feliz. A felicidade verdadeira se constrói quando fazemos o outro feliz; quando amamos. Ela é o prêmio da virtude. E a virtude que gera o verdadeiro amor é a renúncia a si mesmo. Quando você agarra um objeto ou uma pessoa só para você, o amor morre em suas mãos; pois o apego é o oposto do amor. Você precisa ter a coragem de examinar a autenticidade do seu amor. Quando quisermos saber se estamos amando de fato, façamos então estas perguntas a nós mesmos: estou me renunciando? Estou esquecendo-me? Estou dando-me? Se a resposta for afirmativa, esteja certo da presença do amor em sua vida. Muito mais do que dar coisas, presentes, abraços, beijos, amar é dar de si mesmo, integralmente, desinteressadamente. Você precisa desenvolver bem os seus talentos exatamente para que possa dá-los aos outros e servi-los melhor. Quando amamos de verdade, nos tornamos livres de fato, pois o amor nos liberta de nós mesmos e das coisas que nos amarram. O seu egoísmo é o seu tirano! É claro que amar não é fácil. É fácil viver as caricaturas do amor, mas o autêntico amor é exigente. A autenticidade do amor se verifica pela cruz.

Todo amor verdadeiro traz o sinal do sacrifício. E é através desse sinal que você identifica o verdadeiro amor e o falso. Não há amor sem renúncia. Depois que o pecado entrou em nossa história, amar tornou-se uma “imolação a si mesmo”, uma verdadeira crucificação própria. Mas os seus frutos são doces. Não foi isto que Jesus nos ensinou? Ele veio a nós para ensinar o amor. A sua lição foi esta: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Ele se apresentou como o “modelo” do verdadeiro amor. Não apenas Ele mandou amar, mas amar “como Eu vos amo”. E como Ele nos amou? Até à cruz! Antes de abraçá-la, Ele disse aos discípulos: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,12). Esta é a definição divina do amor: “dar a vida”. Isto não quer dizer que para você amar alguém, terá que morrer na cruz por ele, ou morrer de alguma outra forma. Isto significa que você deva “dar a sua vida” pelo outro, até a morte, isto é, o seu tempo, o seu dinheiro, a sua presença, etc. ..., e tudo isto desinteressadamente. Se houver uma “segunda intenção” em nosso amor por alguém, ele deixa imediatamente de ser puro, e morre. A grandeza do amor é a sua gratuidade. No “hino ao amor” (1Cor 13), São Paulo ensina que o “amor não busca o seu próprio interesse”. Este é o verdadeiro amor que sustenta o casamento e a família. O resto é caricatura do amor, miragens falsas e perigosas. Nada mais perigoso do que colocar o amor falsificado na base do casamento, pois ele não sustentará o lar. Todas as grandes obras realizadas neste mundo foram projetos de um amor verdadeiro.


Quando se planta amor, se colhe amor, ensinava São João da Cruz. Muitas vezes você pode ter reclamado de que não recebeu amor, mas será que você semeou amor ali naquele lugar? Se você amar gratuitamente, receberá tudo de volta. Se nos apegarmos ciosamente a nós mesmos e às criaturas, acabaremos perdendo tudo. O mesmo São João da Cruz ensina a “dar tudo pelo Tudo”. Quando aceitamos dar tudo, e não reter nada, o próprio Deus se dará a nós. Se você quiser experimentar a verdadeira felicidade, terá então que dar esse passo difícil, de correr o risco, da renúncia no vazio da noite, da caminhada em direção à morte do ego. E tudo isto dará a você a vida. É difícil se desvencilhar dos amores falsos, porque eles são “lucrativos” , trazem o prazer momentâneo e a satisfação para o ego, mas tudo isto passa rápido, e acaba deixando gosto de morte. Somos enganados e seduzidos pelos amores falsos exatamente pela recompensa imediata que eles nos oferecem. Mas é preciso que você saiba que as suas recompensas são efêmeras e se dissipam como bolhas de sabão. Quanto mais você souber dar-se mais saberá amar. E quanto mais você amar, mais feliz será.

Quando você se dá a alguém, total e gratuitamente, esta pessoa o enriquece, pois o amor faz crescer aquele que ama. Quando você ama alguém de verdade, descobre os tesouros desta pessoa e se enriquece com os talentos dela. E isto vai até o infinito... Alguém já disse que “o mundo pode ser salvo pela vitória do amor”. Mas este amor precisa ser autêntico, gratuito e desinteressado, porque o amor falso, as suas miragens (egoísmo, amor-próprio) só geram a tristeza, a decepção, o envelhecimento e o fracasso. Quando você ama de verdade, não só se abre para outro, mas se abre para Deus, pois “Deus é amor”. “Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito” (1Jo 7,12). “Aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é amor” (1Jo 4,8). Para que o seu namoro seja rico é preciso basear-se neste amor que é doação de si mesmo para construir o outro. Se não houver amor, não haverá crescimento mútuo, e será tempo perdido. O seu namoro só terá sentido se for um aprendizado do autêntico amor. O amor tem muitas faces: a compreensão, a aceitação do outro, o perdão, a busca da verdade, a paciência, a sinceridade, a fidelidade, a bondade, o perdão, e tudo que faz o outro crescer.

Fonte:Blog Donzela Cristã

Testemunho Crystalina Evert

20 Maneiras para as Moças Reivindicarem o Respeito que Merecem

20 Maneiras para as Moças Reivindicarem o Respeito que Merecem.

1- Vista-se de forma apropriada a sua dignidade. Como diz a incrível pregadora sobre castidade, Crystalina Evert: "Não ande por ai mandando mensagens de que seu corpo é a melhor parte de você - implicando que seu coração, seus pensamentos e sua alma não sejam importantes. Ao invés disso, desperte com a sua modéstia, o desejo de conhecerem-na melhor."

2- Recuse dormir com um homem antes de ter o anel de casamento em seu dedo. SE ELE REALMENTE TE AMAR, irá esperar. Esse respeito, tanto o respeito que você deve ter por si, e o respeito do rapaz por você, irá te levar ao casamento um dia.

3- Não use camisas deploráveis com mensagens do tipo: "Quem precisa de um cérebro quando se tem isso!?". Pare de comprar em lugares que vendam coisas como esta. Não vista calças ou shorts que tenham algo escrito em sua parte inferior, ao menos que seja o lugar para o qual deseje chamar a atenção de todo par de olhos que olhem para você.

4- MANTENHA SEUS PADRÕES ALTOS. Um homem de verdade subirá para atender seus padrões, mais se você diminui seus padrões por causa dele, irá se lamentar muito, e este rapaz não se verá desafiado a ser um homem melhor. Você pode estar desencorajada, mas existe homem assim. Eles passam assim como você por momentos difíceis, por buscarem viver puros em um mundo tão impuro. E talvez um deles esteja enfrentando uma dura batalha agora por você, então não desanime-o. REZE por ele.

5- Ore para ser mais parecida com Maria. Existe alguma mulher mais linda e digna que a Mãe de Deus? Reze três ave-marias por dia para purificar seus pensamentos, seu corpo e seu coração.


6- Reprima qualquer homem que a olhe ou a toque de forma inadequada. Em vez de rir disso, firmemente(mas de maneira respeitosa e de preferência em particular) deixe ele saber que isso é completamente inaceitável. Você estará fazendo a ele e a ti um grande favor.

7- Não deixe-se enganar pela falsidade da mídia em dizer que a perfeição física é possível e necessária.

8- Não freqüente lugares onde mulheres(ou homens) são colocados em exposição para atrair clientes.

9- DEIXE o rapaz ser um cavalheiro. Enquanto ele segura a porta ou puxa sua cadeira com um espiríto puro, ele não estará dizendo que você não é capaz de fazer isso. Ele quer dizer que você é tão especial que a quer honrar com suas ações.

10- Evite roupas(mesmo de baile, vestidos ou maios) que parecem ser feitas com o propósito de permitir a um homem que não seja seu marido apreciar a vista do seu corpo. Deus o fez extra-especial e não deve ser visto por todo mundo.




11- Faça uma oração toda vez que ver uma mulher vestida impropriamente, seja pessoalmente ou na TV, etc. Reze para que ela reconheça seu verdadeiro valor. E reze para que os homens não sejam desviados por ela.

12- Trate qualquer pessoa que conhecer com respeito. Não deixe que a sua gentileza e atenção dependa da popularidade ou beleza da outra pessoa(homem ou mulher). Se for assim, você poderá perder relacionamentos lindos e surpreendentes.

13- Seja AUTÊNTICA. Existirá apenas uma igual a você por toda a eternidade , e existe um vazio que somente você pode preencher. Seja você mesma sem medo. Sua autenticidade será uma qualidade notável e fará que os outros a respeitem. Santa Catherine de Siena disse uma vez: "Se você é o que você deveria ser, você irá colocar o mundo em chamas."

14- Trate seu corpo como templo do Espírito Santo. Jesus te comprou com o preço do seu sangue derramado no Calvário. Não desperdice esse presente supremo degradando seu corpo nas drogas, álcool, ou vivendo o sexo fora do casamento. Tome cuidado para não expor-se em situações que fará algo que se arrependerá depois. Álcool torna-a vulnerável, e existem muitas garotas que foram abusadas sexualmente tanto porque optaram por uma bebida, ou porque tiveram uma substância posta em seu copo. Por favor, não pense que isso não possa acontecer com você.

15- Não acredite nas mentiras. Satanás e o mundo irão sussurrar muitas delas em seus ouvidos.(Você deve perder mais 5 quilos para que ele possa te convidar para sair. Seus pais não entendem NADA. Você não é boa o suficiente para ser amada) Soa familiar?


16- Seja a mulher que Deus a fez pra ser. Trabalhe suas virtudes como gentileza, paciência, e coragem. Como diz Provérbios 31: "O charme é enganador, e a beleza é passageira, mas a mulher que teme a Javé merece louvor."

17- Mostre ao mundo que modéstia não é desarranjo. Que você pode se vestir lindamente E ser modesta. Isso talvez dê um pouco a mais de trabalho, mas não deixe ninguém a dizer que isso não é possível.

18- Seja grata por ser mulher! As mulheres possuem dons incríveis, e você certamente possui qualidades e talentos únicos. Glorifique a Deus desenvolvendo e usando os dons que recebeu.

19- Seja um exemplo para todas as jovens moças que conhece - irmãs, primas, e vizinhas. Elas desejam algo melhor que o mundo oferece, e dependem de você para modelarem nelas a verdade e a verdadeira beleza.

20- Mais importante do que tudo, faça de Jesus seu Melhor Amigo. Ele é o único que é fiel sempre, e Ele irá encorajar você com seu esforço a se levantar e exigir respeito. Ele irá te dar a força para se tornar quem ele a criou pra ser, e Ele irá te levantar toda vez que você cair.
 

(blog Donzela Cristã)

Deixando um homem ser um homem

Deixando um homem ser um homem
(Retirado do Blog Vida e Castidade)

Esse é um excelente post de Anthony Buono (de 29 de abril 2009), um dos escritores do canal Teologia do Corpo de Catholic Exchange (http://tob.catholicexchange.com). Ele revela as diferenças entre homem e mulher com relação à amizade conjugal.


Amizade com homens

As mulheres possuem uma habilidade maior para fazerem amizades e para serem amigas. Pode-se dizer, falando melhor, que elas, por natureza, são inclinadas ao cuidar. As mulheres cuidam, especificamente, de pessoas. Elas são capazes, intuitivamente, de entrar na realidade interior dos seres humanos. E isso as torna mais capazes de ser e ter amigos.

Não é surpresa para ninguém que a mulher faz amizade com outras mulheres com muita facilidade. Elas mostram interesse uma nas outras. Elas gostam de trocar informações pessoais. Perseguem com sinceridade o conhecimento da outra pessoa para além da apresentação externa.

Os homens, por outro lado, são primariamente interessados no mundo exterior. Por natureza, os homens focam mais no “que” ao invés do “quem” na vida. É claro, eu não estou dizendo que os homens não possuem habilidade de “cuidar”. Estou apenas ressaltando que as mulheres têm mais facilidade do que os homens na amizade. Os homens se conhecem uns aos outros mais pelas ações do que pela conversa. Eles não se sentam e ficam trocando idéias sobre o que sentem por dentro, ou seus gostos e desgostos. Eles apenas agem, e falam dentro de situações, e o conhecimento sobre o homem se revela durante o processo. É por isso que os homens são muito mais transparentes que as mulheres. Você consegue saber o que um homem está pensando ou o que ele quer, porque ele se externaliza. As mulheres mantêm as coisas no interior e dificilmente se pode perceber o que sentem a partir do exterior.

Por que é tão importante considerar isso? Porque em namoros e no casamento pode haver uma preocupação excessiva por parte das mulheres, por elas desejarem que o homem seja o “melhor amigo” em um nível tal que é provavelmente fora da realidade. Sou totalmente a favor da amizade no namoro e no casamento, mas a amizade necessária para o casamento precisa ser definida e compreendida. Não pode ser entendida como se a mulher fosse conseguir uma pessoa com quem pudesse conversar todo tempo que quisesse, e sobre qualquer coisa.

Para conhecer qualquer pessoa de verdade, inevitavelmente terá que haver conversação falada. A razão é que nunca se pode conhecer “realmente” o que uma pessoa está falando ou experimentando no nível pessoal, ou porque fez algo, enquanto a pessoa não falar. As ações podem sim revelar verdades sobre a pessoa, mas as ações sozinhas não bastam para trazer todas as informações sobre a pessoa inteira. Então, os homens têm que falar e ser capazes de manter conversas com as mulheres. Eles não podem simplesmente ser muito tímidos e não falarem nada.

Por definição, uma pessoa é um ser que age. Então, o que uma pessoa faz transmite muito do que ela é. Entretanto, como seres humanos, temos uma natureza humana decaída, que nos inclina ao pecado. E, de fato, pecamos todos os dias. Agora, os nossos atos pecaminosos devem definir quem somos como pessoas? Seria injusto se fosse assim, porque todos têm a liberdade, caso se abandone a graça, de ser perdoados e de ter uma nova chance. A maneira com que se recupera dessas quedas diz muito mais sobre a pessoa. Obviamente, alguém que continue fazendo as mesmas coisas repetidamente provavelmente não vai parar de fazê-las. Portanto, as ações devem ser julgadas periodicamente, ao invés de apenas em momentos.

Essa é a cortesia que os homens precisam desesperadamente receber das mulheres hoje em dia, porque os homens são mais orientados para a ação do que as mulheres. Portanto, os homens estão mais propensos a fazer coisas estúpidas do que as mulheres. Os homens precisam de uma paciência extra das mulheres, se forem tentar atingir o nível de amizade que as mulheres desejam.

As mulheres têm que entender, entretanto, que os homens, tipicamente, não “precisam” do tipo de amizade profunda que as mulheres desejam. É por isso que é importante para as mulheres ter amigas mulheres próximas. Há necessidades que as mulheres têm, a nível de amizade, que não se pode esperar que seja preenchida por um homem. Eu compreendo que há um ideal no casamento moderno que o homem e a mulher sejam algo como “melhores amigos”, mas isso não deve nos distrair dos aspectos práticos da vocação matrimonial aos olhos de Deus. Os dois se tornam uma só carne, mas não uma só pessoa. Sempre haverá dois indivíduos únicos no casamento, o que significa que a pessoalidade de ambos sempre vai estar se desenvolvendo e se formando. A ligação de amizade no matrimônio traz amor, segurança, sacrifício, e interesse no bem do outro. Nessa amizade só se cresce juntos.

Mas é impossível a um homem preencher completamente uma mulher, assim como é impossível a um mulher preencher completamente um homem. Acima de tudo, só Deus pode preencher completamente uma pessoa. Isso é dado. Mas também, as pessoas precisam de outras pessoas para fazê-las sempre continuar sendo pessoas inteiras. Alguns casais têm grandes problemas em lidar com o que o outro faz fora da relação dos dois. Há uma possessividade que faz as pessoas acharem horrível quando o(a) namorado(a) ou cônjuge faz algo sem elas ou não falam para elas tudo que esperam ouvir. Essas pessoas que são assim se sentem traídas, pois acreditam que o verdadeiro amor significa fazer toda e qualquer coisa sempre junto, e só compartilhar as coisas com aquela única pessoa. E não gostam também se uma coisa que falaram entre si é compartilhada com qualquer outra pessoa.

A amizade no casamento não é isso. A amizade não significa possuir cada pequeno pedaço de informação sobre o outro, nem fazer todas as coisas juntos, caso contrário o amor não seria verdadeiro ou real. Há casais que realmente parecem ser assim. Porém, casais muitos bons terminaram seus relacionamentos por não serem assim. E isso é errado. As mulheres vão ter dificuldades em encontrar um homem que deseje contar tudo e queira fazer tudo com elas. Alguns homens podem gostar de ser assim, mas não a maioria. Os homens definitivamente têm que se abrir mais para as mulheres, mas as mulheres definitivamente precisam de uma amiga para ter com quem abrir o coração, e falar sobre tudo. Tipicamente as mulheres encontram isso em uma outra mulher. É por isso que, quando cada cônjuge tem seus amigos (a mulher amigas mulheres; o homem amigos homens) nesse caso há muitos casamentos felizes. Essas amizades fora do casal dão força para a pessoa e os fazem ser melhores cônjuges um para o outro.

As mulheres não deveriam cobrar demais dos homens no sentido de ser os amigos que precisam para conversar. Mas os homens precisam, sim, falar mais com as mulheres. As mulheres precisam de conversa. Elas precisam saber o que está se passando por dentro. Muitas vezes o homem sequer sabe muito bem o que se passa em seu interior para compartilhar com alguém. As mulheres precisam ter paciência com isso.

Não desista de um homem que define sua pessoa pelas próprias ações. Só porque ele não fala tanto quanto você deseja não quer dizer que ele não vai ser um bom esposo e bom pai. Assegure-se de ter amigos(as) que fazem de você uma pessoa melhor, e então pegue essa melhoria e traga para o namoro ou a amizade conjugal.
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Traduzido de: Blog True Sexual Revolution
Link: http://truesexualrevolution.blogspot.com/2009/05/letting-man-be-man-this-is-excellent.html

Sentido e Leis do Pudor







«O sentido do pudor

Se o corpo é expressão da alma, a educação do corpo levará a apresentá-lo como manifestação adequada do ser espiritual da pessoa. A intimidade pessoal tem também um reflexo na intimidade corporal. (…) O pudor é o aspecto da educação que nos leva a apresentar-nos, sempre como pessoas com alma e corpo. É a defesa do aspecto pessoal do corpo, é evitar que apareça como simples objeto sexual. Uma vez que essa experiência do corpo como simples objeto apetitoso está dentro das possibilidades normais de qualquer pessoa, quando nos apresentamos junto dos outros procuramos evitar-lhes que caiam numa consideração meramente animal do nosso próprio corpo. E assim evitamos ser considerados como animais. Porque o nosso corpo é parte da nossa pessoa. O pudor consiste em apresentar o caráter pessoal do corpo. O impudor consiste em apresentar-se como objeto sexual, em destacar o estritamente sexual, de maneira que chame a atenção do outro de maneira imediata.

As leis do pudor

Para saber o que é o pudor e o impudor no homem e na mulher, cada um deles deve ter em conta a diferença natural de percepção do outro. Já referimos que o homem reage naturalmente, de modo automático, perante os valores meramente carnais do sexo feminino, enquanto que a mulher não sente habitualmente essa mesma atração imediata perante o corpo do homem.


Por outro lado, o que é pudico ou impudico depende da situação em que nos encontramos e da função que tem que cumprir o vestuário. Não é o mesmo estar a tomar banho que estar numa festa. O que é perfeitamente apresentável como traje de banho, é totalmente inadequado como traje de festa. Aparecer numa festa de sociedade em  traje  de banho,  é apresentar-se de modo impudico, destacar o estritamente sexual. E assim o sentirão todos os presentes.
O pudor não se pode reduzir, portanto, a centímetros de roupa. Depende de um conjunto de fatores que influem na percepção que os outros têm de nós. Depende das diversas situações e da função do vestuário e depende também dos costumes no modo de vestir. Se, numa sociedade em que todas as mulheres andassem com as saias até ao tornozelo, uma se apresentasse com a saia a meio da perna, chamaria a atenção. E a atenção recairia sobre aspectos significativamente sexuais.
Por outro lado, as mesmas mulheres que andavam com as saias até ao tornozelo, quando chegava a hora de ir trabalhar para a horta, não tinham nenhuma dúvida em recolher as saias, pois a situação assim o exigia, para não estragar a pouca roupa que tinham. E ninguém considerava que aquilo fosse impudico. Se todas as mulheres andam com a saia a meia perna, isso não chamará a atenção, nem provocará uma consideração basicamente sexual do corpo. Mas nem tudo é uma questão de costume. Há certas leis características da percepção que reclamam a atenção sobre um ou outro aspecto do corpo. Determinados tipos de decotes ou mini-saias, roupas cingidas, etc., não podem deixar de chamar a atenção sobre os aspectos provocativamente sexuais do corpo feminino. E não é questão de mais ou menos roupa. Pode ter mais roupa e menos pudor. Podemos ver isso, em alguns casos, na nossa sociedade.
Isto é também o caso de certas tribos sem cultura nem técnica, que habitam em zonas úmidas e quentes. As circunstâncias de ambiente e a sua falta de técnica tornam impossível a roupa adequada, pelo que andam quase nus. O pudor costuma expressar-se dissimulando o estritamente sexual, mediante uma simples faixa. Mas quando uma mulher quer chamar a atenção do homem, o que faz é precisamente cobrir o peito. As leis da percepção fazem que isso chame mais a atenção, uma vez que nunca anda coberta. E o que não se vê, mas se imagina, é mais provocativo que o que se vê normalmente, porque as circunstâncias fazem que esse modo elementar de vestir seja o único possível e, portanto, que seja pudico. Nessas circunstâncias, a percepção do conjunto da sociedade está habituada a expressar o pudor e o impudor sempre da mesma maneira.
Uma percepção deste gênero seria impossível num lugar como o nosso, no qual o clima exige cobrir-se em determinadas épocas. O simples fato de andar vestido em certas alturas altera totalmente a percepção da intimidade corporal. Se estamos habituados a ver-nos vestidos, a nudez tem um significado totalmente diferente, destaca uma “disponibilidade” sexual que não se apresenta na percepção de quem por necessidade anda habitualmente nu. Há aqui uma legalidade natural que nenhuma vontade pode alterar, nem sequer pelo desejo de uma pretendida naturalidade. O natural para o homem depende da sua formação cultural, pois essa formação altera a sua constituição neuronal e estabelece modos naturais de percepção, dificilmente alteráveis. O fenômeno contemporâneo da perda do pudor e do nudismo é algo totalmente diferente da nudez habitual e constante dos “bons selvagens”.



A intimidade corporal e a entrega

Uma vez que as condições ambientais, técnicas, culturais, estabelecem as leis próprias do pudor, define-se espontaneamente a fronteira entre o pudico e o impudico. E estabelece-se o limite natural da intimidade pessoal. O vestuário tem a função de personalizar o corpo, de expressar a própria personalidade. Por isso tem a função de estabelecer o grau de relação com uma determinada pessoa. Quando as leis do pudor estabeleceram o que define a intimidade corporal, estabelece-se uma união entre a intimidade pessoal e a intimidade corporal. As duas caminham a par, porque a pessoa é ao mesmo tempo corpo e espírito. Quando se entrega o corpo, entrega-se a própria pessoa. E quando se abre a intimidade corporal, abre-se a intimidade pessoal. Separar esses dois fatores produz uma ruptura interior da pessoa. Como a pessoa é indissociavelmente corporal, para criar um espaço de intimidade espiritual, de riqueza interior pessoal, tem de se criar um espaço de intimidade corporal. Todos os torturadores sabem que a nudez corporal é um modo muito eficaz de rebaixar e destruir a dignidade e a resistência interna das pessoas. Quando uma pessoa não defende a sua própria intimidade corporal, isso significa que não tem uma intimidade pessoal a salvar.
A prostituição destrói o mais íntimo das pessoas, por isso provoca tanta pena ou tanta repugnância. Quem entrega o corpo sem entregar a alma, prostitui-se. Quem entrega a intimidade corporal sem entregar a intimidade pessoal, prostitui-se.
Por isso, a nudez, a abertura da intimidade corporal, deve estar sempre ligada à entrega mútua e total da própria pessoa, que se realiza no matrimônio. A nudez é sinal de abandono e entrega plena, por isso tem de haver uma entrega mútua e para sempre; doutra forma, haveria prostituição por parte de um ou de outro. Se a nudez não é expressão de uma entrega pessoal, então é porque essa pessoa se está a apresentar perante os outros como simples objeto, com o seu inevitável valor sexual em primeiro plano.»

(Mikel Gotzon Santamaría Garai, "Saber Amar com o Corpo")

Parte I - O uso do véu como símbolo da identidade e vocação da mulher



Do livro “The Chapel veil, the symbol of the spouse of Christ”
by Elizabeth Black & Emily Griswold

Tradução por Luiz Fernando Calaça Silva – Aliança Mariana Parresia.
E-mail: comparresia@gmail.com
           
            O uso do véu tem sido parte da tradição da Igreja desde sua instituição, e os santos Padres da Igreja tem defendido tal prática desde o começo [1]. Esta tradição foi perdida quando a exigência para a mulher cobrir sua cabeça (usar o véu) na igreja foi removida em 1983, quando foi promulgado o novo Código de Direito Canônico. Em resposta a esta perda, muito Tradicionalistas tem tentado revigorar esta prática pelo uso do véu novamente. Infelizmente, há uma tendência de praticar o costume mas sem entender por que ele existe em primeiro lugar. Práticas dentro da Igreja Católica não crescem sem uma razão ou argumento teológico por trás deles. A tradição do uso do véu tem sido vista também com má compreensão e desconfiança pelos não-Tradicionalistas, devido parecer desnecessário e antigo. Assim, este é importante tanto por Tradicionalistas quanto para não-Tradicionalistas, afim de entender o significado teológico e o simbolismo por trás do costume da Igreja do uso do véu. A teologia do véu está enraizada na identidade da mulher e sua relação com o homem e Cristo e a simbólica imutável regra da mulher na criação.
            Essas explicações são primeiramente fruto de discussões com amigos e então estão abertas para um aperfeiçoamento. Meus argumentos serão provindos essencialmente da teologia ou aspecto simbólico. Assim, Eu não abordarei as razões pscicológicas ou sociais para o uso do véu, o qual é frequentemente tratado por outros escritores. Embora, explicaçõe sociais e psicológicas tenha o seu valor, elas são de menos peso e importantes que aquelas baseadas na teologia.
            São João Crisóstomo desenvolve a teologia do véu de um modo belíssimo. Ele faz uma comparação entre a relação do homem e da mulher para Cristo e mulher. Mulher, por que ela foi criada sendo formada a partir do lado do homem, está constantemente tentando retornar para ele. Ele deseja a união original de uma só carne e um só osso. Isso é evidente em seu desejo pela intimidade e amor. Esta tendência de voltar para sua fonte é belamente expressada no ato conjugal, onde uma vez mais a mulher fisicamente torna-se uma com o homem, carne e ossos. O desejo da união entre homem e mulher é o reflexo da relação de Cristo e a alma. Cristo ama tanto o homem que não somente ele morreu na Cruz, mas Ele expressa Seu amor tornando-se fisicamente presente na Divina Eucaristia. Ele é o Divino Amor da alma, e Ele torna-se esposo da mulher, a noiva. Como a mulher anseia pela união com o homem nos relacionamentos humanos, então ele está constantemente atraída para unir-se com Deus. Ele a chama a tronar-se um com Ele: vindo sobre Seu lado e tornar-se carne de Sua carne e ossos de Seus ossos. Isso ocorre durante a comunhão com a Santíssima Eucaristia, o qual é a consumação da união entre Cristo e a alma. O ato de cobrir a cabeça com o véu simboliza a realidade de uma mulher protegida dentro do lado de sua Fonte e tornando-se um com Ele. Ela torna-se coberta e escondida no seu Divino Esposo. O véu é um símbolo do relacionamento da alma da mulher e Cristo.
            Além disso, o véu representa a posição da mulher na hierarquia da ordem de Deus. O Homem is o protetor da mulher, enquanto a mulher is a protegida. Por causa de suas respectivas identidades, homens e mulheres mostram reverência ao seu Criador de diferentes modos. Para o homem, descobrir sua cabeça é um sinal de respeito e submissão a seu superior. Isso é exemplificado belamente na Missa Tradicional quando os padres entram vestindo o barrete e descobrem sua cabeça antes de iniciar o culto a Deus. Este respeito, pela hierarquia, é mostrado de forma diferente pelas mulheres. Ao invés das mulheres descobrirem sua cabeça, elas cobrem sua cabeça mostrando respeito e submissão a autoridade. Assim, usar o véu na Santa Missa representa a submissão da mulher a Deus. Ela reconhece a regra da criação de Deus.
            O véu também é fisicamente sinal da regra da mulher como tabernáculo. O tabernáculo contém Cristo, a Verdadeira Vida, dentro dele. De forma similar, a mulher foi criada com o privilégio de ser um reservatório da vida – literalmente capaz de carregar vida dentro dela. Deste modo, ela é um tipo de tabernáculo da vida. O Sacratíssimo Tabernáculo é sagrado pois contém a vida nele mesmo, e também, a mulher é sagrada por que ela proteja a vida dentro dela. O Sacratíssimo Tabernáculo é tão santo que ele é coberto com um véu para preservar sua pureza e santidade. As mulheres usam o véu para cobrir sua sacralidade como templo da vida. Este uso do véu no Tabernáculo e a mulher é também um lembrete visível aos fiéis de que estes reservatórios tem um papel especial. As mulheres, então, como o Tabernáculo, deveriam estar fisicamente veladas (usando o véu).
            Finalmente, o véu simboliza como o “jardim secreto” (Cântico dos Cânticos 4, 12) cujo frutos estão reservados a Deus. O Cântico dos Cânticos usa este analogia quando fala da relação de Cristo e a alma. O Divino Amor diz a sua amada, “És um jardim fechado, minha irmã, minha noiva, uma nascente fechada, um fonte selada”; e a amada responde, “Entre meu amado no seu jardim, prove-lhe os frutos deliciosos.” (Ct 4:12, 16) A alma da mulher é um jardim, no qual quando cultivado produz muitos frutos. Mas, é também um jardim secreto por que ela o abre somente para Deus, particularmente na união com a Divina Eucaristia. Ele é seu presente especial a Deus. O véu, então, simboliza este protegido, secreto jardim, o qual é preservado e guardado para o Divino Amor. Ele (o véu) é fisicamente um sinal que Deus está formalmente sendo procurado e adorado. Ele simboliza a preservação de si mesmo por uma auto-doação total ao outro. [2]
            O costume, então, da mulher cobrir a sua cabeça não é sem signficado e antigo, mas tem um significado teológico e importante para a era moderna. Pelo uso do véu, as mulheres reconhecem sua submissão a Cristo, seu esposo, o sacrificio de sua glória, e adoração e humildade diante de Deus. Embora não seja pecado permanecer sem cobrir a cabeça, o véu tem um maravilhoso significado que é um louvável e importante modo de dar glória a Deus.


[1] Tradição aqui não significa um ensinamento infalível de Cristo herdado através dos Apóstolos. O termo usado aqui é um costume, no qual tem sido parte da Igreja por muitos anos, e embora ele não seja infalível, este tipo de tradição é honrada pela Igreja e dada seu devido respeito.

[2] Esta é a principal razão pelo qual os religiosos usam permanentemente o véu, pois eles são prometidos esposos de Deus, e eles preservam o jardim de sua alma para Ele somente, de um modo único.

Modéstia Masculina!

terça-feira, 24 de abril de 2012


O “Porquê” do Marketing sexualizado para pré-adolescentes

Por Melissa May
Traduzido por Andrea Patricia
     Li recentemente um artigo que destaca um estudo a partir de Kenyon College em Gambier, Ohio, que descobriu que um terço dos itens de vestuário comercializados para adolescentes e pré-adolescentes tem uma conotação sexual, isto é, enfatiza partes sexuais do corpo, ou envia uma mensagem sexual
     Honestamente eu não acho nada disso surpreendente, pois eu vivo em uma grande área metropolitana e vi muito os bumbuns “Juicy”e “Pink”* no shopping local, mas ainda assim esse artigo me pôs a pensar.
     Minha primeira reação foi ficar zangada com os varejistas. Mas os varejistas bem sucedidos não comercializam fortemente itens de mercado que não vendem. Se eles conhecem o seu negócio, então eles sabem o que vende. E os quinze sites que o estudo Kenyon revisou incluíram empresas bem conhecidas e lucrativas como Neiman Marcus e Justice for Girls (o que me levou a questionar seriamente se neste Natal eu devo ou não presentear a minha sobrinha com algo vindo dessa loja novamente. Duvidoso).
     Embora não seja incomum ouvir o ditado “sexo vende” como uma explicação para campanhas de marketing questionáveis, o que realmente me incomoda é por que o sexo vende, especialmente quando se trata de roupas pré-adolescentes. As meninas pré-adolescentes realmente querem roupas sexualizadas? Se sim, por quê? Qual é a motivação para possuir e usar roupas que enviam uma mensagem sexual ou mostram suas partes íntimas? E ainda mais preocupante, é que elas sequer percebem que a roupa é sexualizada. Ou elas estão tão acostumadas a ver as meninas mais velhas e mulheres com as mesmas roupas, mostrando as mesmas partes, que elas simplesmente se acostumaram com a idéia? Ou estão tentando se acostumar com isso?
     Eu realmente não sei se é mesmo possível para as meninas jovens compreender as implicações das idéias que estão sendo vendidas, mas eu só posso achar que porque elas vêem os seus modelos de mulher (e eu não estou falando de Lady Gaga, eu estou falando da Mamãe e da titia e até mesmo da vovó) saindo por aí em jeans skinny colado, num profundo e revelador decote V, e shorts curtos, então elas acham que isso deve ser o que elas deveriam usar também.
     Lembro-me de ser uma pré-adolescente, entrando na puberdade, e indo ao shopping um dia com uma roupa apertada que eu pensei que ia mostrar o meu corpo novo, mais adulto. Eu tinha visto outras meninas mais velhas se vestindo de forma semelhante, e eu queria ser crescida, como elas.
     Até hoje a única coisa que se destaca mais em minha mente é como eu me sentia envergonhada quando finalmente cheguei ao shopping e tentei me mostrar. Eu não sei se eu atraí muita atenção, mas parecia que todos os olhos estavam sobre mim. E ao invés de me sentir ótima sobre mim mesma, eu me senti tão conspícua, eu só queria me esconder, ou melhor ainda, FUGIR.
     Tentar pegar o caminho mais rápido para o que eu achava que era feminilidade não me fez sentir mais confiante em mim mesma. Isso me aterrorizava. Isso terminou me empurrando na direção oposta. Eu queria chegar em casa e voltar a ser uma menina pelo maior tempo possível.
     A adolescência é um tempo de aprender e experimentar novos e muitas vezes confusos sentimentos sobre sexo e sua própria sexualidade. Embora pré-adolescentes e adolescentes sejam seres sexuais, isso não é tudo o que eles são. Sua sexualidade é apenas um componente de sua condição de pessoa, e que eles certamente ainda não dominam. E ainda, por meio de varejistas no negócio de saber como ganhar dinheiro e uma geração mais velha que ensinou-lhes a atrair atenção em vez de admiração, a oportunidade e a motivação que existe é para que se vistam da forma que dizem que eles têm de se vestir.
     Mas não é o trabalho dos varejistas pensar por nós. Eles não estão no negócio de separar os nossos valores pessoais. Seu trabalho é fazer o dinheiro e quando vislumbram uma tendência, eles segui-na. Isso é bom negócio. Mas apenas para desabar tudo, são a má criação dada pelos pais e os maus líderes que estão aí quando se trata de criar as nossas mulheres jovens.
     A prova definitiva de confiança para uma mulher hoje é expor o seu corpo, provando assim que ela tem a coragem de fazê-lo e não se importa com o que os outros pensam. Os nossos próximos mais jovens não são cegos. Eles vêem o que fazemos e ouvem o que dizemos que acreditamos, e eles seguem nossos passos. Se não tivermos cuidado com os passos que damos, com o que mostramos, com o que proclamamos ao mundo por nossas palavras ou pela nossa aparência, então, não somente nós vitimamos a nós mesmos, vitimizamos os mais jovens também, e fazemos isso como tolos inconscientes, tudo em nome de mostrar a nossa confiança.
Original aqui.
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Notas da tradutora:
*Aqui ela se refere a calças onde são estampadas na parte traseira as palavras que ela cita, sendo que “Juicy” significa “suculento”.

Lembrete de Algumas Regras de Modéstia Cristã

Por S. Exc. Monsenhor Bernard Fellay*


Como estamos, hoje, constatando uma tendência indiscreta em tornar leve a maneira de se vestir, não parece inútil de lembrar alguns princípios de ética que dizem respeito a isso:
- A indecência é um pecado; pecado de escândalo é causa de pecado para o próximo, da qual uma boa parte da responsabilidade e da pena deve ser atribuída ao causador dela;
- Não é permitido em nenhum caso vestir uma roupa indecente. Não pode, com certeza, ser chamada saia decente aquela que não cobre os joelhos quando a pessoa está sentada, ou que deixa aparecer por fendas ou por transparência o que o pudor não permite de mostrar, isto é, as pernas acima dos joelhos. A mesma coisa deve ser dita das roupas – tanto masculina como feminina – que ficam marcando as formas do corpo;
- Quanto ao decote e aos ombros descobertos, eis o que o Cardeal Vigário do Papa Pio X dizia: “Um vestido cujo decote desce a mais de dois dedos para baixo da base do pescoço e que não cobre os braços até o cotovelo, não pode ser chamado de decente.”;
 - Além dessas regras gerais, as visita a uma Igreja, exige um traje correspondente à santidade desses lugares.

 *Bispo, Superior Geral da Fraternidade S.S.Pio X
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Este texto é parte do livro Seleta de textos Sobre Modéstia, que você pode comprar aqui. Recomendo!

Modéstia Masculina

domingo, 22 de abril de 2012


Mulheres: o véu não é obrigatório, mas a roupa ainda é!


“Toda mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu. [...] Por isso, a mulher deve trazer o sinal da submissão sobre a cabeça, por causa dos anjos. [...] Julgai vós mesmos: é decente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com véu? (1Corintios 11,5-6;10;13)
  
         É verdade que há algum tempo não se tem a obrigatoriedade do uso do piedoso uso do véu pelas mulheres. Para ser mais preciso, após do Concílio Vaticano II - mas não critico esta maravilhosa obra do Espírito na Igreja, como faz alguns irmãos para argumentar algumas tristes atitudes de católicos-. Como é belo você ir a uma santa Missa, e lá encontrar mais do que Jesus Eucarístico – que já é tudo-, mas encontra também fiéis piedosos, e em particular as mulheres que cientes desse respeito usam o véu. É muito belo. E infelizmente temos perdido esta bela tradição na Igreja. Afinal, em sua paróquia ou comunidade alguma mulher usa o véu? Nem mesmo em comunidades, como a Shalom, não me recordo de ter visto alguém o usando. Não que quem não use seja menos digna do que quem usa, até porque muitas (das poucas) podem usá-lo para disfarce, e viver vida dupla.
         Mas o caso em questão não é nem o véu. Como já disse, ele não é mais obrigatório. Porém, não sei se foi informado nas catequeses, homilias, encontros, etc., que a roupa ainda é obrigado a usar! Sim, porque tem mulher que acha que Cristo morreu na cruz e reconciliou o mundo com Deus e, assim voltamos ao tempo de Adão e Eva antes de comer o fruto proibido; desta forma, andando tudo peladas dentro e fora do templo de Deus. É um absurdo o que vemos em muitas celebrações Eucarísticas. Muitos podem dizer que não devemos nos importar com o vestuário da pessoa, que é babaquice e julgamento. Concordo. Porém, uma coisa é não se importar com o vestuário, e a piedade ou não da pessoa; outra é a “nudez” e o pudor ou não que esta tendo.
         A Palavra de Deus diz que apenas em olharmos e desejarmos uma mulher (ou homem) estaremos em pecado (cf. Mateus 5,28). Ai fico me perguntando o que uma mulher acha que nós homens pensamos ao vê-las andando vulgares, como prostitutas (me perdoe o termo duro, mas é o cabíbel), mostrando tudo até não ter mais o que mostrar? – e vale lembrar que nem falo de gente do mundão, mas de freqüentadoras dos templos – Será que elas pensam que nós pensamos assim: “Ô lá em casa, na minha capela rezando o rosário... ia ser tanta unção rezando que levitaríamos feito os santos místicos...” Homem, é assim que você pensa ao ver uma mulher vulgar? Eu não penso isso. Aliás, luto para não pensar nada... Será que uma mulher dessa acha que pessoas sérias, que firmaram suas vidas em Deus, na radicalidade do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vão querer casar com elas? Muitos rapazinhos que são da igreja, são tudo safados, e pegam mesmo (erradamente, caindo ambos), mas tendo a consciência de que essa não é pra casar – até aparecer uma gravidez -. Aí depois olham para o Céu, e bradam contra Deus porque ninguém sério as quer, porque seus relacionamentos não duram nada, porque é infeliz, e blá blá blá. Depois vai pra seita protestante, e num passe de mágica até para de usar as coisas vulgares... Porque não parou de usar antes sua ameba? (ou como falava padre Léo “sua anta”)
         Certa vez em uma Paróquia, a mulher do meu tio fez o seguinte comentário sobre uma mulher que estava na nossa frente: se ela tivesse vindo pelada estaria mais “bem vestida”. E é a forma que muitas mulheres e homens tem se vestido. Vale lembrar que muitos homens também profanam o templo do Senhor profanando dessa forma seus corpos, deixando a mostras. Desde camisetas sem manga e apertadinhas pra mostrar que malha, até o desprezo da bermuda e chinelo na Santa Missa. Aonde está aquele Espírito de piedade, que anos atrás fazia todos pegarem a melhor roupa (MELHOR, E NÃO MENOR) para ir para a Missa dominical ou solenidade, e iam todos lindos, pois a alegria era ir pra Missa, todos respeitavam e tinham zelo. Esse Espírito continua dentro deles, afinal a maioria esmagadora é batizada, mas o Batismo é como apresentação no Exército: todos vão ao menos uma vez na vida pra se apresentar, mas poucos seguem carreira militar. E como se fosse exército, os fiéis hoje não querem mais usar a farda de um verdadeiro católico que não é nada além de uma roupa decente.
         Até a calça jeans torna-se um instrumento do diabo pra derrubar as pessoas na Igreja. Afinal, calças em mulheres, ainda mais jeans, modela o corpo, fazendo todo o desejo do corpo feminino. Não digo que as mulheres devem deixar de usar calça jeans para usarem vestidos – mas se quiserem, sintam-se a vontade, ficará lindo e piedoso -, mas, por favor, se você usa o nº X, não compre uma calça com 2 ou 10 números menores. Uma coisa é usar calça, outra é querer de propósito mostrar as curvas do corpo. Lembrem-se que você pode até não fazer por má fé, mas pode nessa brincadeirinha estar sendo motivo de queda para muitos rapazes. Eu sai da academia, além de que usava para me envaidecer, eu ficava exposto a várias mulheres com roupas apertadas, (se não me engano são as “calça legging”). E além de malhar, ainda tinha as danças... e muitas são da Igreja. Aliás muitos conhecidos da Igreja ficavam lá “admirando” e observando a podre exposição do templo do Espírito Santo. Muitos podem falar que é porque era um ambiente secular, mas isso ocorre na Igreja também. Certa vez uma ministra servia na Missa usando saia, deixando as pernas à mostra. Aí se me vem uma criança apta a receber a Comunhão, e ela vai receber de joelhos... É triste. Enfim...
          Precisamos ensinar a piedade, e a ter vergonha na cara desde cedo. Nas catequeses, nas homilias, nos encontros. Parece que por respeito humano, tendo medo de dizer a verdade as pessoas se calam e fica essa pouca vergonha. Já estou cansado de sair da minha confissão e ao passar da porta da Igreja ter que enxergar apenas o asfalto, porque devo reclinar a cabeça porque vinha a minha frente uma imunda com shorts curto, ou minissaia, ou tapa-sexo. Isso quando ainda pra isso preciso sair da Igreja não é mesmo? E mesmo pra quem ta fora, se as pessoas que estão na Igreja não fossem tão mornas e conivente com o pecado, muitas não teriam saído da Igreja e tornado o que vinheram a se tornar. Se a catequese tivesse sido bem dada, muitas não teriam saído após a Primeira Comunhão ou Crisma. A roupa, muitas vezes, vai mostrar muito do que é a pessoa. E infelizmente o vestuário de muita gente na Igreja mostra pessoas impiedosas e sem respeito a Deus, que pra ser diferente das pessoas do mundão, tem o status de pecador de carteirinha católico. (ou protestante, tem muitos que falam dos católicos mas tem esse fogo do mau 3x pior).
         Chega dessa apostasia. Chega! Homem ou mulher, ambos cometem tais erros absurdos. Mas se querem continuar vivendo nesse erro, indo pra suas festas mundanas profanadoras, continuem. Não é bom que continuem, mas querem, são livres. Mas por favor, evitem fazer isso dentro da Igreja, não quero cair por causa de vossa impiedade, assim como também já pude ter sido queda pra outros por tantos outros motivos. Uma hora o amor que dizemos ter a Deus tem que parar de ser uma frase que sai da boca, mas uma atitude que até os cegos vêem a mudança e o amor na prática. Entendido? Quer usar o “tapa-sexo” na rua? Use, espero que você não passe por mim. Mas não use na Igreja, pois você com seu “tapa-sexo” pode derrubar a mim e a tantos outros que vão a Igreja buscar a santidade. Muitos me criticarão e dirão que não tenho piedade; realmente, piedade é deixar a coisa como está? Como faz falta pessoas leigas ou consagradas, que sejam como São Padre Pio, que expulsava as mulheres que iam com roupas indecentes pra Igreja aos gritos de “suas porcas, suas imundas”. Calou, se proliferou. (lembrando que tudo isso vale pros homens também).
         E pra terminar, a roupa que você usa a Virgem Santíssima usaria? Ou São José no seu caso rapaz... A cantora Beyoncé, se diz católica e canta a música Ave Maria. Existe um vídeo dela que ao interpretar “Ave Maria” a roupa que ela usa não seria usada nem por Maria Madalena antes de encontrar Jesus Cristo, quanto mais pela Virgem Maria. Rapazes e moças, se seu vestuário não é santo, como desejas alcançar a santidade uma vez que devemos ser santos porque o Pai é santo? (cf. Levítico 19,2). São José e Nossa Senhora sejam seus modelos de moda.
         Shalom!








































Fonte:http://catolicoargrade.blogspot.com.br/2012/03/mulheres-o-veu-nao-e-obrigatorio-mas.html

Tirinhas da Maria

domingo, 8 de abril de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!


Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

A Modéstia da Santíssima Virgem

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Modéstia da Santíssima Virgem - Pregação do Frei Paulo Maria OFM Conv, nosso diretor espiritual.