Uma freira no Oscar!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Copio aqui um interessante artigo que recebi via email [o artigo vai tal qual o original. Onde se escreve "Mãe", entenda-se "Madre"]. Como é belo contemplar na prática a alegria daqueles que “venderam tudo o que tinham para  ficar com a pérola escondida no campo”. E você, já descobriu sua vocação?
     Nos anos 50 e 60, Dolores Hart era uma jovem e linda estrelinha em ascenção no cinema, fazia filmes com os galãs mais lindos e famosos da época. Atuou ao lado de Elvis Presley e até dizem que se apaixonou por ele e especulam se Elvis não teria sido o motivo que a fez largar tudo e entrar para um convento…
     Em 1962, na última vez em que Dolores caminhou sobre o tapete vermelho rumo ao Academy Awards, ela era uma jovem atriz de bochechas rosadas, cujo contrato valia US$ 1 milhão e que fora a primeira a beijar Elvis na tela. Mas, não mais que de repente, ela largou tudo, sumiu! Desapareceu tão completamente do foco da mídia e dos olhos do público que se tornou praticamente uma miragem do passado…
     Contudo, amanhã, neste domingo, Dolores Hart estará pisando novamente o red carpet do Teatro Kodak em Hollywood, na festa de entrega do Oscar e por um motivo muito especial: um documentário sobre sua vida é candidato ao prêmio! Porém, ao contrário das outras celebridades, ela não vestirá nenhuma roupa de griffe ou usará joia de marca importante. Estará vestindo o seu hábito negro, da congregação Beneditina, da qual é freira, e se mostrará como a mulher que escolheu ser: Mãe Dolores, como Superiora da Ordem em que vive em clausura nos últimos 50 anos, nos Estados Unidos, numa fazenda em Bethlehem, Connecticut, na Abadia de Regina Laudis, levando uma vida de trabalho duro, contemplação e orações… 
     Com 73 anos de idade, Dolores Hart, ou melhor, Mãe Dolores concordou em fazer esta rara aparição para prestigiar o documentário, que conta a sua história de vida, indicado para o Oscar, God Is The Bigger Elvis
     Nunca dantes na história da estatueta dourada, uma candidata ao Oscar chegou àquela festa andando de bengala e vestindo hábito, mas Mãe Dolores irá assim e com muita alegria, dizendo-se entusiasmada em participar daquela grande noite, mesmo que por ventura tenha que subir no palco… 
     Amanhã, ela surgirá no Oscar com os mesmos lindos olhos azuis e a mesma beleza serena, que a fizeram ser, tantas vezes, comparada a outra estrela da época, Grace Kelly
      O ano era 1957, quando Dolores Hart tinha apenas 18 de idade e estreava na tela como a namoradinha que beijava Elvis, no segundo filme do rei do rock, Loving You, causando inveja nas meninas de todo o mundo… 
     Loving You a fez famosa e ela logo atuou em outros filmes com grandes galãs, como Montgomery Clift e Anthony Quinn, e mais outro com Elvis, King Creole, em 1958. Nos cinco anos seguintes, ela fez mais nove filmes, inclusive a a comédia musical “cult” Where The Boys Are, com outro bonitão, George Hamilton. E a música, ninguém esqueceu: Where the boys are/ Someone waits for me
     Mesmo trabalhando como atriz, Dolores permanecia uma católica romana devotada, de ir à missa todos os dias, levantando-se às seis da manhã. E sempre rezava o terço durante todas as filmagens. Em 1963, atuou em seu último filme, Come Fly With Me, no papel de uma aeromoça. Em entrevista na época, ela se queixou de que o lado emocional da profissão era muito triste, pois, durante 10 semanas ou mais, eram trabalhos intensos de filmagens e amizades estreitas estabelecidas com pessoas que depois ela nunca mais voltava a ver…
      Foi quando Dolores trabalhava numa peça na Broadway que um amigo sugeriu que ela fosse descansar um fim de semana numa cabana em um convento católico em Connecticut. Ela foi e encontrou ali a paz que procurava desde a infância. Quis logo ingressar no convento, mas foi considerada jovem e imatura. Só depois de três anos foi aceita, terminando antes um noivado de cinco anos com um arquiteto de Los Angeles. E nunca mais voltou atrás… O ex-noivo jamais a esqueceu, mas aceitou os desígnios de Deus e até sua morte continuou devotado a ela, fazendo-lhe visitas e ajudando financeiramente o convento. Uma história de vida que realmente vale um filme…
     Quem não gostou nada foram os chefões do Studio MGM, que, furiosos, consideraram a conversão uma traição, e atribui-se muito a esse despeito o rumor difundido na época de que ela teria se apaixonado por Elvis Presley e estaria se escondendo num convento para dar a luz a um filho ilegítimo do cantor, tendo virado freira devido ao amor não correspondido. Dolores se calou, mas hoje que lhe é dada a oportunidade de ser escutada diz que preferiu servir ao Rei dos Reis, do que fazer filme com o Rei Elvis 
     Mãe Dolores, que vemos nas fotos acima, continua votando para o Oscar, já que faz parte da longa lista dos membros da Academia, e assistindo aos filmes em DVDs, que recebe da Academia. É a sua maneira de saber o que se passa no mundo lá fora. O documentário a seu respeito expõe sua luta, doenças graves e problemas financeiros que enfrentou no convento, onde reza sete vezes ao dia com suas irmãs, desde que se tornou freira, quando tinha apenas 25 anos de idade…

Fonte:http://www.padredemetrio.com.br/2012/02/uma-freira-no-oscar/

Mais uma da série:' Com uma declaração dessas...'

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!

[...]Shailene Woodley, do filme 'Os descendentes', que usou um vestido muito fechado com mangas longas, o que não favorece uma atriz com tão pouca idade. É um vestido que faz você ganhar algumas décadas ao usá-lo. Teria que ser, pelo menos, transparente. Ela poderia ter usado ainda um decote ou uma fenda, especialmente com a idade que tem. (Estilista Arthur Caliman). 

     Sinceramente não é preciso acrescentar mais nada após essa declaração infeliz de um homem que se diz estilista. Olha só o que a mídia está implantando na sociedade! O velho e ainda tão perigoso conceito "o que é bonito tem que ser mostrado". 
Se pra ele roupa modesta envelhece, então só quero me vestir como anciã.

Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Nossa Senhora, exemplo perfeito de modéstia

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Por Luciana Lachance
Nossa Senhora, exemplo perfeito de modéstia



  Pode-se afirmar que a mulher, “olhando para Maria, nela encontrará o segredo para viver dignamente a sua feminilidade e levar a efeito a sua verdadeira promoção.” JPII
     Quando dizemos que Nossa Senhora é exemplo perfeito de modéstia, queremos dizer não apenas que Ela foi modesta como nenhuma outra jamais foi ou será, mas estamos precisamente dizendo que Ela é a modéstia por excelência, i.e., não é Maria Santíssima quem encarnou os atributos da modéstia, mas foi Ela quem deu razão para que os atributos existissem.
     O exemplo de Nossa Senhora é perfeito porque perfeita é a Mãe de Deus, e como Suas filhas devemos seguir a Sua modéstia, e não a modéstia dicionarizada ou a modéstia contemporânea fora de seu contexto católico. É esta modéstia - e nenhuma outra que não seja por Ela, ou para Ela - que nos manterá na salvaguarda de nosso corpo, onde habita Deus[1], e de sermos ocasião próxima de pecado.
     Alguém poderá dizer: “Que absurdo eu ser modesta como Nossa Senhora! Certamente jamais conseguiria tal coisa!”, e com isso nós concordaríamos facilmente, uma vez que ninguém pode ser como Nossa Senhora em nenhum aspecto, posto que uma agulhada numa roupa dada por Maria deu mais glórias a Deus que todas as obras e sacrifícios de todos os santos que já existiram.[2] Mas como o próprio Deus nos exortou a ser santos como Ele (“Sede santos como vosso Pai Celestial é santo” Mt 5, 48), entendemos com isso que temos a obrigação de buscar a santidade, embora não possamos ser como Deus. E como aquele que busca está naturalmente atrás (poderíamos dizer abaixo) de algo, foi-nos dado o exemplo de realmente buscar Deus, que é perfeito (coisa que jamais seremos) e não alguém santíssimo, porém humanamente viável – pois se nosso exemplo fosse humano, não teríamos os santos grandiosos que temos.
     A história de todos os santos é uma história dessa busca pela santidade de Deus, que em si mesma sendo inalcançável, pela graça redentora torna-nos possível participar dela. Os santos tiveram certamente como exemplo, outros grandes santos e santas atrás deles, mas apenas porque esses também buscaram a Deus e lhe facilitavam o caminho nessa mesma busca. Por isso eles foram santos.  E se nós quisermos ser modestas, teremos de buscar aquela que é a pura modéstia, Nossa Senhora, e não faremos isso nos justificando a todo o momento de que não é possível ser como Ela. Já sabemos disso. Nossa obrigação permanece: como ser santo é a recompensa de quem busca a Deus, ser modesta é a de quem busca Nossa Senhora.
     Mas o que significa dizer que Nossa Senhora é mesmo nosso modelo de modéstia? Será que é por acaso apenas usá-La como inspiração nas nossas orações, enquanto para a nossa conduta moral vamos atrás das celebridades das novelas e de Hollywood? Quais são nossos reais entraves para tê-La como modelo? Será que ao falar das modas e das roupas adequadas a uma cristã, a impossibilidade é a de cobrir “muito o nosso corpo ou é a nossa impossibilidade – construída pelo apego de longos anos – de nos enxergar numa imagem totalmente diferente da “mulher ideal” apresentada em nossos dias?
     Sim, porque a mulher imodesta de nossos dias não se restringe àquelas que usam micro-comprimentos, mas sobretudo, a que deseja ser eternamente jovem, cujos braços estão à mostra numa regata que tampouco cobre completamente a sua barriga, e cujo complemento é quase sempre uma calça jeans ou uma saia acima dos joelhos; ou aquela que veste terninho em alguns trabalhos, que usa vestidinhos de alcinha em outros, que deixa o sutiã aparecer e que usa biquíni ou maiô na praia.
     Não é exatamente isso o que as católicas, de uma maneira geral, estão usando? Mas se o mundo hoje não é mais influenciado pela Civilização Cristã - mas a odeia de morte - não é contraditório achar que a Moda deste mundo produziu tantas coisas para serem usadas pelas católicas, sem ferir a modéstia?  Se a moda atualmente é produzida (pensemos nos estilistas, nos patrocinadores, nas grifes, nos modelos de beleza) apenas por pessoas sem qualquer valor evangélico, como acreditar que essa mesma moda atenda às necessidades da mulher católica, que precisa defender a sua pureza? Ou o mundo não é mais mundo ou estas mulheres católicas querem forçadamente igualar moda mundana com moda modesta, como se fosse possível agradar a Deus e a satanás.
     Se a moda, como pretendem alguns, fez tantas roupas que estão aí para serem usadas pelas católicas que têm Nossa Senhora por modelo, então por que a idéia de ver Nossa Mãe vestida com esses trajes da moda atual nos aterroriza? Por que nos sentiríamos ofendidas se víssemos uma imagem de Maria usando calças ou regata? Não apenas diríamos que isso estaria inadequado ou que não haviam calças na época de Nossa Senhora, mas sentiríamos verdadeiro furor. No entanto, alguma de nós fica indignada ao ver Nossa Senhora de Dong Lu vestida de maneira tão diversa da que estamos acostumadas? Não.  Então, no fundo, sabemos que grande parte do que a moda atual comercializa – consumida pela grande maioria – é mesmo indigno da mulher católica; não só porque é indigno de vestir uma Rainha, mas porque indigno moralmente
     Lembramos que as católicas antes de nós não chegaram até o século XX com determinado padrão dos comprimentos das roupas por feliz coincidência, ou porque nenhuma delas quis “interpretar” os princípios morais da Igreja de maneira divergente. Séculos se passaram – com suas extravagâncias, com seus decotes condenáveis – mas um padrão de modéstia na veste feminina se manteve (tal como podemos verificar facilmente em qualquer história da moda) porque regras foram rigorosamente estabelecidas e seguidas.
Hoje algumas católicas sentem verdadeira frustração por terem de mudar a sua imagem de maneira tão radical, e sofrem porque não entendem que padrão de modéstia é esse que precisa ter todo o corpo “tapado”. Uma vez que as pessoas foram tão despidas, e que a maioria das filhas de Nossa Senhora usa roupa de praia sem maiores constrangimentos, parece inexplicável ter que aumentar o tamanho de uma manga ou de uma saia. Mas se a mulher católica admite que os princípios da Igreja para a modéstia não mudam, e apesar disso escolhe um vestido de alcinhas para casar e comungar, então ela está ridiculamente contradizendo a si mesma afirmando que segue os mesmos princípios de uma católica piedosa do século VI ou do século XVII.
     Podemos admitir que éramos ignorantes e não nos era conhecido o fato de que andávamos por aí de maneira escandalosa, apesar do intuito de sermos boas pessoas, ou podemos passar o resto da vida sendo ocasião de pecado e completamente empedernidas no objetivo de tornar modestos todos os modelos aos quais estamos apegadas.
A exortação de ter Nossa Senhora como modelo de modéstia não é apenas uma sugestão piedosa, ela é uma obrigação moral, pois se somos católicas devemos imitar Nossa Mãe em tudo. Nossa Senhora deve e de fato serve de exemplo a todas as vocações femininas, pois se tendemos a pensar Nela apenas como contemplativa, silenciosa, em constante oração (e rapidamente A associamos com a vida de religiosa ou consagrada), nos esquecemos de que Nossa Senhora foi esposa, mãe e rainha do lar. E como esse papel foi duramente atacado nas últimas décadas, já não podemos conceber a maternidade como a Igreja nos ordena, mas colocamos em seu lugar a imagem de que a mulher casada tem a constante preocupação de manter a aparência em disputa com as demais, como se para manter o casamento ela precisasse sempre estar no “páreo”.
     Tragicamente, dizemos que a mulher casada não “pode” estar tão modestamente vestida, como se nossas obrigações de ser uma digna esposa e cuidar dos filhos exigisse menor quantidade de pano. A vocação da mulher casada foi transfigurada porque antes a própria mulher o foi; o matrimônio se transformou num espaço que legitima a conduta de tantas mulheres que reproduzem o estilo de vida antes reservado àquelas que escolhiam a perdição: preocupação constante de não engravidar, de não envelhecer e de realizar desejos sexuais. Quantas de nós já não repetiram a infame máxima de que se quiséssemos ser “puras” teríamos virado freiras?
     Mudar com vistas à verdadeira modéstia é também o desafio de superar essa terrível imagem, pois muitas são as que desistem da mudança por não querer perder o interesse do cônjuge. Elas têm medo de perder, na terra, algumas falsas “prerrogativas”, mas não temem arriscar a eternidade. Não seria mais prudente ajudar também o seu  esposo a purificar o seu olhar e juntos serem um autêntico casal católico?
     Por fim, é bastante lamentável que algumas católicas estejam tão ávidas em afirmar a impossibilidade de cobrir “tanto” o corpo como Nossa Senhora, contradizendo o clássico testemunho de tantas santas que assim o fizeram em 2000 anos de civilização cristã. No momento de fazer tal reivindicação, as católicas do século XXI reclamam do sol ou do vento, do trabalho, dos esportes radicais e acusam de puritanismo qualquer menção da necessidade de pudor na veste. Mas não se trata simplesmente de aumentar arbitrariamente o tamanho das mangas ou saias, mas antes de tudo, de tomar consciência das transformações pelas quais passamos, não só na moda, mas de toda uma concepção do papel feminino no mundo. Se algumas dessas transformações foram violências cometidas contra o nosso pudor e a nossa religião, nós temos o direito de saber e a obrigação de reagir.
     Sim, nós usávamos biquíni desde que nascemos, mas uma vez que sabemos a história monstruosa por trás desse costume, não podemos passar os próximos anos em abstinência, para a glória de Deus? Recebemos esta graça e acaso vamos jogá-la fora porque hoje a sociedade nos diz que tudo foi superado? A mesma sociedade que legitima o aborto, o divórcio, a imodéstia e tantas coisas mais? O que é isso? Estamos no cúmulo da mediocridade traindo a nós mesmas?
     Para aquelas que enfrentam tantas dificuldades na hora de mudar, mas que estão sinceramente empenhadas em fazer a sua parte para ter Nossa Senhora como modelo absoluto de modéstia, eu indico o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, e também o texto Da obrigação de tender a perfeição, de Adolph de Tanquerey[3]².  Se o seu desejo de seguir a moda é forte e está atrapalhando a sua mudança, o tratado ensina como “trocar de vontade” com Maria, de maneira que tudo pode ser entregue nas mãos de quem certamente fará infinitamente melhor para Deus. E se ainda assim a sua vontade quer estacioná-la no caminho de santidade, o texto de Tanquerey nos relembra que “se deixamos de fazer esforços por avançar, os nossos vícios acordam, retomam forças, atacam-nos com mais viveza e freqüência. (...) O meio mais eficaz para assegurar a salvação da alma, é tender à perfeição, cada um segundo o seu estado”.
     São palavras que nos exortam no que toca nossa grande responsabilidade de buscar o Céu e fazer uso do sacrifício que Nosso Senhor fez na cruz, pois por vezes nos esquecemos de como esse caminho é árduo, e por isso flertamos com o perigo ou com a moda, como diz o Papa[4].
     Como ensina São Luis Maria Grignion, esse caminho será suavizado com Nossa Senhora, por todas as graças que Ela derramará nas nossas vidas, caso desejemos estar inteiramente submissas ao Seu sacratíssimo exemplo.
 

[1] “Vocês que piedosamente vestem o altar e o sacrário nunca devem esquecer que carregam Deus dentro de si pela habitação da graça em suas almas. Essa presença divina faz não só suas almas, mas também seus corpos, templos sagrado”. S.S Pio XII
[2] Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. São Luis Maria Grignion de Montfort
[4] “Queremos insistir de uma maneira especial, porque, por um lado, sabemos que certos estilos de vestuário que estão começando a ser aceitos pelas mulheres são provocadores do mal, e por outro lado nos causa espanto ver que quem favorece o veneno parece ignorar a sua ação maléfica, e quem incendeia a casa parece ignorar a força destruidora do fogo. Mas somente a suposição de tal ignorância torna explicável a infeliz extensão que teve em nossos dias uma moda tão contrária àquela modéstia que deveria ser o mais belo ornamento da mulher Cristã”. S.S Bento XV

A modéstia nos decotes

Por Andrea Patrícia


blusinha lacinho vermelha
     Na caminhada rumo à modéstia há várias questões que ficam “martelando” na cabeça da gente. Quero ir aos poucos conversando com vocês sobre cada uma delas, deixar aqui minhas considerações e meditações para que vocês também possam pensar no assunto e quem sabe possamos trocar idéias.
     Quando eu comento sobre a importância do tamanho do decote, as pessoas podem se perguntar: “Porque devemos ter cuidado com os decotes?”.
     Porque quando estes são grandes (cavados, profundos), quando ultrapassam muito da cavidade da garganta (aquela cova que nós temos bem em cima do tórax, na parte de baixo da garganta mesmo), terminam por expor mais do que deveria ser exposto. Por exemplo, ao abaixar para pegar algo no chão, este decote abre e quem estiver por perto vai conseguir ver o busto e dependendo do vestido até o resto do corpo. E isso é muito deselegante!
Outro caso é o da linha do busto que pode ficar exposta ao usar decotes grandes. Essa linha do busto já é o começo dos seios e não deve ficar para fora. Tal linha chama a atenção e daí o cuidado (há homens que vivem uma luta para conseguir se concentrar no que uma mulher está falando, pois o tempo todo seus olhos são desviados para os seios dela, em vez de  ficar em seu rosto). É importante que a mulher saiba resguardar sua imagem e cuidar de seu tesouro.
     Um decote que seja mais próximo da cova da garganta termina por proteger nossas partes íntimas dos olhares alheios, conseqüentemente ajudando a manter a compostura favorecendo uma imagem modesta e elegante.
     Para aquelas que são cristãs (1), há algo mais: como sabemos que os homens são naturalmente atraídos por muita pele exposta, pelo busto e pela área em volta deste (colo, laterais dos seios, axilas), temos que ter cuidado com nossas vestes, pois sabemos que a atração exercida em nossos irmãos favorece as ocasiões de pecado, coisa que é muitíssimo importante evitar.
     Lembro então da Beata Jacinta (2) que conversou com Nossa Senhora em Fátima. Vejam este trecho sobre os decotes e as roupas imodestas:
“O que mais a fazia sofrer, porém, era ver algumas enfermeiras ou outras pessoas que vinham visitar os doentinhos, atravessar a sala num traje pouco modesto.
- Para que serve tudo aquilo? – dizia referindo-se a determinados enfeites e decotes – Se soubessem o que é a eternidade!…”
     Então a mulher cristã é chamada a ser caridosa, a ter amor ao próximo, e sendo assim, deve buscar ser cuidadosa em suas vestes e maneiras não apenas porque isso é bonito e elegante, mas também porque influencia na vida espiritual dela e do próximo. Quando a salvação de almas está em jogo, todo cuidado é pouco.
10 Coisas que os rapazes adoram sobre as garotas

     Claro que cada mulher deve observar o seu tamanho e ver como fazer para utilizar roupas que sejam mesmo elegantes, de modo que não fiquem expondo aquilo que deve ser resguardado. O importante é buscar ter bom senso e  buscar compreender o princípio: ser modesta. Quando compreendemos isso, vamos aos poucos ajustando nossas roupas e nosso comportamento de modo a corresponder a esta visão. Quando isso acontece a gente passa a se sentir com mais liberdade de movimento e mais disposta a socializar mais, com melhor desenvoltura, pois sabe que está protegida e que não vai ser vista como um objeto, nem como uma mulher desleixada, deselegante.
     Então, quando um decote é imodesto? Quando expõe os seios! Esta exposição não precisa ser total para ser indecente. Pode ser o começo do busto, no colo, ou pode ser a lateral que aparece em algumas blusas sem mangas (certas regatas cavadas, alcinhas muito finas, frentes-únicas e tomara-que-caia). Para verificar se isso é verdade basta uma olhadinha nas revistas e sites de moda que ensinam a mulher a ficar mais provocante usando roupas assim! E a mulher cristã não deve querer ser sexy, pois isso é o oposto da modéstia que a Santa Igreja ensina. Então o importante é colocar uma roupa que não exponha a intimidade. É daí que cada mulher deve partir para criar seu visual fazendo com que este seja modesto.
     É claro que há mulheres que não se importam com nada disso, seja porque não entendem a psicologia masculina, seja porque entendem sim e querem aparecer a qualquer custo, seja porque são vítimas da moda. Mas por essas só podemos orar e pedir que abram os olhos e passem a se vestir elegantemente.
Lembrando as conversas da Irmã Jacinta Marto com Nossa Senhora em Fátima:
Serão introduzidas certas modas que ofenderão muito Nosso Senhor.Mais almas vão para o inferno por causa dos pecados da carne, do que por qualquer outra razão.”
     Jacinta comentou mais tarde que as pessoas que servem a Deus não devem seguir as tendências da moda atual. Também disse que a Igreja não tem modas e que “Nosso Senhor é sempre o mesmo”.
     Para todas aquelas que têm um mínimo de consideração e respeito pela “mãe do meu Senhor” (Lucas 1,43), atentem a estas palavras. Leiam, meditem, guardem-nas no coração. Às vezes coisas que parecem tão pequenas podem causar estragos muito grandes!
Então, sabendo de tudo isso, fiquemos atentas a nossa apresentação em público.

Nota: este post sofreu acréscimo em 20-11-09.
 (1) Todas as mulheres que buscam uma vida espiritual, seja de que religião for, deveriam estar mais atentas a isso também.
(2) Comentários da Beata Jacinta à Madre Godinho

Moda sem Modéstia: aberração

Por Vladimir Lachance



 A Moda sem a Modéstia é uma aberração: Mendigo chinês eleito como ícone fashion
 Quando se diz que o mundo moderno se converteu num mundo de loucos, algumas pessoas tendem a tomar esta afirmação como uma espécie de metáfora espirituosa, uma figura para designar que o mundo simplesmente “não anda bem das pernas”. Mas a verdade é que ele de fato enlouqueceu. E isto é conseqüência da descristianização geral dos povos, que já se encontra num estágio bem avançado. Quase não se encontra quem esteja disposto a seguir os mandamentos e os que desejam segui-los hão de encontrar muitos obstáculos, seja no próprio mundo, nos maus sacerdotes, na própria família... São moças que já não pensam como moças, rapazes que pensam como moças, crianças que se comportam como adultos e adultos que fingem ser crianças... Pode-se dizer que o vestuário é o espelho da alma, e por causa disso, é possível, olhando para o que nossa sociedade veste hoje, perceber em que estado se encontra a alma do homem moderno: navegando pela internet, me deparei com a notícia de que um mendigo chinês está sendo considerado um ícone fashion! E o mais curioso é o comentário que a repórter faz sobre o caso: “Adeus ao look certinho, a moda é parecer pobre: calças detonadas, camisetinhas furadas, sobreposições.”(1)
Parece bastante claro que a moda dos últimos dias vem caminhando num sentido explícito de proletarização, mostrando sua identidade com o comunismo, ideologia tão contrária aos princípios da doutrina católica. Nota-se a tendência de extinção das diferenças sociais nos trajes: quando, em outros séculos, determinados cortes e composições eram típicos e próprios de alguns grupos sociais, hoje todos os modelos de roupas estão disponíveis para qualquer um que queira adquiri-los (só é preciso pagar). E o que isto quer dizer? A moda, nos moldes da passarela, grandes grifes, etc., é feita para poucos: pessoas de alto poder aquisitivo. Mas, o que é feito para poucos não é o tipo de roupa, os modelos, cores, etc., e sim apenas a marca da grife que produz a roupa. E isto por quê? Porque as grifes não fazem nada mais nada menos do que as mesmas roupas que se vende em qualquer esquina: calças jeans, camisas pólo, saias simples, vestidos balonês, e outros. Não há nada de especial nas roupas das grifes: não há uma característica própria, não há requinte, não há uma estética mais elevada... nada, além da marca, que a diferencie da roupa de esquina.
Quem não percebe a pobreza, o desrespeito, em tema tão importante? O traje deve refletir a alma; e quão diferentes são as nossas almas! O traje deve refletir também nossa condição social; e quão diferentes são as condições sociais! Mas, quão triste é nossa situação: tantas almas refletindo as mesmas coisas – oferecidas pela moda -, tantas condições refletindo a mesma condição – proletária e pouco nobre.
O caso do mendigo chinês é só mais um sintoma de como nossas almas estão doentes, estão manchadas: realmente, o que o mendigo veste é o que costumamos ver nossos rapazes vestindo. Que rapazes? Todos: os que fazem parte do que deveria ser a elite de nossos tempos, e os que deveriam ser o povo de nossos tempos. Eles se fundiram todos, reproduzindo os mesmos “estilos”, vestindo as mesmas roupas, compartilhando os mesmos “gostos”. Hoje não podemos chamá-los de elite e povo, mas de uma só e mesma coisa: massa. A diferença sadia que deveria existir entre os grupos sociais, que gera toda a riqueza cultural duma nação, com suas manifestações de nobreza, seus costumes populares, desaparece pouco a pouco por conta desta uniformização detestável que vem nos impondo as velozes inovações do mundo moderno.
E se já é muito perigoso para uma sociedade rebaixar suas elites ao nível do povo, quanto mais igualar tudo isto a menos do que o povo: a miséria e miséria moral! Percebamos enquanto é tempo como estamos caminhando para a apologia do comunismo, da miséria, da sujeira, e assim vamos, passo a passo, abrindo as portas para que esta maldita ideologia se alastre pelo mundo inteiro. E encontremos na Santa Igreja a graça para remar contra-corrente.
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Jovem designer ensina mulheres a vestir-se atraentes e com decoro


LONDRES, 03 Fev. 12 / 08:58 am (ACI/EWTN Noticias)

Helena Machin é uma jovem desenhadora de moda inglesa de 30 anos de idade que trabalha para grandes clientes, em Londres. Após a morte de seu irmão e no meio de uma cultura que objetifica as mulheres, decidiu ajudá-las a vestir-se de forma atraente e com decoro. 

Machin sofreu a perda de seu irmão James, há três anos, de câncer. Sua morte e sua aproximação à Igreja a incentivaram a dar uma nova reviravolta à sua carreira como designer.

"Quero investir algo do meu tempo e amor na próxima geração. Quero permitir-lhes abraçar a feminilidade com roupa apropriada e atraente, que ao fazê-lo, isto lhes permite alcançar o pleno potencial que Deus lhes deu", diz ele.

Sobre seu irmão, Helena lembra dele como "alguém que serviu os outros, mostrando-lhes o caminho para Cristo, por seu exemplo heróico e seu bom  humor . El conseguiu ainda que muitos voltem para a fé."

Uma de suas últimas atividades foi uma palestra que deu na quinta-feira  passada na qual explicou as formas diferentes do corpo das mulheres e a melhor maneira de vestir-se de acordo com cada uma.

De acordo com a jovem de 23 anos , Amy Mulvenna, que estuda  para ser crítica de arte, "a maneira em que Helena se refere à feminilidade equilibra a relação positiva entre roupas e a própria personalidade."

"Acho que estamos tão sobrecarregadas pelas revistas mais famosas que é importante não esquecer que a pessoa  deve ser apresentada com respeito. Este equilíbrio dá mais peso e credibilidade à mulher", acrescenta ela.

Para Emily Green, uma estudante da escola de administração do Colégio  Kings em Londres, o trabalho de Helena "redefinir os papéis e a distinção entre homens e mulheres. As mulheres tornaram-se muito masculinizadas para encarar o trabalho. Isso confunde homens e os torna mais violentos quando isto é algo que as mulheres não querem nem esperam. "

"Eu adoro a aproximação de Helena sobre o desenho", acrescenta ela, observando que "todos nós queremos o reconhecimento social e às vezes as mulheres se vestem para se adequar, mas não percebem que isto gera menos respeito. Se você não respeitar os outros então não pode esperar respeito dos outros. "

"Eu vim porque eu queria ter uma idéia melhor sobre como se vestir melhor", disse Vicky Weissmann estudante de medicina. "Se você está cômoda com o que você veste, então você tem mais confiança. Eu também acho que é cortês com os outros vestir-se bem", acrescenta.

Helena, que se aproximou do Opus Dei e decidiu viver a sua vida cristã santificando o trabalho, iniciou uma série de projetos como um curso intensivo que dará no Centro Baytree em Londres para meninas entre 14 e 18. Também dará uma série de palestras em universidades e escolas.

Um conselho final de Helena é o seguinte: "Se você quer ser tratada como uma dama, vista-se como uma dama."

Mais informações (a partir do dia 06 de fevereiro, em Inglês): www.stylemasterclass.com

Quarta-feira de Cinzas

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

QUARESMA

A CAMINHO DA PÁSCOA


Começamos na Quarta-feira de Cinzas uma solene e generosa caminhada que nos vai conduzir à Páscoa da Ressurreição do Senhor. Como poderemos vivê-la de acordo com a vontade do Senhor, manifestada na Liturgia da Igreja?
Trata-se de responder com seriedade, com honradez humana e sobrenatural, ao apelo à conversão (= libertação) que o Senhor nos dirige. Algumas sugestões poderão ajudar a nossa generosidade pessoal.
No que se refere à vivência da Quaresma, o Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, recomenda o seguinte:
«Ponham-se em maior realce, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Baptismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal. Por isso:
a) utilizem-se com mais abundância os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal e retomem-se, se parecer oportuno, elementos da antiga tradição;
b) o mesmo se diga dos elementos penitenciais. Quanto à catequese, inculque-se nos espíritos, de par com as consequências sociais do pecado, a natureza própria da penitência, que é detestação do pecado por ser ofensa de Deus; nem se deve esquecer a parte da Igreja na prática da penitência, nem deixar de recomendar a oração pelos pecadores.
A penitência quaresmal deve ser também externa e social, que não só interna e individual. Estimule-se a prática da penitência, adaptada ao nosso tempo, às possibilidades das diversas regiões e à condição de cada um dos fiéis. Recomendem-na as autoridades a que se refere o art. 22.
Mantenha-se religiosamente o jejum pascal, que se deve observar em toda a parte na Sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor e, se oportuno, estender-se também ao Sábado santo, para que os fiéis possam chegar à alegria da Ressurreição do Senhor com elevação e largueza de espírito. (110).[1] »
Guiados por esta indicação, apresentamos as seguintes sugestões, em ordem a viver o melhor possível o tempo da Quaresma, a caminho da Páscoa da Ressurreição do Senhor.
I. OUVIR COM MAIS FREQUÊNCIA A PALAVRA DE DEUS

Formação doutrinal

Leitura da Paixão do Senhor. Poderia fazer-se, em cada família, a leitura de um trecho da Sagrada Escritura todos os dias, em momento oportuno.
Esta leitura poderia ser em forma de Lectio divina, de tal modo que nos ajudasse a fazer oração pela Bíblia.

Estudar o Catecismo da Igreja Católica. Na sequência do Concílio Vaticano II, foram publicados o Catecismo da Igreja Católica e o Catecismo da Igreja Católica: Compêndio. Este último está elaborado com perguntas e respostas, lembrando o Catecismo de S. Pio X, para facilitar a memorização da Doutrina.
É inegável a ignorância religiosa, mesmo entre os que se auto-classificam católicos praticantes. As pessoas pronunciam-se sobre as verdades da fé e da moral católica sem qualquer conhecimento. De modo inconsciente, estão a repetir o que ouvem na Rádio, na Televisão, ou à mesa do café.
Com a família ou famílias reunida(s) poderia fazer-se o estudo deste Catecismo, lendo um pequeno trecho – pela mesma pessoa, ou por leitores à vez –, seguida pelo comentário de cada um dos presentes.

II. ORAÇÃO MAIS FREQUENTE

Entre outras formas de oração, indicam-se especialmente, para este tempo, as seguintes:

Via Sacra. É uma devoção tradicional em que meditamos a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Consta de 14 estações (alguns acrescentam-lhe a 15ª sobre a Ressurreição) que nos ajudam a percorrer um caminho espiritual e a compreender melhor a Pessoa de Jesus e o Amor que tem por nós. A Via Sacra é, fundamentalmente, uma escola de Amor e apelo à doação.
Podemos fazê-la em grupo, ou em casa, se há qualquer impedimento (doença, prisão, etc.). O fundamental à meditar na Paixão de Jesus. [2]

Terço em Família. É a oração recomendada por Nossa Senhora e pelos Santos Padres. Também a família é chamada a converter-se nesta Quaresma. A oração em comum é o caminho que muito a pode ajudar.
Lectio Divina. É uma forma aprofundada de oração, a partir da leitura da Sagrada Escritura, que exige de nós disponibilidade de tempo e de espírito. Surgiu nos mosteiros e foi promovida por grandes mestres da espiritualidade, como S.toAgostinho, S. Jerónimo, S. Gregório Magno e outros. [3]
Inicia-se, como toda a oração, pela preparação do ambiente exterior e interior, avivando a fé, preparando o lugar onde se realiza o encontro: coloca-se a Bíblia aberta numa estante ou sobre a mesa. Também os participantes se preparam, não só com a sua postura, mas ainda com um «coração limpo». Façamos um acto de humildade e um acto de contrição. Cada um deve trazer a Bíblia ou um texto impresso.
a) Invoca-se o Espírito Santo para que, assim como Ele fez que a Palavra se convertesse em livro, também o livro se torne Palavra.
b) Procura-se a passagem bíblica indicada e preparam-se perguntas que, a partir da vida, ajudem a compreender o texto. Lê-se, em primeiro lugar, a sós ou em grupo, essa passagem da Escritura, e se possível, há-de ser introduzida ou explicada por uma pessoa competente.
c) Segue-se um tempo de meditação individual em silêncio, aprofundando do sentido do que se leu, eventualmente com a partilha da palavra.
d) À medida que se formos escutando o que Deus nos diz, respondamos com a oração, a qual pode tomar diversas formas: de arrependimento, de acção de graças, de intercessão, de súplica ou de louvor;
e) Na medida da graça do Espírito Santo, esta oração desabrocha em saborosos momentos de contemplação, que tornam mais viva e cheia de intimidade a comunhão com Deus, e predispõe-nos para uma vida mais santa e mais activa no apostolado.

III. OBRAS PENITÊNCIA
Sobre este tema, a Lei da Igreja assinala o seguinte:
Obrigação da penitência. Todos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma observância comum de penitência, prescrevem-se os dias de penitência em que os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência, segundo as normas dos cânones seguintes. (Cânone 1249).
Práticas de penitência. O cânone enuncia-as:
a) a oração. Não se diz que os fiéis se dediquem a ela durante o tempo penitencial exclusivamente, mas que o façam «de modo especial».
b) As obras de caridade e de piedade. Podem ser muito variadas. Basta recordar as obras de misericórdia e as muitas práticas de piedade tradicionais na Igreja.
c) o cumprimento fiel e amoroso dos próprios deveres, uma das formas de penitência mais agradáveis ao Senhor.
d) o jejum e a abstinência, quer submetendo-se humildemente às prescrições da Igreja nesta matéria, quer por iniciativas pessoais generosas.
Dias e tempos de penitência. Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma. (Cânone 1250).
a) São dias penitenciais todas as sextas-feiras do ano. Esta norma, possivelmente, encontra a sua origem, na lembrança da morte de Cristo e vem desde os tempos apostólicos, sem qualquer interrupção.
b) Quanto aos tempos, resumem-se à Quaresma tradicional, embora as formas de penitência em nossos tempos tenham recebido uma atenuação notável nos últimos tempos, não só pelas diversas condições de trabalho em que as pessoas vivem, como também para chamar a atenção que a principal penitência é a interior. Acrescente-se ainda a preparação dos catecúmenos para o Baptismo no final da Quaresma, na celebração da Vigília Pascal.
A Constituição sobre as Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium (n.º 109) sublinha o especial carácter penitencial da Quaresma, indicando que as práticas de penitência devem fomentar-se «de acordo com as possibilidades do nosso tempo e dos diversos países e condições dos fiéis.»
Práticas próprias dos dias penitenciais. Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na quarta‑feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Cânone 1251).
Indicam-se neste cânone as práticas próprias dos dias penitenciais, e distingue quatro categorias delas: a) As sextas-feiras, em geral; b) as sextas-feiras que coincidem com as solenidades; c) a Sexta-Feira Santa; e d) a Quarta-Feira de Cinzas.
Abstinência. A norma geral consiste na abstinência de carne ou de outro alimento que determine a Conferência Episcopal, em todas as sextas-feiras do ano. O «outro alimento» de que se fala deve ser entendido à luz do cânone 1253, no qual se confia às Conferências episcopais a missão de concretizar esta forma de penitência com opções alternativas.
Havendo a coincidência da sexta-feira com uma solenidade, mesmo que não seja de preceito, a abstinência não é preceituada neste dia.
Sexta-Feira Santa continua uma tradição que a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium recolheu: «há-de ter-se como sagrada» e «celebrar-se em toda a parte» (SC 110). Esta tradição concretiza-se no jejum e abstinência.
O jejum. Esteve sempre unido à abstinência, ou seja, quando há jejum, há abstinência. No entanto, a penitência de Sexta-Feira Santa tem um carácter pascal, pois o tempo festivo da Páscoa inicia-se com a celebração da Missa Comemorativa da Ceia do Senhor, na tarde de Quinta-Feira Santa, dando princípio ao Tríduo Pascal.
Quarta-Feira de Cinzas é também dia de jejum e abstinência, pois neste dia começa a grande caminhada da Quaresma.
Sábado Santo não é dia de jejum nem abstinência, embora a Constituição Litúrgica (110) recomende a continuação do jejum, por ser parte do «jejum pascal».
«É importante sublinhar o valor não só ascético, mas também sacramental das sextas-feiras do ano e da Sexta-Feira Santa, como expressão do seguimento de Cristo no dia semanal e anual consagrado à memória da Sua Paixão». [4]
Sujeitos da lei da abstinência e do jejum. Estão obrigados à lei da abstinência os que completaram catorze anos de idade; à lei do jejum estão sujeitos todos os maiores de idade até terem começado os sessenta anos. Todavia os pastores de almas e os pais procurem que, mesmo aqueles que, por motivo de idade menor não estão obrigados à lei da abstinência e do jejum, sejam formados no sentido genuíno da penitência. (Cânone 1252).
O cânone estabelece o seguinte:
a) Sujeitos à lei da abstinência: as pessoas que completaram catorze anos de idade, sem qualquer limite de idade para terminar esta obrigação, a não ser a doença ou outra causa semelhante.
b) Devem observar a lei do jejum as pessoas que completaram dezoito anos de idade (cfr c. 97 § 1) até completarem os cinquenta e nove (cfr c. 203).
c) Pedagogia penitencial. Os pastores de almas, os pais e outros educadores hão-de procurar que sejam formados no sentido genuíno da penitência também aqueles que, por motivo de idade inferior à que está prescrita, não são obrigados à lei da abstinência e do jejum.
Como sugestões neste sentido, temos a oração, as obras de piedade e de caridade e o cumprimento das próprias obrigações (cfr c. 1249). É muito importante ainda uma recta formação da consciência das crianças e adolescentes em tudo o que se relaciona com o cumprimento dos deveres, porque os ajuda a superar o voluntarismo, a preguiça e o egoísmo, com a imitação amorosa de Jesus Cristo.
Concretização da abstinência ou jejum
Fazendo uso desta faculdade prescrita pelo cânone 1253, a Conferência Episcopal Portuguesa, pela Instrução Pastoral de 2.II.1982 sobre a Disciplina Penitencial, estabeleceu algumas normas. Mais tarde, nas Normas de observância penitencial para as Dioceses Portuguesas, de 28.I.1985, [5] reformulou toda a matéria porque, entretanto, havia sido promulgado o novo Código de Direito Canónico (25.I.1983).
Em todas estas Normas da CEP está latente o espírito da Constituição Pænitemini de Paulo VI.
«O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a uma única refeição, embora não se excluísse que pudessem tomar-se alimentos ligeiros às horas das outras refeições (pequeno almoço e jantar
«Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir opreceito do jejum, privando-se de alimentos ou bebidas que constituem verdadeira privação ou penitência».
Entre as alternativas ou substituições da abstinência, mencionam-se:
a) A oração – «o exercício da via-sacra; a recitação do rosário; a recitação de Laudes e de Vésperas do ofício das horas, a participação na Santa Eucaristia; uma leitura prolongada da Sagrada Escritura».
b) A esmola: «poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens materiais. Esta partilha deve ser proporcional às posses de cada um e deve significar uma verdadeira renúncia a algo do que se tem ou a gastos disponíveis ou supérfluos».
«Os cristãos que escolheram como forma de cumprimento do preceito da penitência uma participação pecuniária orientarão o seu contributo penitencial para a finalidade determinada, a indicar pelo Bispo diocesano».
«Os cristãos depositarão o seu contributo penitencial em lugar devidamente identificado em cada igreja ou capela, ou através da Cúria diocesana. Na Quaresma, todavia, em vez desta modalidade ou concomitante com ela, o contributo poderá ser entregue no ofertório da Missa dominical, em dia para o efeito fixado».
Outras mortificações voluntárias, na medida das possibilidades e generosidade de cada pessoa.
Lembramos a abstinência do tabaco para os que têm o hábito de fumar; dispensar alguma vez o transporte para pequenas distâncias ou utilizar os transportes públicos; mortificação na comida e bebida, referente à qualidade ou à quantidade, etc.

IV. EXERCÍCIO DA CARIDADE

Visita aos doentes e idosos. Uma ajuda muito agradável a Deus é a visita aos doentes, idosos, encarcerados e outras pessoas que se encontrem em provação: pelo falecimento de uma pessoa familiar ou amiga, ferida por um grande desgosto, etc.

Aproximar do Sacramento da Reconciliação e Penitência. Um grupo de quatro homens valentes levaram um paralítico num catre junto de Jesus que estava em Carfanaum Na impossibilidade de entrar em casa, por causa da multidão ali reunida, subiram ao terraço, abriram passagem e desceram o catre até junto de Jesus. Ele perdoou-lhe os pecados e curou-o. (cf Mc 3, 1 e ss.).
Não poderíamos ajudar algumas pessoas a aproximarem-se do Sacramento da Reconciliação e Penitência, inspirados neste gesto narrado no Evangelho?
Em qualquer dos casos, programemos diante de Deus como viveremos neste ano a melhor Quaresma de sempre, a caminho da Páscoa da libertação.
Fernando Silva


fonte:http://www.presbiteros.com.br/site/roteiro-homiletico-%E2%80%93-quarta-feira-de-cinzas/

Quaresma 2012

   

  A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.
      A Igreja propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.

Poderosíssima Modéstia

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!

A curiosidade me levou a assistir ao filme “A outra” afinal quando eu vi que era um filme de época fiquei mais curiosa ainda porque com estes filmes aprendemos um pouco mais sobre costumes, penteados, vestidos e palavras modestas. Confesso que o filme desagradou no momento que mostrou cenas inapropriadas, mas ainda assim assisti até o fim para ver o que ia acontecer. Então no finalzinho do filme quando alguns nomes mostraram-se conhecidos me toquei que eram fatos reais, e aquele filme retratava a ruptura da Inglaterra com a Santa Igreja Católica. Fiquei abobada quando lia os créditos: “por causa de uma mulher o rei Henrique se separou da Igreja!”
Não quero aqui levantar bandeiras do feminino ou do machismo, o que pra mim, são como heresias; quero falar do poder que a modéstia possui e que raramente é usado.

Primeiramente falando da Santíssima Virgem Maria: [...] Alma Mater, Mãe escondida e secreta. A sua humildade foi tão profunda, que não teve na terra atrativo mais poderoso nem mais continuo que o de se esconder de si mesma e de toda criatura, para que só Deus a conhecesse (Tratado da Verdadeira Devoção. Art. 2). Mais adiante ainda à luz do Tratado: só Ela (Maria Santíssima) encontrou graça diante de Deus pela força das suas orações e pela grandeza das suas virtudes (Tratado. Art. 16). A Santíssima Virgem Maria possui uma pureza toda divina que não teve nem jamais terá igual sob o Céu (Tratado. Art. 260). Imaginemos a modéstia da Santíssima Maria. Em suas imagens vemos um recanto, uma doçura, um recolhimento, uma pureza enorme. Graças a sua modéstia no seu Fiat Jesus fez-se carne e habitou entre nós. Por meio de seu sim que a salvação chega aos homens; não é Maria Santíssima que salva a humanidade, mas por meio dela o Salvador vem ao mundo. É algo tão grandioso! Tão esplêndido! Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo (Luc 1, 49).
Em resumo, a modéstia da Santíssima Virgem Maria fez com a que a salvação chegasse até os homens.


Voltando ao filme mencionado uma das principais personagens é Ana Bolena que durante boa parte do filme usa de seu corpo para conquistar o rei Henrique, um homem casado. É repugnante o modo com que ela usa de seu corpo como moeda de troca para conseguir a coroa. Ela tinha conhecimento do desejo desordenado do rei Henrique de tê-la como mulher, e usa disto para influenciá-lo a divorciar-se de Catarina Aragão, a rainha. O Papa Clemente VII não aceitou este divórcio, mas Henrique alucinado como estava, passou por cima da autoridade do Papa, divorciou-se e casou com Ana Bolena. O resultado foi a ruptura da Inglaterra com a Santa Igreja Católica, sua excomunhão e o desencadeamento do cisma da igreja anglicana.
Em resumo a imodéstia de uma só mulher levou a uma excomunhão e a uma ruptura onde nasceu a igreja anglicana.

A Modéstia é poderosíssima! Mas talvez você pense que no seu estado de vida, na sua classe social, mudar o mundo seja algo impossível, no entanto, eu lhe digo que não é! Nas pequenas coisas: no trabalho, na escola, na família vamos mudando as pessoas ao nosso redor. 
A Modéstia beneficia o homem para que este viva a castidade. Beneficia a mulher transformando-a no que ela realmente é: uma mulher de verdade (afinal o mundo quer inventar um novo sexo, o unissex, onde mulheres são meio mulheres meio homens). Beneficia a sociedade! É uma virtude que se pode ver afinal ninguém vê quando uma pessoa é humilde ou caridosa ou obediente, mas a modéstia é possível de se vê, e a sociedade precisa ver isto nos filhos da Santa Igreja Católica.
Não sejamos como Ana Bolena usando do nosso corpo para obter atenção, e fazemos isso quando usamos de roupas curtas para atrair olhares. Sejamos como a Santíssima Virgem Maria que com sua modéstia trouxe-nos Jesus Cristo. Que possamos trazer Jesus Cristo para este mundo. Que quando nos olharem vejam Jesus Cristo em nós.  

Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Nós apoiamos!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!!

Para refletir

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!!!

Para uma reflexão de nossa sociedade:

     Bem o mais correto seria "acorda humanidade!". 
     Uma criança balbucia um palavrão, aí os pais exclamam entusiasmados: Ah, que lindo!!Olha que fofo! Se dança um funk imoral que fere o pudor, exclamam ainda mais felizes: Nossa, mais que lindo! Vou fazer um vídeo e colocar na internet, a dança da boca da garrafa, que minha filhinha está dançando. Então para completar compram roupas curtíssimas, por que estão na moda, e acham aquilo a oitava maravilha do mundo. 
     A modéstia deixou de ser ensinada pelos pais! É normal que crianças falem absurdos, dancem músicas ponográficas, se vistam com roupas indecentes.  
Acorda brasil, acorda humanidade! 

Rogai por nós Santíssima Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!


Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva

Santa Ágata

domingo, 5 de fevereiro de 2012

SALVE MARIA IMACULADA!!!

     Hoje, no dia 05 de fevereiro, lembramo-nos de Santa Ágata ou Santa Águeda. Santa Ágata foi uma das mais veneradas virgens do inicio da igreja Ela foi martirizada e executada nas perseguições conduzidas pelo Imperador Trajanus Decius numa serie de campanhas anti cristãs que o mesmo conduziu de 250 a 253. 
     Segundo os atos de seu martírio, ela era filha de uma proeminente e nobre família siciliana e era muito bonita. Um senador romano de nome Quintianus nomeado prefeito da região, pediu Ágata em casamento. Quando ela recusou e ele descobriu que ela era cristã, ele retaliou, colocando-a em um bordel onde ela milagrosamente escapou incólume. 
Quando isto não funcionou, Quintianus acusou-a de pertencer a seitas fora da lei e ela foi condenada e esticada na roda, acoitada, marcada com ferros em brasa e finalmente seus seios foram cortados.
Nenhum remédio ou ataduras foram permitidas que se colocassem nas suas feridas e ela foi jogada num calabouço escuro e sem comida. Conta a tradição que ela teve uma visão de São Pedro acompanhado de um jovem carregando uma tocha. O jovem aplicou óleos medicinais em seus ferimentos, ficando curada. Quatro dias mais tarde, furioso pela cura milagrosa de Santa Ágata, Quintianus mandou que a rolassem nua, sobre uma cama de carvão em brasa misturado com pedaços de vasos. Ágata orava com grande paixão e fervor a Deus dizendo : "Meu Senhor e Jesus Cristo, Vós sois meu coração e a minha mente. Leve-me e faça-me seu."
Santa Ágata acreditava que a morte seria um feliz final para a sua torturas. Os carrascos tinham o cuidado para não deixa-la morrer e carregaram o seu corpo alquebrado de volta a cela, enquanto ela orava pela liberdade. Naquele exato momento um terremoto sacudiu a prisão e ela então veio a falecer.
     No seu funeral, inexplicavelmente apareceu um jovem com uma tocha para honra-la. Pouco tempo depois, Quintianus foi jogado no rio pelo seu cavalo e afogou-se. No primeiro aniversário da morte de Ágata o vulcão do Monte Edna iniciou uma erupção. Os devotos de Santa Ágata tomaram o seu véu e colocando-o na ponta de uma lança subiram a montanha e o fluxo de lava milagrosamente parou. Santa Ágata também curou a mãe de Santa Luzia em um visão. Ela é a padroeira da Catânia e é invocada contra terremotos e erupções.
     Uma santa que resiste a tais torturas é muito reverenciada e o local de sua tumba é um local sagrado para os cristãos. São Gregório, o Magno tomou a igreja dos Góticos em Roma, e a consagrou a Santa. A Igreja de Santa Ágata está lá até hoje, para lembrarmos dela. Mais tarde pinturas de Santa Ágata carregando seus seios cortados em um prato, foram confundidos com pães e isto levou a prática dos pães de Santa Ágata, que são distribuídos no dia da santa para uma grande variedade de doenças e infortúnios.
     Sua intercessão como padroeira de Malta é creditada, como tendo preservado a ilha dos Turcos em 1551.
     A sua tumba está na Catânia, Sicília e o seu véu está num santuário na Catedral de Florença. Varias igrejas são dedicadas a ela. 

     Santa Ágata preferiu o martírio, e grande martírio, a perder sua pureza. Seu heroico exemplo nos leva a refletir: até onde iremos para guardar nossa pureza? Seremos corajosas como Santa Ágata? Iremos até o fim com a modéstia, ou iremos voltar a imodéstia no primeiro insulto, na primeira piadinha, no primeiro questionamento dos pais? 
Santa Ágata, rogai por nós!


Inútil escrava da Virgem Maria - Gislaide Rodrigues da Silva