Por Lauren Lawrence
Se o dinheiro é o sangue que alimenta a mídia, a indústria da propaganda é o coração. A pessoa normal no mundo ocidental está exposta a mais de 2 mil propagandas por dia. As pessoas que produzem esses comerciais querem sua atenção, e sabem como conseguir. Sabem que nós vamos prestar mais atenção a um comercial que tenha um corpo “bonito” do que no comercial que tenha... apenas merchandising. A pessoa no comercial pode ser qualquer uma; ela normalmente é uma modelo com altura padrão, e pelo menos 25% abaixo de seu peso normal.
A mídia não está apenas usando “ELA” para vender produtos, está usando “ELA” (a falsa personificação da feminilidade, profissionalmente “photoshopada”, maquiada e perigosamente abaixo do peso) para nos vender mentiras das horríveis profundezas do inferno. Ela não passa de um corpo, um objeto cuja identidade depende da letra na etiqueta do sutiã, ou dos números de seu manequim. Se ela quiser valer alguma coisa, tem que ser simplesmente como “ELA”, ela tem que entregar a eles quilos de peso, até ficar do jeito daquela modelo super-magra daquela capa de revista, ela tem que entrar no que eu chamo de “batalha pelo corpo”. É como uma guerra civil, mas a nível pessoal. A “batalha pelo corpo” não é um conflito entre países; é uma verdadeira luta contra si mesma, contra o próprio corpo.
As mulheres não são as únicas que estão lutando pelo perfil esbelto. Em um estudo feito pelo “National Institute for Media and the Family”, crianças de 10 anos de idade relataram aos pesquisadores que estavam insatisfeitas com seus corpos depois de ouvir um vídeo musical da Britney Spears, ou um clip do programa de TV “Friends”. Isso foi há 15 anos atrás, quando as modelos eram apenas 8% mais magras do que o peso normal. As crianças hoje em dia “digerem” mais mídia do que as crianças de 1996. Talvez seja por isso, em parte, que desordens alimentares, como a bulimia e a anorexia, afetam crianças de até 8 anos de idade. Ou talvez seja por isso que 78% das garotas de 17 anos estão preocupadas com o seu peso, e mais de metade das garotas em idade colegial estão em dieta ou já tentaram dietas para perder peso.
Embora a dieta seja importante para um bom número de assuntos relacionados à saúde, eu tenho uma constante sensação de que o faturamento de mais de 500 bilhões de dólares que a indústria de perda de peso vai ganhar no mundo todo em 2014 NÃO é o resultado de ordens médicas, mas sim a consequência de nosso desejo imutável em ser mais do que um “corpinho qualquer”.
Garotas, nós podemos perder peso até Jesus voltar na Glória, mas nunca iremos ficar iguais a “ELA”, por um grande número de razões naturais. Além do mais, ficar igual a “ELA” apenas resolveria os sintomas acarretados pelas condições erradas. Não nos falta beleza, nem dignidade, nem valor. Apenas vivemos em sociedades dominadas pela mídia, cheias de “olhos que não vêem” a dignidade, a beleza e o valor da pessoa (Ex.: pornografia, tráfico humano, eutanásia, aborto etc.).
Será que perdemos de vista nosso próprio valor? Será que projetamos nosso valor com base “NELA”, a hoje (computadorizada) imagem idolatrada? “Ela” não passa do velho rosto da mídia, um instrumento usado para nos convencer a comprar isso ou a fazer aquilo a fim de obter ou ser aquilo que você já é e já tem... não deixe que “ELA” ou as pessoas gravemente influenciadas por “ELA” enganem você.
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Lauren Lawrence nasceu em uma família protestante, e teve que se explicar muito quando seu desejo pelos sacramentos a levaram a se converter ao Catolicismo. Agora Lauren continua aprendendo e literalmente compartilhando isso com o mundo: "O que o amor de Deus tem a ver com isso?!"
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Traduzido de: http://www.whodoesithurt.com/lauren-lawrence/332-lauren-lawrence
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Nota : Eu coloquei o vídeo abaixo, por ter a ver com o post. Apesar de ter sido feito por uma empresa de cosméticos, não temos nenhuma intenção mercadológica aqui, obviamente.
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