"Procuro que cada peça realce a dignidade da mulher"

quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Opus Dei - Sofía Carluccio, modista.
Sofía Carluccio, modista.

Ela descobriu a profissão ainda pequena, vendo sua mãe reciclar roupas para vestir bem os filhos. Hoje,
Sofia Carluccio é desenhista de moda, tem sua própria coleção e procura viver os ensinamentos de São Josemaria no seu trabalho.

24 de abril de 2006

Sofia Carluccio, do Uruguai, desenhista de moda.

Formei-me no Centro de Desenho Industrial como desenhista na área de têxteis e modas. Minha profissão talvez já estivesse definida desde criança: tive a influência da minha mãe, que sempre gostou de reciclar roupas, entre outras coisas como forma de economizar para vestir a mim a aos meus dez irmãos. Creio que herdei dela essa veia artística.

Atualmente sou encarregada do desenvolvimento de produtos numa fábrica de confecções femininas e masculinas. A maioria dos produtos é exportada para o México, Estados Unidos, Brasil, Chile e Argentina.

Paralelamente, eu e uma amiga lançamos a nossa própria coleção e com ela participamos da semana da Moda no Uruguai, em agosto de 2001. Pouco depois nos convidaram para participar de um desfile no Museu Rally em Punta del Leste. Lá apresentamos uma coleção inspirada nos idos de 1925 — os primeiros anos desse balneário — que se denominou “O Entardecer” e foi muito bem recebida pelos especialistas.

As tendências do mundo da moda atualmente são ditadas pela Europa. Queremos participar dessa corrente e agregar a ela certos valores que consideramos fundamentais: a elegância, a harmonia... e procurar que cada peça realce a dignidade da mulher.

O mundo da moda é interessante, mas difícil. Alguns desenhistas procuram conceber modelos chamativos, buscando atrair a atenção, apelando para o recurso fácil do provocante. Uma coisa que vejo muito claramente é que a moda é para vestir e não para despir: isso é como um “leit motiv” para mim.

Desde que dei meus primeiros passos no mundo da moda me aconselharam que tivesse um critério firme e um sadio complexo de superioridade, porque o ambiente faz muita pressão. Neste aspecto, umas palavras de São Josemaria Escrivá me têm ajudado muito: “Hoje é  especialmente necessário intensificar o trabalho apostólico no campo da moda, para levar também o “bom perfume de Cristo” a este grande meio de influência social. Nosso desejo é encontrar a Deus neste setor – muitas vezes tão paganizado – da vida e dos costumes humanos, e procurar convertê-lo numa ocasião de apostolado, em algo que fale de Deus e a Deus nos leve”.

Na hora de desenhar, não procuro simplesmente que as pessoas estejam na moda, mas que combinem a modéstia com a elegância, através de pequenos detalhes e acessórios. Cada peça é pensada até os mínimos detalhes.

Trabalho com um grupo de costureiras muito profissionais que vivem nos diversos bairros de Montevidéu. Geralmente os ateliês são as suas próprias casas, e isso me dá a possibilidade de conhecer as suas famílias. Eu as incentivo e estimulo para que realizem o seu trabalho da melhor forma possível e na presença de Deus. Lembro-me de uma idéia de São Josemaria que me ficou muito gravada: os ateliês de moda podem ser instrumentos para fazer um apostolado eficaz. E percebo que além de poder ser feito na presença de Deus, esse trabalho pode ao mesmo tempo obter muito sucesso, porque são muitas as mulheres que agradecem e sentem-se bem com o estilo que tentamos plasmar.


Fonte:http://www.opusdei.org.br/art.php?p=15282

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