A modéstia nos decotes

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Por Andrea Patrícia


blusinha lacinho vermelha
     Na caminhada rumo à modéstia há várias questões que ficam “martelando” na cabeça da gente. Quero ir aos poucos conversando com vocês sobre cada uma delas, deixar aqui minhas considerações e meditações para que vocês também possam pensar no assunto e quem sabe possamos trocar idéias.
     Quando eu comento sobre a importância do tamanho do decote, as pessoas podem se perguntar: “Porque devemos ter cuidado com os decotes?”.
     Porque quando estes são grandes (cavados, profundos), quando ultrapassam muito da cavidade da garganta (aquela cova que nós temos bem em cima do tórax, na parte de baixo da garganta mesmo), terminam por expor mais do que deveria ser exposto. Por exemplo, ao abaixar para pegar algo no chão, este decote abre e quem estiver por perto vai conseguir ver o busto e dependendo do vestido até o resto do corpo. E isso é muito deselegante!
Outro caso é o da linha do busto que pode ficar exposta ao usar decotes grandes. Essa linha do busto já é o começo dos seios e não deve ficar para fora. Tal linha chama a atenção e daí o cuidado (há homens que vivem uma luta para conseguir se concentrar no que uma mulher está falando, pois o tempo todo seus olhos são desviados para os seios dela, em vez de  ficar em seu rosto). É importante que a mulher saiba resguardar sua imagem e cuidar de seu tesouro.
     Um decote que seja mais próximo da cova da garganta termina por proteger nossas partes íntimas dos olhares alheios, conseqüentemente ajudando a manter a compostura favorecendo uma imagem modesta e elegante.
     Para aquelas que são cristãs (1), há algo mais: como sabemos que os homens são naturalmente atraídos por muita pele exposta, pelo busto e pela área em volta deste (colo, laterais dos seios, axilas), temos que ter cuidado com nossas vestes, pois sabemos que a atração exercida em nossos irmãos favorece as ocasiões de pecado, coisa que é muitíssimo importante evitar.
     Lembro então da Beata Jacinta (2) que conversou com Nossa Senhora em Fátima. Vejam este trecho sobre os decotes e as roupas imodestas:
“O que mais a fazia sofrer, porém, era ver algumas enfermeiras ou outras pessoas que vinham visitar os doentinhos, atravessar a sala num traje pouco modesto.
- Para que serve tudo aquilo? – dizia referindo-se a determinados enfeites e decotes – Se soubessem o que é a eternidade!…”
     Então a mulher cristã é chamada a ser caridosa, a ter amor ao próximo, e sendo assim, deve buscar ser cuidadosa em suas vestes e maneiras não apenas porque isso é bonito e elegante, mas também porque influencia na vida espiritual dela e do próximo. Quando a salvação de almas está em jogo, todo cuidado é pouco.
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     Claro que cada mulher deve observar o seu tamanho e ver como fazer para utilizar roupas que sejam mesmo elegantes, de modo que não fiquem expondo aquilo que deve ser resguardado. O importante é buscar ter bom senso e  buscar compreender o princípio: ser modesta. Quando compreendemos isso, vamos aos poucos ajustando nossas roupas e nosso comportamento de modo a corresponder a esta visão. Quando isso acontece a gente passa a se sentir com mais liberdade de movimento e mais disposta a socializar mais, com melhor desenvoltura, pois sabe que está protegida e que não vai ser vista como um objeto, nem como uma mulher desleixada, deselegante.
     Então, quando um decote é imodesto? Quando expõe os seios! Esta exposição não precisa ser total para ser indecente. Pode ser o começo do busto, no colo, ou pode ser a lateral que aparece em algumas blusas sem mangas (certas regatas cavadas, alcinhas muito finas, frentes-únicas e tomara-que-caia). Para verificar se isso é verdade basta uma olhadinha nas revistas e sites de moda que ensinam a mulher a ficar mais provocante usando roupas assim! E a mulher cristã não deve querer ser sexy, pois isso é o oposto da modéstia que a Santa Igreja ensina. Então o importante é colocar uma roupa que não exponha a intimidade. É daí que cada mulher deve partir para criar seu visual fazendo com que este seja modesto.
     É claro que há mulheres que não se importam com nada disso, seja porque não entendem a psicologia masculina, seja porque entendem sim e querem aparecer a qualquer custo, seja porque são vítimas da moda. Mas por essas só podemos orar e pedir que abram os olhos e passem a se vestir elegantemente.
Lembrando as conversas da Irmã Jacinta Marto com Nossa Senhora em Fátima:
Serão introduzidas certas modas que ofenderão muito Nosso Senhor.Mais almas vão para o inferno por causa dos pecados da carne, do que por qualquer outra razão.”
     Jacinta comentou mais tarde que as pessoas que servem a Deus não devem seguir as tendências da moda atual. Também disse que a Igreja não tem modas e que “Nosso Senhor é sempre o mesmo”.
     Para todas aquelas que têm um mínimo de consideração e respeito pela “mãe do meu Senhor” (Lucas 1,43), atentem a estas palavras. Leiam, meditem, guardem-nas no coração. Às vezes coisas que parecem tão pequenas podem causar estragos muito grandes!
Então, sabendo de tudo isso, fiquemos atentas a nossa apresentação em público.

Nota: este post sofreu acréscimo em 20-11-09.
 (1) Todas as mulheres que buscam uma vida espiritual, seja de que religião for, deveriam estar mais atentas a isso também.
(2) Comentários da Beata Jacinta à Madre Godinho

1 comentários:

Anônimo disse...

Particularmente gostaria que muitas pessoas tomassem conhecimento disso. Precisamos entender que há de se cultivar coerência até no modo de vestir.A intenção aqui não é ferir ninguém mas precisamos dar testemunho da verdade, por isso preciso dizer que é triste notar como muitas católicas se vestem, parecem mais piriguetes. A vulgaridade no vestir, no falar, nas músicas que que muitos escutam não expressam a beleza de Deus. Como é agradável ver uma mulher vestida de modo elegante, manisfestando a verdadeira beleza feminina e não a vulgaridade dos bailes funk. E como se isso não bastasse há quem vá à missa vestida como piriguete de baile funk.
Prof. Ricardino Lassadier

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